LaÃos Afetivos que (Des)Ligam FamÃlias, Adolescentes e Abrigo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Janille Maria Lima Ribeiro
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1156
Resumo: No cotidiano de muitas famÃlias brasileiras existem aquelas que nÃo conseguem por motivos, como a falta de assistÃncia do Estado, proteger seus filhos menores de idade que acabam, algumas vezes, indo para instituiÃÃes de abrigamento. No abrigo o (a) adolescente precisa ficar o menor tempo possÃvel para retornar ao convÃvio familiar e comunitÃrio caso possa e queira. Enquanto estÃo na instituiÃÃo, os (as) adolescentes sÃo afetados por emoÃÃes e sentimentos em relaÃÃo ao prÃprio abrigo e em relaÃÃo à famÃlia de origem. Existem laÃos de afeto que ligam e desligam adolescentes institucionalizados, suas famÃlias e o abrigo onde se encontram. Conhecer que afetos sÃo estes e se estes afetos remetem à efetivaÃÃo do direito à convivÃncia familiar e comunitÃria sÃo propÃsitos deste trabalho para problematizar e contribuir na construÃÃo de medidas que visem ao convÃvio familiar e comunitÃrio potencializador. O pÃblico desta pesquisa sÃo adolescentes de 12 (doze) a 18 (dezoito) anos que estejam usufruindo do abrigamento como medida de proteÃÃo. Dois abrigos foram pesquisados, sendo um somente para meninos, de uma OrganizaÃÃo NÃo-Governamental e outro abrigo somente para meninas com natureza governamental na cidade de Fortaleza, CearÃ. Com o intuito de apreender os afetos dos sujeitos para com determinado ambiente foi utilizado o instrumento Mapa Afetivo, que contou com adaptaÃÃes feitas para esta pesquisa a fim de conhecer os afetos dos (as) adolescentes em relaÃÃo ao abrigo. Para aprofundar questÃes advindas dos Mapas e conhecer os afetos em relaÃÃo à famÃlia de origem utilizou-se a entrevista individual. O DiÃrio de Campo foi tambÃm utilizado e permitiu enriquecer o trabalho na coleta de dados. Os dados foram colhidos primeiramente por meio dos Mapas Afetivos e depois foram feitas as entrevistas. O DiÃrio de Campo recebeu registro desde o primeiro momento da coleta. Foi possÃvel perceber por meio destes instrumentos que a imagem de atraÃÃo preponderou entre os (as) adolescentes, tendo em vista as oportunidades que tiveram enquanto estavam abrigados. A proteÃÃo fornecida pela instituiÃÃo marcou uma nova imagem apreendida na anÃlise dos Mapas Afetivos, a de refÃgio, como derivaÃÃo da imagem contraste. Foi visto tambÃm que um longo perÃodo de abrigamento nÃo gera pertinÃncia, nÃo se associa a uma estima positiva pelo ambiente e ainda contribui para o desligamento entre jovens e famÃlias. Os (as) jovens nÃo queriam ficar indefinidamente na instituiÃÃo, queriam voltar para casa, pois o abrigo nÃo era sentido como casa. Vislumbrou-se que os laÃos afetivos entre adolescentes e famÃlia permanecem mesmo com a distÃncia do abrigamento e o que liga o (a) adolescente ao abrigo sÃo as oportunidades que oferece, assim como a proteÃÃo. Verificou-se que o abrigo exerce a funÃÃo de mediador enquanto protege o(a) adolescente e o(a) prepara para retornar à famÃlia e oferece atraÃÃes para o(a) jovem inserir-se no mundo de mais oportunidades. Exercendo esta funÃÃo de mediador, o abrigo contribui para a efetivaÃÃo do direito à convivÃncia familiar e comunitÃria. No entanto, a pesquisa aponta como sugestÃes que as instituiÃÃes de acolhimento respeitem os princÃpios da medida de proteÃÃo de abrigamento que tem carÃter excepcional, de Ãltima instÃncia e provisÃrio e que haja efetivaÃÃo dos direitos dos (as) adolescentes e de suas famÃlias para que estas possam dignamente cuidar e proteger seus adolescentes e oferecer-lhes o que precisam para crescimento pleno e potencializador; que nÃo seja mais necessÃrio ao sujeito estar em situaÃÃo de vulnerabilidade para ter acesso a direitos bÃsicos como à convivÃncia familiar e comunitÃria.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisLaÃos Afetivos que (Des)Ligam FamÃlias, Adolescentes e AbrigoBows of affection that connect and disconnect families, adolescents and shelter.2008-02-27Zulmira Ãurea Cruz Bomfim21327220300http://lattes.cnpq.br/1210419516945897Ricardo Pimentel MÃllo12743860200http://lattes.cnpq.br/9026097374517495 Ana Maria Monte Coelho Frota23067586387http://lattes.cnpq.br/5274212431995000 82198047349http://lattes.cnpq.br/5424198993845355Janille Maria Lima RibeiroUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em PsicologiaUFCBRAfetividade famÃlias adolescentes instituiÃÃo de acolhimento polÃticas pÃblicasAffection families adolescents shelter public politicsPSICOLOGIA SOCIALNo cotidiano de muitas famÃlias brasileiras existem aquelas que nÃo conseguem por motivos, como a falta de assistÃncia do Estado, proteger seus filhos menores de idade que acabam, algumas vezes, indo para instituiÃÃes de abrigamento. No abrigo o (a) adolescente precisa ficar o menor tempo possÃvel para retornar ao convÃvio familiar e comunitÃrio caso possa e queira. Enquanto estÃo na instituiÃÃo, os (as) adolescentes sÃo afetados por emoÃÃes e sentimentos em relaÃÃo ao prÃprio abrigo e em relaÃÃo à famÃlia de origem. Existem laÃos de afeto que ligam e desligam adolescentes institucionalizados, suas famÃlias e o abrigo onde se encontram. Conhecer que afetos sÃo estes e se estes afetos remetem à efetivaÃÃo do direito à convivÃncia familiar e comunitÃria sÃo propÃsitos deste trabalho para problematizar e contribuir na construÃÃo de medidas que visem ao convÃvio familiar e comunitÃrio potencializador. O pÃblico desta pesquisa sÃo adolescentes de 12 (doze) a 18 (dezoito) anos que estejam usufruindo do abrigamento como medida de proteÃÃo. 