O Trabalho do Atendente de Call Center: Adoecimento por LER/DORT e Descartabilidade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1032 |
Resumo: | Dentro do atual contexto do trabalho, muitos trabalhadores tÃm sido afastados de seu exercÃcio profissional em decorrÃncia de adoecimento provocado pela prÃpria situaÃÃo de trabalho. Quando ocorre retornarem Ãs suas atividades laborais, apÃs o restabelecimento de sua saÃde, muitas vezes o fazem com restriÃÃes de sua capacidade de trabalho. O objetivo deste trabalho à apreender a experiÃncia dos atendentes quanto ao processo de trabalho-adoecimento por LER/DORT-reabilitaÃÃo. A pesquisa envolveu sete atendentes de um call center de uma empresa privada de telecomunicaÃÃes que atua no estado do CearÃ, entre os quais cinco apresentavam sintomas de LER/DORT e dois permaneciam saudÃveis, uma supervisora e um membro do sindicato da categoria. A tÃcnica utilizada foi a entrevista semi-estruturada. Os resultados encontrados revelaram que alguns aspectos do perfil do atendente sÃo semelhantes aos apresentados em outros estudos, como, por exemplo, a predominÃncia feminina com pouco mais de 70% e a preponderÃncia da terceirizaÃÃo como vÃnculo de trabalho. Quanto aos aspectos que diferiram estÃo a predominÃncia de atendentes com idade entre 18 e 22 anos e o nÃvel de escolaridade elevada. Neste caso, encontramos um nÃmero expressivo de atendentes matriculados em cursos superiores, o que significa que se trata de trabalhadores que ainda estÃo buscando maior qualificaÃÃo enquanto trabalham. Esses atendentes se defrontam com condiÃÃes de trabalho precÃrias, ritmos intensos de trabalho e cobranÃas excessivas por produtividade, o que maximiza suas chances de adquirir a LER/DORT. Somando-se a isso, nas situaÃÃes em que trabalhador adoece, a empresa tenta encobrir a relaÃÃo com a situaÃÃo de trabalho, negando-se a reconhecer o nexo causal entre os aspectos do trabalho e a doenÃa. Nos casos em que se reconhece o nexo causal, o atendente à encaminhado para tratamento e reabilitaÃÃo atravÃs do INSS. Quando este trabalhador retorna à empresa, em geral assume um posto de trabalho muito aquÃm de sua qualificaÃÃo por praticamente nÃo haver outra atividade que possa realizar sem riscos para o retorno dos sintomas de LER. Afora isto, uma vez findo seu perÃodo de estabilidade em razÃo do adoecimento, o atendente geralmente à demitido. Esses trabalhadores vivem, portanto, dois dilemas que os amedrontam: ao permanecer na empresa, sÃo forÃados a realizar atividades que consideram inÃteis e atà humilhantes, o que leva a sentirem-se discriminados por colegas e supervisores; ao serem demitidos, estarÃo no mercado de trabalho jà com sua capacidade de trabalho comprometida, antes mesmo de estarem totalmente qualificados, e tendo que concorrer com aqueles que sÃo considerados saudÃveis. |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisO Trabalho do Atendente de Call Center: Adoecimento por LER/DORT e DescartabilidadeThe call center work: diseasementt for RSI/WRMD and dismissabled 2006-05-10Izabel Cristina Ferreira Borsoi68982038787CÃssio Adriano Braz de Aquino25962949315http://lattes.cnpq.br/0857879689626098 Regina Heloisa Mattei de Oliveira Maciel06318454888http://lattes.cnpq.br/075968105914654481980833320http://lattes.cnpq.br/9146734967157807Adna OiridÃia Rabelo dos SantosUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em PsicologiaUFCBRLER/DORT call center trabalhoRSI/WRMD call center workPSICOLOGIA DO TRABALHO E ORGANIZACIONALDentro do atual contexto do trabalho, muitos trabalhadores tÃm sido afastados de seu exercÃcio profissional em decorrÃncia de adoecimento provocado pela prÃpria situaÃÃo de trabalho. Quando ocorre retornarem Ãs suas atividades laborais, apÃs o restabelecimento de sua saÃde, muitas vezes o fazem com restriÃÃes de sua capacidade de trabalho. O objetivo deste trabalho à apreender a experiÃncia dos atendentes quanto ao processo de trabalho-adoecimento por LER/DORT-reabilitaÃÃo. A pesquisa envolveu sete atendentes de um call center de uma empresa privada de telecomunicaÃÃes que atua no estado do CearÃ, entre os quais cinco apresentavam sintomas de LER/DORT e dois permaneciam saudÃveis, uma supervisora e um membro do sindicato da categoria. A tÃcnica utilizada foi a entrevista semi-estruturada. Os resultados encontrados revelaram que alguns aspectos do perfil do atendente sÃo semelhantes aos apresentados em outros estudos, como, por exemplo, a predominÃncia feminina com pouco mais de 70% e a preponderÃncia da terceirizaÃÃo como vÃnculo de trabalho. Quanto aos aspectos que diferiram estÃo a predominÃncia de atendentes com idade entre 18 e 22 anos e o nÃvel de escolaridade elevada. Neste caso, encontramos um nÃmero expressivo de atendentes matriculados em cursos superiores, o que significa que se trata de trabalhadores que ainda estÃo buscando maior qualificaÃÃo enquanto trabalham. Esses atendentes se defrontam com condiÃÃes de trabalho precÃrias, ritmos intensos de trabalho e cobranÃas excessivas por produtividade, o que maximiza suas chances de adquirir a LER/DORT. Somando-se a isso, nas situaÃÃes em que trabalhador adoece, a empresa tenta encobrir a relaÃÃo com a situaÃÃo de trabalho, negando-se a reconhecer o nexo causal entre os aspectos do trabalho e a doenÃa. Nos casos em que se reconhece o nexo causal, o atendente à encaminhado para tratamento e