Artes de Contar, ExercÃcio de Rememorar: HistÃria, MemÃria e Narrativa dos Ãndios Pitaguary
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2002 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4911 |
Resumo: | Arte de Contar, ExercÃcio de Rememorar: HistÃria, MemÃria e Narrativas dos Ãndios Pitaguary à um trabalho de investigaÃÃo antropolÃgica sobre o papel desempenhado pela memÃria num contexto em que processos de identificaÃÃo indÃgena comeÃam a se multiplicar. O estudo assim se debruÃa sobre as narrativas de lideranÃas e contadores de histÃrias residentes na Ãrea que hoje se conhece por TI â Terra IndÃgena Pitaguary. No primeiro capÃtulo, exponho o que aqui denominei de "ir e vir da pesquisa", uma espÃcie de contextualizaÃÃo e relato do trabalho de campo, deixando entrever o modo pelo qual iniciei a pesquisa e o perÃodo no qual desenvolvi cada uma de suas etapas. à tambÃm neste primeiro capÃtulo que apresento os narradores e as situaÃÃes de narraÃÃo, descrevendo alguns dos acontecimentos que julguei importantes durante a pesquisa. No segundo capÃtulo, exponho, ainda que de maneira breve, o quadro em que se construiu o objeto "Ãndios do nordeste" e as vÃrias visÃes que persistem acerca da existÃncia dos mesmos - representaÃÃes, em geral, negativas. AlÃm disso, à tambÃm aà que introduzo uma discussÃo sobre os critÃrios de identificaÃÃo dos grupos Ãtnicos e sua natureza. Em seguida, o capÃtulo se subdivide em dois: parte sobre a regiÃo Nordeste, o Estado do Cearà e, por fim, parte sobre a localidade de Santo AntÃnio dos Pitaguary. A idÃia que norteia tal ordenaÃÃo à a de que se torna necessÃrio, para o entendimento da realidade que se dà na localidade em que vivem os Pitaguary, a compreensÃo daquilo que se passa num cenÃrio mais amplo que à o Estado, o qual, por sua vez, està inserido num contexto ainda maior que à o da RegiÃo Nordeste. Para tanto, faÃo referÃncia aos estudos jà realizados acerca de grupos indÃgenas presentes no Cearà bem como em outros estados da regiÃo nordestina. Ainda no final do segundo capÃtulo, trago para o texto alguns dos documentos existentes sobre o grupo Pitaguary, transcrevendo parte de alguns daqueles que fazem menÃÃo aos nomes das localidades em que habitam (ou habitavam no perÃodo correspondente), aos acidentes geogrÃficos (como rios, serrotes etc.) e atà mesmo a geraÃÃes anteriores que tÃm seus nomes citados por extenso em um dos documentos de registro de terra. ApÃs a tentativa de contextualizar histÃrica e geograficamente o grupo, o terceiro capÃtulo se destina totalmente ao tema das narrativas Pitaguary, explorando seus principais assuntos, interesses e possÃveis sentidos. Assim à que aparecem as narrativas sobre o "tempo da escravidÃo", sobre a "mangueira sagrada", a "natureza", a "caipora", o "TorÃ". Entre a exposiÃÃo de uma e outra narraÃÃo, apresento as idÃias de carÃter teÃrico que orientam a pesquisa a respeito do que vem a ser a memÃria de um grupo ou do seu funcionamento. No quarto capÃtulo, a discussÃo sobre as narrativas ganha continuidade, agora se centrando sobre a passagem do tempo â do passado ao presente. Por essa razÃo, o texto està subdividido em dois pontos: 1) o passado: tempo de negaÃÃo da identidade e 2) o presente: tempo de afirmaÃÃo. Nesses dois tempos que se diferenciam em vÃrios outros, estÃo contidas, primeiramente, as histÃrias que versam sobre o "cativeiro", o aprisionamento dos mais velhos para trabalhar nas construÃÃes do aÃude e da igreja, os conflitos com os inÃmeros senhores fazendeiros e outras. Em segundo lugar, aparecem as narrativas que dizem respeito ao tempo de afirmaÃÃo do grupo. Em geral, sÃo histÃrias voltadas para o relato daquilo que se costumou chamar de "luta" bem como para o evidenciamento do que consideram sinais de distinÃÃo, como o saber do pajÃ, a medicina "da mata" e o auto-aprendizado indÃgena. No quinto e Ãltimo capÃtulo, exponho conceitos importantes para o esclarecimento da relaÃÃo existente entre a memÃria, as narrativas e a identidade do grupo Pitaguary, pensando, ainda, na relaÃÃo que essa memÃria tem com a mobilizaÃÃo polÃtica do mesmo. As referÃncias que me orientam na compreensÃo do conceito de memÃria aparecem neste capÃtulo mais claramente, o qual se ensaia como uma espÃcie de conclusÃo do trabalho, feita logo em seguida |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisArtes