Estudo dos efeitos de um polissacarÃdeo sulfatado isolado da alga marinha Solieria filiformis sobre os modelos de nocicepÃÃo e inflamaÃÃo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ianna Wivianne Fernandes de AraÃjo
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=7850
Resumo: Os polissacarÃdeos sulfatados (PS) de algas marinhas sÃo reconhecidos como molÃculas biologicamente ativas. Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos de uma fraÃÃo polissacarÃdica sulfatada da alga marinha vermelha Solieria filiformis em modelos clÃssicos de nocicepÃÃo e inflamaÃÃo aguda e no modelo experimental de artrite induzida por zymosan na articulaÃÃo temporomandibular de ratos. No fracionamento dos PS totais em coluna de DEAE-celulose foram obtidas duas fraÃÃes de PS (F I-0,5M e F II-0,75M), das quais a fraÃÃo F I mostrou o maior rendimento de PS. A anÃlise por cromatografia de permeaÃÃo em gel das fraÃÃes (F I e F II) apresentou picos heterogÃneos e de elevada massa molar (1,12 x 105 e 2,95 x 105 g/mol, respectivamente). As fraÃÃes foram caracterizadas estruturalmente por espectroscopia na regiÃo do infravermelho e identificadas como kappa- e iota-carragenanas, respectivamente. Camundongos Swiss machos prÃ-tratados com F I (1; 3 ou 9 mg/kg; i.v.), 30 min antes de receberem a injeÃÃo de Ãcido acÃtico (0,8%), formalina (1%) ou 30 min antes do estÃmulo tÃrmico, apresentaram resposta antinociceptiva (p<0,05) nas contorÃÃes induzidas por Ãcido acÃtico e na segunda fase do teste da formalina, mas nÃo aumentou o tempo de reaÃÃo no teste da placa quente, sugerindo que sua aÃÃo antinociceptiva ocorre atravÃs de um mecanismo perifÃrico. F I (1; 3 ou 9 mg/kg; s.c.) nÃo mostrou efeito anti-inflamatÃrio significativo quando administrada, 1h antes dos agentes flogÃsticos carragenana (500 Âg/pata; 100 ÂL) ou dextrana (400 Âg/pata; 100 ÂL), em ratos Wistar machos. AlÃm disso, a atividade da mieloperoxidase revelou uma acumulaÃÃo de neutrÃfilos marcados na pata em resposta ao tratamento com F I (1; 3 ou 9 mg/kg; 100 ÂL/pata). Nos ensaios da artrite induzida por Zy, os animais receberam F I (1; 3 ou 9 mg/kg; s.c.) 1 hora antes da induÃÃo da artrite (2 mg Zy/articulaÃÃo; 40 ÂL) na articulaÃÃo temporomandibular (ATM) esquerda dos ratos. Como grupos controles, os animais receberam salina estÃril (40 ÂL; i.art.) ou indometacina (5 mg/kg; s.c.). A hipernocicepÃÃo mecÃnica na ATM foi avaliada atravÃs do aparelho von Frey elÃtrico nos tempos basal e 4 horas apÃs induÃÃo da artrite. Na 6a hora, os animais foram eutanasiados e suas ATM lavadas para coleta do lavado articular e realizaÃÃo da contagem total de cÃlulas. Posteriormente, as ATM foram removidas para as anÃlises histolÃgicas e extraÃÃo do RNAm de COX-2, TNF-&#945;, IL-1&#946; e HO-1. O prÃ-tratamento com F I (1, 3 ou 9 mg/kg; s.c.) promoveu a reduÃÃo da hiperalgesia facial na ordem de 69; 66,6 e 78,08%, respectivamente, quando comparado ao grupo Zy. Entretanto, F I (1, 3 ou 9 mg/kg; s.c.) nÃo reduziu a inflamaÃÃo na ATM, potencializando a expressÃo relativa do RNAm de COX-2, TNF-&#945;, IL-1&#946; e HO-1. Finalmente, F I (9 mg/kg; i.p.) nÃo apresentou sinais de toxicidade quando administrada em camundongos. Portanto, a F I da alga marinha S. filiformis, mostrou-se como uma importante ferramenta biotecnolÃgica no desenvolvimento de novos agentes farmacolÃgicos, sem efeitos adversos importantes nos modelos experimentais estudados.