reabilitaÃÃo atravÃs do INSS. Quando este trabalhador retorna à empresa, em geral assume um posto de trabalho muito aquÃm de sua qualificaÃÃo por praticamente nÃo haver outra atividade que possa realizar sem riscos para o retorno dos sintomas de LER. Afora isto, uma vez findo seu perÃodo de estabilidade em razÃo do adoecimento, o atendente geralmente à demitido. Esses trabalhadores vivem, portanto, dois dilemas que os amedrontam: ao permanecer na empresa, sÃo forÃados a realizar atividades que consideram inÃteis e atà humilhantes, o que leva a sentirem-se discriminados por colegas e supervisores; ao serem demitidos, estarÃo no mercado de trabalho jà com sua capacidade de trabalho comprometida, antes mesmo de estarem totalmente qualificados, e tendo que concorrer com aqueles que sÃo considerados saudÃveis. Each year a considerable number of workers are obliged to stop working due to work-related health problems. Those who manage to recover and resume their professional activities often do so under certain health restrictions. The objective of the present study was to look into the work-disease-rehabilitation process of workers afflicted with repetitive strain injury (RSI)/work-related musculoskeletal disorder (WRMD). Semistructured interviews were applied to seven operators at a private call center in Cearà (five of whom presented RSI/WRMD), one supervisor and one trade union representative. The findings show that our subjects share a number of characteristics with call center operators described in other studies on RSI/WRMD, such as the prevalence of female workers (>70%) and outsourced jobs. On the other hand, our subjects differed from most studies with regard to their age range (18-22 years) and schooling (relatively high level). Many of our subjects were taking courses at the university in order to improve their professional qualification while on the job. The poor working conditions, long hours and pressure for productivity placed our subjects at increased risk for acquiring RSI/WRMD. In general, when workers present work-related diseases, companies may deny the existence of a causal relationship. When such relationships are recognized workers are referred to treatment and rehabilitation through public health care (SUS). When rehabilitated workers return to their respective companies they are often given jobs below their actual skill level to prevent recurrence of RSI/WRMD. Once the period expires during which rehabilitated workers are protected against dismissal by law, many such workers are laid off. Thus, workers in this category are caught in a dilemma: if they remain on the job after their rehabilitation, they will have to perform activities they consider meaningless or even humiliating, while being discriminated by peers and supervisors, and if they decide return to the labor market, they will do so as recently rehabilitated and not yet fully trained. CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel SuperiorConselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgicohttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1032application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:14:06Zmail@mail.com - |
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Each year a considerable number of workers are obliged to stop working due to work-related health problems. Those who manage to recover and resume their professional activities often do so under certain health restrictions. The objective of the present study was to look into the work-disease-rehabilitation process of workers afflicted with repetitive strain injury (RSI)/work-related musculoskeletal disorder (WRMD). Semistructured interviews were applied to seven operators at a private call center in Cearà (five of whom presented RSI/WRMD), one supervisor and one trade union representative. The findings show that our subjects share a number of characteristics with call center operators described in other studies on RSI/WRMD, such as the prevalence of female workers (>70%) and outsourced jobs. On the other hand, our subjects differed from most studies with regard to their age range (18-22 years) and schooling (relatively high level). Many of our subjects were taking courses at the university in order to improve their professional qualification while on the job. The poor working conditions, long hours and pressure for productivity placed our subjects at increased risk for acquiring RSI/WRMD. In general, when workers present work-related diseases, companies may deny the existence of a causal relationship. When such relationships are recognized workers are referred to treatment and rehabilitation through public health care (SUS). When rehabilitated workers return to their respective companies they are often given jobs below their actual skill level to prevent recurrence of RSI/WRMD. Once the period expires during which rehabilitated workers are protected against dismissal by law, many such workers are laid off. Thus, workers in this category are caught in a dilemma: if they remain on the job after their rehabilitation, they will have to perform activities they consider meaningless or even humiliating, while being discriminated by peers and supervisors, and if they decide return to the labor market, they will do so as recently rehabilitated and not yet fully trained. |
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