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No entanto, a pesquisa aponta como sugestÃes que as instituiÃÃes de acolhimento respeitem os princÃpios da medida de proteÃÃo de abrigamento que tem carÃter excepcional, de Ãltima instÃncia e provisÃrio e que haja efetivaÃÃo dos direitos dos (as) adolescentes e de suas famÃlias para que estas possam dignamente cuidar e proteger seus adolescentes e oferecer-lhes o que precisam para crescimento pleno e potencializador; que nÃo seja mais necessÃrio ao sujeito estar em situaÃÃo de vulnerabilidade para ter acesso a direitos bÃsicos como à convivÃncia familiar e comunitÃria.In the daily of many Brazilian families there are those which do not achieve for some reasons such, as the lack of attendance of the State, the protection of their children that go (in the end), sometimes, to a shelter institutions. In the shelter the adolescent needs to be the less possible time to return to itâs family and to the community conviviality if he or she can and want to. While they are in the institution, they are affected by emotions and feelings related to the own shelter and the origin family. There are bows of affection that connect and disconnect institutionalized adolescents to their family and to the shelter where they are settled. The purpose of this work is to research what affections are and if these affections effeet the right to a family and community conviviality, contributing and problematizing for the construction of measures for this. The public of this research is adolescent from 12 (twelve) to 18 (eighteen) years old that are enjoying the shelter as a protection measure. Two shelters were researched, one of them only for boys, of a No-government Organization and the other one only for girls with government nature in the city of Fortaleza, CearÃ. Intending to apprehend the adolescentsâaffects with this certain atmosphere an Affectionate Map instrument was used, adapted to this research in order to know the adolescentsâ affections related to the shelter. To deepen subjects from the Maps and knowing the affections related to the original family. It was used individual interview. A Diary of Field was also used and it allowed to enrich the work of the collection of data. First, the data were picked collected through the Affectionate Maps and then the interviews were made. The Diary of Field received registration since the very first moment of the collection afterwards. It was possible to notice through these instruments that the attraction image prevailed the adolescents considering the opportunities they had while sheltered. The protection supplied by the institution marked a new image apprehended in the analysis of the Affectionate Maps, the refuge one as derivation of the contrast image. It was also seen that a long period of shelter does not generate pertinence, he or she does not associate it to a positive steem by the atmosphere and it also contributes to a âseparationâ of the adolescents and their families. The adolescents did not to be indefinitely in the institution, they wanted to return to their home because the shelter was not felt as one by them. It was glimpsed that the affectionate bows between adolescents and their families are kept besides the distance. The opportunities and the protection offered by the shelter are what keeps the adolescents in. It was verified the shelter exercises a mediator function while it protects and prepares the adolescents returning to their family and also offers attractions to them to be inserted in a world of more opportunities. Practicing that mediator function, the shelter contributes to the effect of the right to the family and community conviviality. However, the research suggests that the reception institutions respect the beginnings of the measure of the shelter protection which has itâs exceptional character in last instance and temporary. It is necessary to effect the rights of the adolescents and their families for their worthily care and protection, offering them what is necessary for their powerful growth. It is no longer a need for the adolescents to be in a vulnerability situation to have access to basic rights such as a family and community conviviality.http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1156application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:14:03Zmail@mail.com -
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