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisEstudo dos efeitos de um polissacarÃdeo sulfatado isolado da alga marinha Solieria filiformis sobre os modelos de nocicepÃÃo e inflamaÃÃoStudy of effects of a sulfated polysaccharide isolated from the red seaweed Solieria filiformis on models of nociception and inflammation2012-03-09Norma Maria Barros Benevides04505670368http://lattes.cnpq.br/3839272083508826JanaÃna Serra Azul Monteiro Evangelista49245147304http://lattes.cnpq.br/2338988540733524Ana Cristina de Oliveira Monteiro Moreira42420199391http://lattes.cnpq.br/3183895586263436Mauro SÃrgio GonÃalves PavÃo79386652749http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4785627Y3Rodrigo Maranguape Silva da Cunha70290008387http://lattes.cnpq.br/191805606794342904329757648http://lattes.cnpq.br/5530139868575298 Ianna Wivianne Fernandes de AraÃjoUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em Biotecnologia (Rede Nordeste de Biotecnologia - RENORBIO)UFCBRAlgas marinhas Carragenanas Mediadores inflamatÃrios Artrite HipernocicepÃÃoSeaweeds Carrageenans Inflammatory mediators Arthritis HypernociceptionQUIMICA DE MACROMOLECULASOs polissacarÃdeos sulfatados (PS) de algas marinhas sÃo reconhecidos como molÃculas biologicamente ativas. Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos de uma fraÃÃo polissacarÃdica sulfatada da alga marinha vermelha Solieria filiformis em modelos clÃssicos de nocicepÃÃo e inflamaÃÃo aguda e no modelo experimental de artrite induzida por zymosan na articulaÃÃo temporomandibular de ratos. No fracionamento dos PS totais em coluna de DEAE-celulose foram obtidas duas fraÃÃes de PS (F I-0,5M e F II-0,75M), das quais a fraÃÃo F I mostrou o maior rendimento de PS. A anÃlise por cromatografia de permeaÃÃo em gel das fraÃÃes (F I e F II) apresentou picos heterogÃneos e de elevada massa molar (1,12 x 105 e 2,95 x 105 g/mol, respectivamente). As fraÃÃes foram caracterizadas estruturalmente por espectroscopia na regiÃo do infravermelho e identificadas como kappa- e iota-carragenanas, respectivamente. Camundongos Swiss machos prÃ-tratados com F I (1; 3 ou 9 mg/kg; i.v.), 30 min antes de receberem a injeÃÃo de Ãcido acÃtico (0,8%), formalina (1%) ou 30 min antes do estÃmulo tÃrmico, apresentaram resposta antinociceptiva (p<0,05) nas contorÃÃes induzidas por Ãcido acÃtico e na segunda fase do teste da formalina, mas nÃo aumentou o tempo de reaÃÃo no teste da placa quente, sugerindo que sua aÃÃo antinociceptiva ocorre atravÃs de um mecanismo perifÃrico. F I (1; 3 ou 9 mg/kg; s.c.) nÃo mostrou efeito anti-inflamatÃrio significativo quando administrada, 1h antes dos agentes flogÃsticos carragenana (500 Âg/pata; 100 ÂL) ou dextrana (400 Âg/pata; 100 ÂL), em ratos Wistar machos. AlÃm disso, a atividade da mieloperoxidase revelou uma acumulaÃÃo de neutrÃfilos marcados na pata em resposta ao tratamento com F I (1; 3 ou 9 mg/kg; 100 ÂL/pata). Nos ensaios da artrite induzida por Zy, os animais receberam F I (1; 3 ou 9 mg/kg; s.c.) 1 hora antes da induÃÃo da artrite (2 mg Zy/articulaÃÃo; 40 ÂL) na articulaÃÃo temporomandibular (ATM) esquerda dos ratos. Como grupos controles, os animais receberam salina estÃril (40 ÂL; i.art.) ou indometacina (5 mg/kg; s.c.). A hipernocicepÃÃo mecÃnica na ATM foi avaliada atravÃs do aparelho von Frey elÃtrico nos tempos basal e 4 horas apÃs induÃÃo da artrite. Na 6a hora, os animais foram eutanasiados e suas ATM lavadas para coleta do lavado articular e realizaÃÃo da contagem total de cÃlulas. Posteriormente, as ATM foram removidas para as anÃlises histolÃgicas e extraÃÃo do RNAm de COX-2, TNF-&#945;, IL-1&#946; e HO-1. O prÃ-tratamento com F I (1, 3 ou 9 mg/kg; s.c.) promoveu a reduÃÃo da hiperalgesia facial na ordem de 69; 66,6 e 78,08%, respectivamente, quando comparado ao grupo Zy. Entretanto, F I (1, 3 ou 9 mg/kg; s.c.) nÃo reduziu a inflamaÃÃo na ATM, potencializando a expressÃo