Beijos monstruosos e eletrizantes: os direitos à provisÃo, à proteÃÃo e à participaÃÃo no canal de Julia Silva no Youtube
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=20425 |
Resumo: | A presente pesquisa busca compreender se e como os direitos à ProvisÃo, à ProteÃÃo e à ParticipaÃÃo (3 Ps) sÃo promovidos no canal e na atuaÃÃo da youtuber mirim Julia Silva, de 12 anos, no YouTube. O 3 Ps sÃo categorias de direitos reconhecidos na ConvenÃÃo sobre os Direitos da CrianÃa (CDC), aprovada pela Assembleia Geral das NaÃÃes Unidas em 1989. O entendimento sobre o YouTube como plataforma de vÃdeos e potencializador de processos comunicacionais foi estabelecido com o auxÃlio de Burguess; Green (2009) e Jenkins (2009). Nesse contexto, os estudos de Lange (2014), que pesquisou a apropriaÃÃo do YouTube realizada por crianÃas nos Estados Unidos, tambÃm foram importantes para identificar semelhanÃas e particularidades desse processo em suas relaÃÃes contextuais. A compreensÃo da crianÃa como ser de direitos e a importÃncia da CDC na consolidaÃÃo desse processo foi possÃvel com a contribuiÃÃo deixada por autores como Livingstone (2014), Livingstone; Brake (2010), MarÃpo (2013), Pinheiro (2006) e Vasconcelos (2003). A pesquisa, com enfoque qualitativo, se debruÃou sobre um corpus formado por 15 vÃdeos do canal que Julia Silva mantÃm no YouTube, bem como sobre notÃcias e reportagens em vÃrios formatos que abordaram diferentes questÃes sobre o universo dos youtubers mirins. Com o auxÃlio dos postulados de Foucault (1996, 2008) acerca da AnÃlise do Discurso, a pesquisa concluiu que a ProvisÃo à promovida a partir de abordagens que favorecem: o brincar; prÃticas de leitura; associaÃÃes entre pares e adultos; ensinamentos a partir de vÃdeos de DIY (do it yourself); liÃÃes de literacia digital; aprendizagem de palavras em inglÃs; a execuÃÃo de dons artÃsticos. A ProteÃÃo ganha destaque a partir de mensagens sobre os cuidados necessÃrios no processo de apropriaÃÃo do ambiente online, a fim de evitar situaÃÃes de bullying, por exemplo, bem como nas ocasiÃes em que Julia ensina algo ao pÃblico, ocasiÃes em que o bem-estar da audiÃncia à promovido. A ParticipaÃÃo à promovida a partir dos resultados da apropriaÃÃo do YouTube realizada por Julia, oportunidades em que a garota, em parte, exerce o direito à expressÃo e à liberdade de opiniÃo. PorÃm, a pesquisa tambÃm concluiu que os direitos aos 3 Ps sÃo constantemente negligenciados (ou atà mesmo feridos) neste processo de apropriaÃÃo, uma vez que mensagens mercadolÃgicas e discursos celebrados, como o da autenticidade, por exemplo, permeiam a produÃÃo audiovisual protagonizada por Julia. Os investimentos no gerenciamento de imagem da garota nÃo levam em consideraÃÃo o interesse maior da crianÃa preconizado na CDC e acabam colaborando nÃo sà com o processo de celebrizaÃÃo da youtuber mirim, como tambÃm contribuem para que as atividades decorrentes dessa inserÃÃo online ganhem contornos laborais, caracterizados por uma extensa produÃÃo imagÃtica de si nos vÃdeos, eventos sociais, propagandas e produtos licenciados assinados pela garota. |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisBeijos monstruosos e eletrizantes: os direitos à provisÃo, à proteÃÃo e à participaÃÃo no canal de Julia Silva no Youtube2018-11-00InÃs Silvia Vitorino Sampaio25857789320http://lattes.cnpq.br/227712446617609404244274359http://lattes.cnpq.br/5629426720967173Nut Pereira de MirandaUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em ComunicaÃÃo SocialUFCBRYoutube Youtubers mirins Julia Silva DireitosYoutube Youtubers Childrens Julia Silva RightsCOMUNICACAOA presente pesquisa busca compreender se e como os direitos à ProvisÃo, à ProteÃÃo e à ParticipaÃÃo (3 Ps) sÃo promovidos no canal e na atuaÃÃo da youtuber mirim Julia Silva, de 12 anos, no YouTube. O 3 Ps sÃo categorias de direitos reconhecidos na ConvenÃÃo sobre os Direitos da CrianÃa (CDC), aprovada pela Assembleia Geral das NaÃÃes Unidas em 1989. O entendimento sobre o YouTube como plataforma de vÃdeos e potencializador de processos comunicacionais foi estabelecido com o auxÃlio de Burguess; Green (2009) e Jenkins (2009). Nesse contexto, os estudos de Lange (2014), que pesquisou a apropriaÃÃo do YouTube realizada por crianÃas nos Estados Unidos, tambÃm foram importantes para identificar semelhanÃas e particularidades desse processo em suas relaÃÃes contextuais. A compreensÃo da crianÃa como ser de direitos e a importÃncia da CDC na consolidaÃÃo desse processo foi possÃvel com a contribuiÃÃo deixada por autores como Livingstone (2014), Livingstone; Brake (2010), MarÃpo (2013), Pinheiro (2006) e Vasconcelos (2003). A pesquisa, com enfoque qualitativo, se debruÃou sobre um corpus formado por 15 vÃdeos do canal que Julia Silva mantÃm no YouTube, bem como sobre notÃcias e reportagens em vÃrios formatos que abordaram diferentes questÃes sobre o universo dos youtubers mirins. Com o auxÃlio dos postulados de Foucault (1996, 2008) acerca da AnÃlise do Discurso, a pesquisa concluiu que a ProvisÃo à promovida a partir de abordagens que favorecem: o brincar; prÃticas de leitura; associaÃÃes entre pares e adultos; ensinamentos a partir de vÃdeos de DIY (do it yourself); liÃÃes de literacia digital; aprendizagem de palavras em inglÃs; a execuÃÃo de dons artÃsticos. A ProteÃÃo ganha destaque a partir de mensagens sobre os cuidados necessÃrios no processo de apropriaÃÃo do ambiente online, a fim de evitar situaÃÃes de bullying, por exemplo, bem como nas ocasiÃes em que Julia ensina algo ao pÃblico, ocasiÃes em que o bem-estar da audiÃncia à promovido. A ParticipaÃÃo à promovida a partir dos resultados da apropriaÃÃo do YouTube realizada por Julia, oportunidades em que a garota, em parte, exerce o direito à expressÃo e à liberdade de opiniÃo. PorÃm, a pesquisa tambÃm concluiu que os direitos aos 3 Ps sÃo constantemente negligenciados (ou atà mesmo feridos) neste processo de apropriaÃÃo, uma vez que mensagens mercadolÃgicas e discursos celebrados, como o da autenticidade, por exemplo, permeiam a produÃÃo audiovisual protagonizada por Julia. Os investimentos no gerenciamento de imagem da garota nÃo levam em consideraÃÃo o interesse maior da crianÃa preconizado na CDC e acabam colaborando nÃo sà com o processo de celebrizaÃÃo da youtuber mirim, como tambÃm contribuem para que as atividades decorrentes dessa inserÃÃo online ganhem contornos laborais, caracterizados por uma extensa produÃÃo imagÃtica de si nos vÃdeos, eventos sociais, propagandas e produtos licenciados assinados pela garota.http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=20425application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:32:52Zmail@mail.com - |
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