de Contar, ExercÃcio de Rememorar: HistÃria, MemÃria e Narrativa dos Ãndios PitaguaryArt of Telling, Exercise of Recollecting: History, Memory and Narratives of Pitaguary People2002-02-26Ismael de Andrade Pordeus JÃnior20684592720Francisco Gilmar Cavalcante de Carvalho04545966349http://lattes.cnpq.br/8585429185807402Elizabeth Maria Beserra Coelho09895434120http://lattes.cnpq.br/5976340283035276 61935433334http://lattes.cnpq.br/1961529091377253 Joceny de Deus PinheiroUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em SociologiaUFCBRIdentidade Narrativa MemÃriaIdentity Memory NarrativeANTROPOLOGIAArte de Contar, ExercÃcio de Rememorar: HistÃria, MemÃria e Narrativas dos Ãndios Pitaguary à um trabalho de investigaÃÃo antropolÃgica sobre o papel desempenhado pela memÃria num contexto em que processos de identificaÃÃo indÃgena comeÃam a se multiplicar. O estudo assim se debruÃa sobre as narrativas de lideranÃas e contadores de histÃrias residentes na Ãrea que hoje se conhece por TI â Terra IndÃgena Pitaguary. No primeiro capÃtulo, exponho o que aqui denominei de "ir e vir da pesquisa", uma espÃcie de contextualizaÃÃo e relato do trabalho de campo, deixando entrever o modo pelo qual iniciei a pesquisa e o perÃodo no qual desenvolvi cada uma de suas etapas. à tambÃm neste primeiro capÃtulo que apresento os narradores e as situaÃÃes de narraÃÃo, descrevendo alguns dos acontecimentos que julguei importantes durante a pesquisa. No segundo capÃtulo, exponho, ainda que de maneira breve, o quadro em que se construiu o objeto "Ãndios do nordeste" e as vÃrias visÃes que persistem acerca da existÃncia dos mesmos - representaÃÃes, em geral, negativas. AlÃm disso, à tambÃm aà que introduzo uma discussÃo sobre os critÃrios de identificaÃÃo dos grupos Ãtnicos e sua natureza. Em seguida, o capÃtulo se subdivide em dois: parte sobre a regiÃo Nordeste, o Estado do Cearà e, por fim, parte sobre a localidade de Santo AntÃnio dos Pitaguary. A idÃia que norteia tal ordenaÃÃo à a de que se torna necessÃrio, para o entendimento da realidade que se dà na localidade em que vivem os Pitaguary, a compreensÃo daquilo que se passa num cenÃrio mais amplo que à o Estado, o qual, por sua vez, està inserido num contexto ainda maior que à o da RegiÃo Nordeste. Para tanto, faÃo referÃncia aos estudos jà realizados acerca de grupos indÃgenas presentes no Cearà bem como em outros estados da regiÃo nordestina. Ainda no final do segundo capÃtulo, trago para o texto alguns dos documentos existentes sobre o grupo Pitaguary, transcrevendo parte de alguns daqueles que fazem menÃÃo aos nomes das localidades em que habitam (ou habitavam no perÃodo correspondente), aos acidentes geogrÃficos (como rios, serrotes etc.) e atà mesmo a geraÃÃes anteriores que tÃm seus nomes citados por extenso em um dos documentos de registro de terra. ApÃs a tentativa de contextualizar histÃrica e geograficamente o grupo, o terceiro capÃtulo se destina totalmente ao tema das narrativas Pitaguary, explorando seus principais assuntos, interesses e possÃveis sentidos. Assim à que aparecem as narrativas sobre o "tempo da escravidÃo", sobre a "mangueira sagrada", a "natureza", a "caipora", o "TorÃ". Entre a exposiÃÃo de uma e outra narraÃÃo, apresento as idÃias de carÃter teÃrico que orientam a pesquisa a respeito do que vem a ser a memÃria de um grupo ou do seu funcionamento. No quarto capÃtulo, a discussÃo sobre as narrativas ganha continuidade, agora se centrando sobre a passagem do tempo â do passado ao presente. Por essa razÃo, o texto està subdividido em dois pontos: 1) o passado: tempo de negaÃÃo da identidade e 2) o presente: tempo de afirmaÃÃo. Nesses dois tempos que se diferenciam em vÃrios outros, estÃo contidas, primeiramente, as histÃrias que versam sobre o "cativeiro", o aprisionamento dos mais velhos para trabalhar nas construÃÃes do aÃude e da igreja, os conflitos com os inÃmeros senhores fazendeiros e outras. Em segundo lugar, aparecem as narrativas que dizem respeito ao tempo de afirmaÃÃo do grupo. Em geral, sÃo histÃrias voltadas para o relato daquilo que se costumou chamar de "luta" bem como para o evidenciamento do que consideram sinais de distinÃÃo, como o saber do pajÃ, a medicina "da mata" e o auto-aprendizado indÃgena. No quinto e Ãltimo capÃtulo, exponho conceitos importantes para o esclarecimento da relaÃÃo existente