relativa do RNAm de COX-2, TNF-&#945;, IL-1&#946; e HO-1. Finalmente, F I (9 mg/kg; i.p.) nÃo apresentou sinais de toxicidade quando administrada em camundongos. Portanto, a F I da alga marinha S. filiformis, mostrou-se como uma importante ferramenta biotecnolÃgica no desenvolvimento de novos agentes farmacolÃgicos, sem efeitos adversos importantes nos modelos experimentais estudados.The sulfated polysaccharides (SP) of seaweed are recognized as biologically active molecules. This study aimed to evaluate the effects of a sulfated polysaccharide from red seaweed Solieria filiformis in classical models of nociception and acute inflammation in the experimental model of arthritis induced by zymosan in the temporomandibular joint of rats. In fractionation of the total SP by column of DEAE-cellulose were obtained two fractions of SP (F I-0.5 M and F II-0.75 M), in which the fraction F I presented the highest yield of SP. The analysis by gel permeation chromatography of the fractions (F I and F II) showed heterogeneous peaks with high molecular mass (1.12 x 105 and 2.95 x 105 g/mol, respectively). The fractions were structurally characterized by Fourier transformed infrared and identified as kappa - and iota- carrageenans, respectively. Male Swiss mice pretreated with F I (1; 3 or 9 mg/kg; i.v.) 30 min before receiving an injection of 0.8% acetic acid, 1% formalin or 30 min prior to a thermal stimulation showed antinociceptive response (p<0.05) in acetic acid-induced writhing and in the second phase of the formalin test, but did not increase the reaction time in the hot plate test, suggesting that antinociceptive effect occurs through a peripheral mechanism. F I (1; 3 or 9 mg/kg; sc) showed no significant anti-inflammatory effect when administered 1 hour before the flogistic agents carrageenan (500 Âg/paw; 100 ÂL) or dextran (400 Âg/paw; 100 ÂL) in male Wistar rats. In addition, the myeloperoxidase activity revealed a marked neutrophil accumulation in the paw in response to treatment with F I (1, 3 or 9 mg/kg, 100 ÂL/paw). In the assays of arthritis induced by Zy, the animals received F I (1; 3 or 9 mg/kg; s.c.) 1 hour before induction of arthritis (Zy 2 mg/joint; 40 uL) into the left temporomandibular joint (TMJ). As control groups, the animals received saline (40 ÂL; i.art.) or indomethacin (5 mg/kg; s.c.). Mechanical hypernociception in the TMJ was evaluated by von Frey electric apparatus in the basal time and 4 hours after induction of arthritis. At the 6th hour, the rats were euthanized and the TMJ cavity was washed to collect the synovial fluid and excised for histological analysis, and extraction of the mRNA from COX-2, TNF-&#945;, IL-1&#946; and HO-1. Pretreatment with F I (1, 3 or 9 mg/kg; s.c.) caused a reduction of facial hyperalgesia of 69, 66.6 and 78.08% respectively, compared to group Zy. However, F I (1; 3 or 9 mg/kg; s.c.) did not reduce the inflammation in the TMJ, increasing the relative expression of mRNA for COX-2, TNF-&#945;, IL-1&#946; and HO-1. Finally, F I (9 mg/kg; i.p.) did not show significant signs of toxicity when administrated in mice. Therefore, the F I of seaweed S. filiformis, showed to be an important biotechnological tool in the development of new pharmacological agents, without significant adverse effects in experimental models studied.CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superiorhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=7850application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:20:56Zmail@mail.com -
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Ianna Wivianne Fernandes de AraÃjo
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