Vulnerabilidade de crianÃas no contexto das famÃlias que vivem com HIV/AIDS.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Julyana Gomes Freitas
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=11292
Resumo: As definiÃÃes de vulnerabilidade englobam a vulnerabilidade social, programÃtica e individual. Neste trabalho, objetivou-se analisar a vulnerabilidade social, programÃtica e individual de crianÃas no contexto de famÃlias que vivem com HIV/aids. Estudo transversal, quantitativo, realizado em unidades de referÃncia para HIV/aids em Fortaleza-CE. Participaram 231 famÃlias, as quais possuÃam 271 crianÃas com atà 12 anos de idade, distribuÃdas em dois grupos: sem HIV (219) e HIV+ (52). Conduziram-se entrevistas com cuidadores, cujos dados foram analisados de acordo com as dimensÃes da vulnerabilidade social (condiÃÃes socioeconÃmicas, sociodemogrÃficas dos cuidadores, condiÃÃes ambientais e apoio sociofamiliar); vulnerabilidade programÃtica (acessibilidade ao serviÃo) e vulnerabilidade individual (transmissÃo vertical e condiÃÃes de saÃde). Os dados foram tratados no STATA v.11 e foram analisadas as dimensÃes de vulnerabilidade, discriminadas em blocos, mediante um modelo hierarquizado. Em nÃvel distal, permaneceu a dimensÃo social; em nÃvel intermediÃrio, a dimensÃo programÃtica e, em nÃvel proximal, a dimensÃo individual. Definiu-se o diagnÃstico da infecÃÃo pelo HIV como variÃvel dependente e a idade e o sexo da crianÃa como potenciais fatores confundidores e de ajuste do modelo final. Utilizaram-se anÃlises bivariadas para identificar diferenÃas proporcionais entre as variÃveis selecionadas e o diagnÃstico de HIV para cada dimensÃo da vulnerabilidade, mediante aplicaÃÃo dos Testes Qui quadrado de Pearson e o Exato de Fischer. Para as tendÃncias proporcionais entre as variÃveis do tipo ordinal e o diagnÃstico, utilizou-se o Teste Qui quadrado de TendÃncia Linear. Para estimar a magnitude das associaÃÃes, utilizou-se a RazÃo de PrevalÃncia (RP) e intervalos de confianÃa a 95%. Em relaÃÃo à vulnerabilidade social, houve diferenÃa significativa (p=0,021) quanto à principal fonte de renda dos domicÃlios. A mÃe à a principal cuidadora das crianÃas em 80% das famÃlias. Dos cuidadores das crianÃas, observaram-se diferenÃas significantes quanto à faixa etÃria (p=0,000) e situaÃÃo conjugal (p=0,011). Em relaÃÃo ao apoio sociofamiliar, houve diferenÃa significativa em relaÃÃo à orfandade (p=0,003); destaca-se que 46,1% das crianÃas HIV+ sÃo ÃrfÃs. Na vulnerabilidade programÃtica, observaram-se diferenÃas significativas entre os grupos de variÃveis: tipo de parto (p=0,000); profilaxia pelo AZT na gestaÃÃo (p=0,000); uso do Bactrim (p=0,000) e inÃcio da profilaxia do AZT para a crianÃa (p=0,00). Na vulnerabilidade individual, houve diferenÃa significativa nas variÃveis: aleitamento materno (p=0,000); idade que levou a crianÃa ao serviÃo para acompanhamento do HIV (p=0,000) e administraÃÃo do AZT para a crianÃa (p=0,015). Postula-se que a ocorrÃncia do HIV+ esteja associada Ãs causas estruturais ou bÃsicas, representadas pelas condiÃÃes socioeconÃmicas dos indivÃduos, portanto, as caracterÃsticas sociais (distais) influenciam negativamente as demais dimensÃes e ratificam que condiÃÃes precÃrias de sobrevivÃncia potencializam o diagnÃstico HIV+ e privam estas famÃlias na vigÃncia do HIV. Portanto, o modelo final com as dimensÃes social + programÃtica + individual + idade da crianÃa + sexo + interaÃÃo entre a idade e o sexo, somados, contribuÃram para explicar 31,0% dos casos de crianÃas HIV+. Diante do apresentado, urge integrar diferentes Ãreas para cumprir as medidas de prevenÃÃo da TransmissÃo Vertical, em virtude de as crianÃas expostas ao HIV/aids estarem inseridas em ambientes vulnerÃveis. Portanto, à preciso garantir-lhes acessibilidade aos serviÃos de saÃde mediante a descentralizaÃÃo dos serviÃos de atendimento, bem como ampliar os serviÃos especializados, a fim de minimizar a vulnerabilidade social, programÃtica e individual que cinge esta populaÃÃo.