School Failure and the Relationship to Knowledge: the Mobilizing Education in Bernard Charlot

• Autor(a) principal: FlÃvio Roberto Vieira da Silva
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=13316
• topic: Fracasso escolar; RelaÃÃo com o saber; SocializaÃÃo escolar; Reprodutivismo; EducaÃÃo; MobilizaÃÃo; School failure; Relationship with knowledge; School socialization; Reproductivism; Education; Mobilization; EDUCACAO

Pesquisa bibliogrÃfica sobre o conceito de relaÃÃo com o saber como base teÃrica para constituiÃÃo de uma sociologia do sujeito. Articula-se com pesquisas de Bernard Charlot sobre o fracasso escolar, cujo ponto de partida metodolÃgico exige a superaÃÃo da leitura negativa, ou seja, aquela anÃlise em termos de falta, de carÃncia: falta de competÃncias, falta de habilidades, falta de saberes. Nesse viÃs, a sociologia da reproduÃÃo, de autores como Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron, relaciona estatisticamente a origem social e o desempenho escolar, que, em geral, se apresenta deficitÃrio entre estudantes dos meios populares. PorÃm, esta correlaÃÃo estatÃstica nÃo pode ser analisada em termo de causa. A instituiÃÃo escolar nÃo à apenas espaÃo de diferenciaÃÃo social. Constatam-se, tambÃm, os chamados Ãxitos paradoxais: crianÃas pobres que obtÃm sucesso escolar e outras, de estratos mais ricos, que fracassam na escola. Para Charlot, à necessÃrio que desenvolvamos uma leitura positiva do fracasso e do Ãxito escolar, superando o objetivismo das sociologias sem sujeito (reprodutivismo). A teoria da relaÃÃo com o saber (e com a escola) permite compreender, atravÃs de metodologias qualitativas adequadas, como os prÃprios estudantes se constroem como sujeitos a partir de relaÃÃes de identidade, sentido, expectativas com relaÃÃo à vida e ao futuro profissional. No mundo globalizado e informatizado, a escola vem perdendo poder e forÃa como instituiÃÃo socializadora, de sorte que, a partir da relaÃÃo com o saber, podemos identificar processos mobilizadores na escola e em relaÃÃo à escola. Contudo, observa-se que a sociologia do sujeito proposta por Charlot como uma espÃcie de sociologia do Ãxito e do fracasso escolar â ou, ainda, como proposta de uma educaÃÃo mobilizadora â nÃo pode levantar pretensÃo de exclusividade nesse ramo de estudo. Outras propostas teÃricas como a sociologia da experiÃncia escolar, de FranÃois Dubet, ou a sociologia do indivÃduo, de Bernard Lahire, trazem importantes contribuiÃÃes para as novas condiÃÃes e formas de socializaÃÃo intra e extraescolar em sociedades diferenciadas. O que hà em comum entre esses autores à uma fixaÃÃo pela microssociologia, que, em Charlot, conduz a um neomarxismo (conforme ele mesmo se define) e, em Dubet e Lahire, leva-nos a um ecletismo pluralista e multifacetado.