Do analÃgico ao Digital: As TransformaÃÃes na ProduÃÃo dos InstantÃneos FotogrÃficos do Cotidiano
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4888 |
Resumo: | Os Ãlbuns analÃgicos do cotidiano nos permitem uma memÃria sobre um passado. Dentro deles guardamos imagens de pessoas queridas e de instantes ritualÃsticos. As mÃquinas digitais, por sua vez, possibilitam uma extensa produÃÃo fotogrÃfica que resulta em posturas diferenciadas diante da cÃmera e arquivos digitais extensos. Uma das consequÃncias dessa visualizaÃÃo da existÃncia à o constante registro dos momentos Ãntimos, ao mesmo tempo, os jovens legitimaram a fotografia digital como sua verdadeira ferramenta de identidade e de comunicaÃÃo, caracterizando tanto a si, como à imagem contemporÃnea, pela hibridez e efemeridade. Assim, a contemporaneidade passou a ser caracterizada por imagens heterogÃneas e de estilos visuais nÃo classificados tipologicamente. AlÃm disso, com a tecnologia digital surgiram as redes de socializaÃÃo virtual, como facebook, orkut, fotolog e flickr que ampliaram ainda mais a complexidade deste processo e passaram a expor momentos privados em espaÃos pÃblicos. Mitchell (1992) trouxe para o discurso cientÃfico que lida com imagens e texto a expressÃo âvirada pictÃricaâ (Pictorial Turn), argumentando que as imagens ao nosso redor transformam nÃo sà o mundo e as identidades, mas tÃm um papel cada vez mais importante na construÃÃo da realidade social. Isto determina que o instantÃneo nÃo deva ser compreendido como mera repetiÃÃo e reciclagem de modelos passados; mas que precisa lidar com novas questÃes advindas com o processo contemporÃneo de negociaÃÃo e contestaÃÃo, da representaÃÃo dos sentidos e do prazer. Na tentativa de perceber as transformaÃÃes que os instantÃneos contemporÃneos sofreram com a passagem do analÃgico para o digital, e assim compreender as especificidades materiais, estÃticas e sociais do ato fotogrÃfico digital e analÃgico, realizamos uma anÃlise comparativa entre dois Ãlbuns familiares: um analÃgico e um digital. |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisDo analÃgico ao Digital: As TransformaÃÃes na ProduÃÃo dos InstantÃneos FotogrÃficos do CotidianoFrom the Analog to the digital: Transformations in the the production of the family snapshots2010-06-04Silas Josà de Paula05943973320http://lattes.cnpq.br/0602251069407718Kadma Marques Rodrigues38800128300http://lattes.cnpq.br/3107963339537100Fabiana Bruno1877101389000324910347http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalheest.jsp?est=2757475124759540Camila Leite de AraÃjoUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em ComunicaÃÃo SocialUFCBRÃlbum de FamÃlia Fotografia AnalÃgica Fotografia Digital Esfera PÃblica MemÃria.Family Snapshots Analog Photograph Digital Photograph Public Sphere MemoryCOMUNICACAO VISUALOs Ãlbuns analÃgicos do cotidiano nos permitem uma memÃria sobre um passado. Dentro deles guardamos imagens de pessoas queridas e de instantes ritualÃsticos. As mÃquinas digitais, por sua vez, possibilitam uma extensa produÃÃo fotogrÃfica que resulta em posturas diferenciadas diante da cÃmera e arquivos digitais extensos. Uma das consequÃncias dessa visualizaÃÃo da existÃncia à o constante registro dos momentos Ãntimos, ao mesmo tempo, os jovens legitimaram a fotografia digital como sua verdadeira ferramenta de identidade e de comunicaÃÃo, caracterizando tanto a si, como à imagem contemporÃnea, pela hibridez e efemeridade. Assim, a contemporaneidade passou a ser caracterizada por imagens heterogÃneas e de estilos visuais nÃo classificados tipologicamente. AlÃm disso, com a tecnologia digital surgiram as redes de socializaÃÃo virtual, como facebook, orkut, fotolog e flickr que ampliaram ainda mais a complexidade deste processo e passaram a expor momentos privados em espaÃos pÃblicos. Mitchell (1992) trouxe para o discurso cientÃfico que lida com imagens e texto a expressÃo âvirada pictÃricaâ (Pictorial Turn), argumentando que as imagens ao nosso redor transformam nÃo sà o mundo e as identidades, mas tÃm um papel cada vez mais importante na construÃÃo da realidade social. Isto determina que o instantÃneo nÃo deva ser compreendido como mera repetiÃÃo e reciclagem de modelos passados; mas que precisa lidar com novas questÃes advindas com o processo contemporÃneo de negociaÃÃo e contestaÃÃo, da representaÃÃo dos sentidos e do prazer. Na tentativa de perceber as transformaÃÃes que os instantÃneos contemporÃneos sofreram com a passagem do analÃgico para o digital, e assim compreender as especificidades materiais, estÃticas e sociais do ato fotogrÃfico digital e analÃgico, realizamos uma anÃlise comparativa entre dois Ãlbuns familiares: um analÃgico e um digital.The analog photo album allows us a memory of a past, within those archives we keep the picture of our beloved ones and the moments that we socially choose to represent us. Digital cameras, on the other side, provide an extensive photographic production which results in differentiated postures before the camera and extensive digital archives. One consequences of this visualization of existence is the constant recording of intimate moments, while the young legitimized digital photography as their tool of identity and communication, both featuring themselves and the contemporary image as transience and hybridity. Therefore, the contemporary is characterized by heterogeneous images with visual styles not classified topologically. Furthermore, with the digital technology arose the social virtual communities like facebook, orkut, fotolog and flickr expanded more the complexity of the process and began to exhibit the private moments in a public space. Mitchell (2005) brought to the scientific discourse which deals with imagery and text, the term âPictorial Turnâ, arguing that the images around us transform not only the world and identities, but have an increasingly important role in the construction of the social reality. This determines that the snapshot should not be understood as a mere repetition and recycling of past models, but has to deal with new issues emerging from contemporary process of negotiation and contestation, representation of the senses and pleasure. In an attempt to understand the transformations that the snapshots suffered from the transition from analog to digital, and thus understand the specific materials, aesthetic and social aspects of digital and analog photographic act, we performed a comparative analysis between two family albums: one analog and one digital.CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de NÃvel Superiorhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4888application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:17:54Zmail@mail.com - |
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