ArgumentaÃÃo e diÃlogo: por uma abordagem pragmÃtico-discursiva das fÃbulas millorianas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maria Helena MendonÃa Sampaio
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=14299
Resumo: Considerando que à na linguagem e por meio dela que o indivÃduo se constitui como sujeito, desenvolvemos esta pesquisa, centrada na interrelaÃÃo que podemos estabelecer entre o processo da argumentaÃÃo, a problematizaÃÃo sobre discurso e sobre gÃnero textual e a subjetividade. Buscamos investigar, em fÃbulas bastante peculiares, como se dà a construÃÃo da argumentaÃÃo baseada no modelo dialogal da Teoria da ArgumentaÃÃo de Christian Plantin (1996; 2008) e partimos da hipÃtese de que a argumentaÃÃo na fÃbula em estudo se constrÃi especialmente por meio de estratÃgias usadas pelo narrador, instanciado por um sujeito/autor, as quais lhe permitem assumir papÃis argumentativos diferentes de acordo com seu nÃvel de envolvimento na argumentaÃÃo. Ainda acreditamos que, conforme a teoria plantiniana, o narrador assume tais papÃis a fim de fazer avaliaÃÃes do mundo narrado como recurso argumentativo, num movimento em direÃÃo ao leitor; que a inserÃÃo dessas avaliaÃÃes confere à fÃbula analisada um modo particular de organizaÃÃo; que a subjetividade se instaura sobremodo por meio do recurso da interposiÃÃo â forma privilegiada da intervenÃÃo do sujeito na construÃÃo do seu dizer. A projeÃÃo do narrador nas fÃbulas analisadas constitui formas de interaÃÃo e comunicaÃÃo entre este e o interlocutor, o que conduziu nossa pesquisa a uma anÃlise que busca uma semiÃtica da interaÃÃo textual, a partir da qual se pode depreender que o sentido construÃdo em um texto, por um dado discurso, nÃo deriva do sistema, mas das atividades do uso desse sistema, das suas possibilidades à elaboraÃÃo de sentidos, compartilhados dialÃgica e socialmente pelos interlocutores. O corpus da pesquisa à constituÃdo de cem fÃbulas de MillÃr Fernandes, formas atualizadas do gÃnero fÃbula, as quais foram analisadas qualitativamente, a partir do instrumental oferecido pela Teoria da Avaliatividade, de Martin & White (2005), mais especificamente pelo subsistema do engajamento, em busca de uma abordagem pragmÃtico-discursiva. Acreditamos que o processo argumentativo de que tratamos nas fÃbulas millorianas â que deixam entrever um discurso e um contradiscurso â de fato se dà a partir do recurso da interposiÃÃo usado pelo narrador, para se projetar no texto, e isso lhe permite assumir papÃis argumentativos diferentes, de acordo com seu engajamento no jogo argumentativo. Esse engajamento se estabelece num continuum, num contexto de menor ou maior expansÃo dialÃgica, sobremodo porque identificamos inÃmeras ocorrÃncias em que esses papÃis se sobrepÃem ou se imbricam.
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Buscamos investigar, em fÃbulas bastante peculiares, como se dà a construÃÃo da argumentaÃÃo baseada no modelo dialogal da Teoria da ArgumentaÃÃo de Christian Plantin (1996; 2008) e partimos da hipÃtese de que a argumentaÃÃo na fÃbula em estudo se constrÃi especialmente por meio de estratÃgias usadas pelo narrador, instanciado por um sujeito/autor, as quais lhe permitem assumir papÃis argumentativos diferentes de acordo com seu nÃvel de envolvimento na argumentaÃÃo. Ainda acreditamos que, conforme a teoria plantiniana, o narrador assume tais papÃis a fim de fazer avaliaÃÃes do mundo narrado como recurso argumentativo, num movimento em direÃÃo ao leitor; que a inserÃÃo dessas avaliaÃÃes confere à fÃbula analisada um modo particular de organizaÃÃo; que a subjetividade se instaura sobremodo por meio do recurso da interposiÃÃo â forma privilegiada da intervenÃÃo do sujeito na construÃÃo do seu dizer. 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Acreditamos que o processo argumentativo de que tratamos nas fÃbulas millorianas â que deixam entrever um discurso e um contradiscurso â de fato se dà a partir do recurso da interposiÃÃo usado pelo narrador, para se projetar no texto, e isso lhe permite assumir papÃis argumentativos diferentes, de acordo com seu engajamento no jogo argumentativo. Esse engajamento se estabelece num continuum, num contexto de menor ou maior expansÃo dialÃgica, sobremodo porque identificamos inÃmeras ocorrÃncias em que esses papÃis se sobrepÃem ou se imbricam.Considering that in language and through it the individual is constituted as subject, we developed this research, focusing on the interrelation we can establish between the process of argumentation, questioning about discourse, text genre and subjectivity. We sought to investigate in very peculiar fables, how the construction of arguments based on the dialogic model of the Argumentation Theory of Christian Plantin (1996, 2008) takes place, and set out from the hypothesis that the arguments in the fable studied builds itself especially through strategies used by the narrator, instantiated by a subject/author, which allow it to take different argumentative roles according to its level of involvement in the argument. We also believe that, according to the Plantinian theory, the narrator assumes such roles in order to assess the narrated world as an argumentative resource, in a movement toward the reader, that the inclusion of these reviews give the fable considered a particular form of organization, that the subjectivity is established greatly through the use of interposition - privileged form of the intervention of the subject in the construction of its sayings. The projection of the narrator in the analyzed fables constitutes forms of interaction and communication between him/her and the interlocutor, which led our research to an analysis that searches for the semiotics of textual interaction, from which one can infer that the meaning constructed in a text, for a single discourse, does not derive from the system, but from the activities of the use of this system, and from its possibilities of elaboration of meanings, dialogically and socially shared by the interlocutors. The research corpus is composed of one hundred of Millor Fernandes fables, current forms of the fable gender, which were qualitatively analyzed, from the instrumentals provided by the Theory of Assessment of Martin & White (2005), more specifically the engagement subsystem in search of a pragmatic-discursive approach. We believe that the argumentative process we are dealing with in the Millorian fables - that display a speech and a counter speech- actually happens when the resource of interposition is used by the narrator to project himself in the text, and it allows him to take different argumentative roles, according to his engagement in argumentative game. This engagement happens in a continuum, in a context of greater or lesser dialogic expansion, greatly because we identified numerous instances in which these roles overlap or intertwine.http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=14299application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:27:31Zmail@mail.com -
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