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisVulnerabilidade de crianÃas no contexto das famÃlias que vivem com HIV/AIDS.VULNERABILITY OF CHILDREN IN THE CONTEXT OF FAMILIES LIVING WITH HIV/AIDS2013-07-01Marli Teresinha Gimeniz GalvÃo08670191822http://lattes.cnpq.br/8090769371296465LÃa Maria Moura Barroso77302796300http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4755248A3LÃgia Regina Franco Sansigolo Kerr12225734828http://lattes.cnpq.br/6549222399222061Maria do Socorro Cavalcante18637280315http://lattes.cnpq.br/7158736326096896Rosa LÃvia Freitas de Almeida12103306368http://lattes.cnpq.br/4590451122580622Maria LÃcia Duarte Pereira17258200304http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4706696H800214249344Julyana Gomes FreitasUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em EnfermagemUFCBRChild HIVSocial Vulnerability ENFERMAGEMAs definiÃÃes de vulnerabilidade englobam a vulnerabilidade social, programÃtica e individual. Neste trabalho, objetivou-se analisar a vulnerabilidade social, programÃtica e individual de crianÃas no contexto de famÃlias que vivem com HIV/aids. Estudo transversal, quantitativo, realizado em unidades de referÃncia para HIV/aids em Fortaleza-CE. Participaram 231 famÃlias, as quais possuÃam 271 crianÃas com atà 12 anos de idade, distribuÃdas em dois grupos: sem HIV (219) e HIV+ (52). Conduziram-se entrevistas com cuidadores, cujos dados foram analisados de acordo com as dimensÃes da vulnerabilidade social (condiÃÃes socioeconÃmicas, sociodemogrÃficas dos cuidadores, condiÃÃes ambientais e apoio sociofamiliar); vulnerabilidade programÃtica (acessibilidade ao serviÃo) e vulnerabilidade individual (transmissÃo vertical e condiÃÃes de saÃde). Os dados foram tratados no STATA v.11 e foram analisadas as dimensÃes de vulnerabilidade, discriminadas em blocos, mediante um modelo hierarquizado. Em nÃvel distal, permaneceu a dimensÃo social; em nÃvel intermediÃrio, a dimensÃo programÃtica e, em nÃvel proximal, a dimensÃo individual. Definiu-se o diagnÃstico da infecÃÃo pelo HIV como variÃvel dependente e a idade e o sexo da crianÃa como potenciais fatores confundidores e de ajuste do modelo final. Utilizaram-se anÃlises bivariadas para identificar diferenÃas proporcionais entre as variÃveis selecionadas e o diagnÃstico de HIV para cada dimensÃo da vulnerabilidade, mediante aplicaÃÃo dos Testes Qui quadrado de Pearson e o Exato de Fischer. Para as tendÃncias proporcionais entre as variÃveis do tipo ordinal e o diagnÃstico, utilizou-se o Teste Qui quadrado de TendÃncia Linear. Para estimar a magnitude das associaÃÃes, utilizou-se a RazÃo de PrevalÃncia (RP) e intervalos de confianÃa a 95%. Em relaÃÃo à vulnerabilidade social, houve diferenÃa significativa (p=0,021) quanto à principal fonte de renda dos domicÃlios. A mÃe à a principal cuidadora das crianÃas em 80% das famÃlias. Dos cuidadores das crianÃas, observaram-se diferenÃas significantes quanto à faixa etÃria (p=0,000) e situaÃÃo conjugal (p=0,011). Em relaÃÃo ao apoio sociofamiliar, houve diferenÃa significativa em relaÃÃo à orfandade (p=0,003); destaca-se que 46,1% das crianÃas HIV+ sÃo ÃrfÃs. Na vulnerabilidade programÃtica, observaram-se diferenÃas significativas entre os grupos de variÃveis: tipo de parto (p=0,000); profilaxia pelo AZT na gestaÃÃo (p=0,000); uso do Bactrim (p=0,000) e inÃcio da profilaxia do AZT para a crianÃa (p=0,00). Na vulnerabilidade individual, houve diferenÃa significativa nas variÃveis: aleitamento materno (p=0,000); idade que levou a crianÃa ao serviÃo para acompanhamento do HIV (p=0,000) e administraÃÃo do AZT para a crianÃa (p=0,015). Postula-se que a ocorrÃncia do HIV+ esteja associada Ãs causas estruturais ou bÃsicas, representadas pelas condiÃÃes socioeconÃmicas dos indivÃduos, portanto, as caracterÃsticas sociais (distais) influenciam negativamente as demais dimensÃes e ratificam que condiÃÃes precÃrias de sobrevivÃncia potencializam o diagnÃstico HIV+ e privam estas famÃlias na vigÃncia do HIV. Portanto, o modelo final com as dimensÃes social + programÃtica + individual + idade da crianÃa + sexo + interaÃÃo entre a idade e o sexo, somados, contribuÃram para explicar 31,0% dos casos de crianÃas HIV+. Diante do apresentado, urge integrar diferentes Ãreas para cumprir as medidas de prevenÃÃo da TransmissÃo Vertical, em virtude de as crianÃas expostas ao HIV/aids estarem inseridas em ambientes vulnerÃveis. Portanto, à preciso garantir-lhes acessibilidade aos serviÃos de saÃde mediante