entre a memÃria, as narrativas e a identidade do grupo Pitaguary, pensando, ainda, na relaÃÃo que essa memÃria tem com a mobilizaÃÃo polÃtica do mesmo. As referÃncias que me orientam na compreensÃo do conceito de memÃria aparecem neste capÃtulo mais claramente, o qual se ensaia como uma espÃcie de conclusÃo do trabalho, feita logo em seguida Art of Telling, Exercise of Recollecting: History, Memory and Narratives of Indian Pitaguary is a work of anthropological research on the role of memory in a context where indigenous identification processes begin to multiply. The study thus focuses on the stories of leaders and storytellers residents in the area that today is known as TI - Indigenous Land Pitaguary. In the first chapter, I explain what is here termed the "coming and going of research," a kind of background and reporting of field work, leaving a glimpse of the way we started the research and development period in which each of its steps. It is also this first chapter I present the narrators and situations of narration, describing some of the events I considered important during the search. In the second chapter, I explain, albeit briefly, the framework in which we built the object "Indians of the Northeast" and the various visions that persist about the existence of them - representations in general negative. Moreover, there is also that I introduce a discussion of the criteria for identifying ethnic groups and their nature. Then the chapter is divided into two: part of the Northeast, the state of Ceara, and finally, part of the town of St. Anthony of Pitaguary. The idea that guides this sorting is that it is necessary for the understanding of reality that takes place in the town they live in the Pitaguary, understanding what is happening in the bigger picture is that the state, which in its turn, is housed in a context that is even greater in the Northeast Region. For this, I refer to previous studies about indigenous groups present in Ceara and other states in the Northeast. Even late in the second chapter, I bring to the text some of the existing documents on the group Pitaguary, quoting from some of those who mention the names of the localities in which they live (or lived in the corresponding period), the geographical features (rivers, saws, etc..) and even previous generations who have their names cited in full in a document of Land Registry. After attempting to contextualize the historical and geographical group, the third chapter is intended to fully Pitaguary the narratives, exploring its key issues, interests and possible directions. So it appears that the narratives about the "time of slavery" on the "holy hose," "nature", the "unlucky", the "TorÃ. Between exposure and over narration, presenting the theoretical ideas that guide the research about what happens to be the memory of a group or its operation. In the fourth chapter, the discussion of narrative continuity wins, now focusing on the passage of time - from past to present. For this reason, the text is divided into two sections: 1) the past: the time of the denial of identity and 2) the present-time assertion. In these two stages that differ in several others, are contained, first, the stories that deal with the "captivity", the trapping of the older buildings to work on the dam and the church, conflicts with the many farmers and other lords. Secondly, there are the narratives that concern the time of affirmation of the group. In general, stories are focused on the story of what is called the "struggle" as well as for the evidencing of what they consider signs of distinction, as knowledge of the shaman, medicine "forest" indigenous and self-learning. In the fifth and final chapter, I explain important concepts for clarifying the relationship between memory, narrative and identity of the group Pitaguary, thinking, even in relation to that memory has the political mobilization of the same. The references that guide me in understanding the concept of memory more clearly appear in this chapter, which is tested as a kind of completion of work, made shortly after CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superiorhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4911application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:18:37Zmail@mail.com - |
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