a descentralizaÃÃo dos serviÃos de atendimento, bem como ampliar os serviÃos especializados, a fim de minimizar a vulnerabilidade social, programÃtica e individual que cinge esta populaÃÃo.The definitions of vulnerability include social, programmatic and individual vulnerability. In this study, the objective was to analyze the social, program and individual vulnerability of children in the context of families living with HIV/aids. This cross-sectional, quantitative study was undertaken at referral units for HIV/aids in Fortaleza-CE. Participants were 231 families with 271 children of up to 12 years of age, distributed in two groups: without HIV (219) and HIV+ (52). Interviews were held with caregivers, whose data were analyzed in accordance with the dimensions of social vulnerability (socioeconomic and sociodemographic conditions of the caregivers, environmental conditions and social-familial support); programmatic vulnerability (service access) and individual vulnerability (vertical transmission and health conditions). The data were processed in STATA v.11 and the vulnerability dimensions, distinguished in blocks, were analyzed using a hierarchical model. The social dimension was located at the distal end, the programmatic dimension at the intermediary level, and the individual dimension at the proximal end. The HIV diagnosis was defined as the dependent variable and the childâs age and sex as potentially confounding and adjustment factors in the final model. Bivariate analyses were used to identify proportional differences between the selected variables and the HIV diagnosis for each vulnerability dimension through the application of Pearsonâs Chi-squared and Fisherâs Exact Tests. For the proportional trends between the ordinal variables and the diagnosis, the Chi-squared Test for Linear Trend was used. To estimate the magnitude of the associations, the Prevalence Ratio (PR) and 95% confidence intervals were used. As regards the social vulnerability, a significant difference was found (p=0.021) in the residencesâ main source of income. The mother is the childrenâs main caregiver in 80% of the families. Concerning the childrenâs caregivers, significant differences were observed in the age range (p=0.000) and marital situation (p=0.011). What the social-familial support is concerned, a significant difference was found in orphanhood (p=0.003); it is highlighted that 46.1% of the HIV+ children are orphans. In the programmatic vulnerability, significant differences were observed between the groups of variables: delivery type (p=0.000); AZT prophylaxis during pregnancy (p=0.000); use of Bactrim (p=0.000) and start of the AZT prophylaxis for the child (p=0.00). In the individual vulnerability, a significant difference was found in the variables: breastfeeding (p=0.000); at what age the child was taken to the service for HIV monitoring (p=0.000) and administration of AZT to the child (p=0.015). It is postulated that the occurrence of HIV+ is associated with structural or basic causes, represented by the individualsâ socioeconomic conditions. Therefore, the social (distal) characteristics have a negative influence on the other dimensions and ratify that precarious survival conditions leverage the HIV+ diagnosis and deprive these families with HIV. Hence, the final model with the social + programmatic + individual dimensions + childâs age + sex + interaction between age and sex combined contributed to explain 31.0% of the cases of HIV+ children. In view of the above, it is urgent to integrate different areas in order to comply with the prevention measures of Vertical Transmission, considering that the children exposed to HIV/aids are inserted in vulnerable environments. Therefore, they need to be guaranteed access to the health services through the decentralization of the care services. Also, the specialized services need to be expanded in order to minimize the social, programmatic and individual vulnerability that affects this population.FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgicohttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=11292application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:24:28Zmail@mail.com -
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