Estudo da degradaÃÃo microbiana in vitro do Poli (1,4-trans-isopreno) (in natura) e em cones dentÃrios.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lute Rafael de Souza
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=8735
Resumo: Os cones de guta-percha usados em endodontia, compostos de poli (1,4-trans-isopreno), ZnO e/ou BaSO4 e ceras/resinas, foram feitos para durar a vida inteira nos canais radiculares por eles preenchidos. Entretanto, existem evidÃncias de que esses materiais sofrem degradaÃÃo com o decorrer do tempo de obturaÃÃo intensificada quando existem infecÃÃes por microrganismos. A bactÃria Enterococcus faecalis à um desses microrganismos, normalmente associada com infecÃÃes periapicais persistentes. A prevalÃncia dessa bactÃria em casos de re-tratamento ocorre entre 29 e 79% dos casos. O objetivo do trabalho à estudar a degradaÃÃo bacteriana de cones de guta-percha em meio contendo E. faecalis, com o foco na matÃria orgÃnica, o poliisopreno. Cada amostra de cone foi imersa em meio de sais minerais com inÃculo de concentraÃÃo de 5,4x105 UFC/mL por perÃodos de 10 a 100 dias. Os cones foram removidos do contato com o inÃculo em tempos variados e analisados. Foram pesados e caracterizados por TGA, GPC, FTIR, MEV e RMN H1. O crescimento do inoculo foi monitorado atravÃs de medidas de densidade Ãptica, determinaÃÃo da porcentagem de mineralizaÃÃo de CO2, medidas da biomassa seca de cÃlulas, medidas de pH e contagem de cÃlulas. A atividade antimicrobiana dos constituintes inorgÃnicos dos cones foi verificada mediante o teste de difusÃo em poÃo. Foi observada perda gradual de massa dos cones com o tempo de degradaÃÃo. O aumento no teor de resÃduos em 800ÂC, mostra que houve uma perda progressiva de matÃria orgÃnica e um aumento na proporÃÃo de constituintes inorgÃnicos. ApÃs o contato com E. faecalis, o poliisopreno isolado dos cones das marcas Odous e Tanari foi analisado e comparado com o poliisopreno in natura por GPC e FTIR. Os resultados mostram que nos trÃs casos ocorre uma pequena e gradual perda de massa molar do poliisopreno constituintes do material, mais evidenciada no poliisopreno in natura. Os espectros de infravermelho mostram que a degradaÃÃo tambÃm ocorre com modificaÃÃes estruturais do polÃmero, especialmente no surgimento de bandas de deformaÃÃo de C=O e OH/OOH; e variaÃÃes no padrÃo de cristalinidade das bandas de C=C-H. As imagens de MEV mostram que podem ocorrer mudanÃas na morfologia da superfÃcie dos cones biodegradados, resultado do ataque seletivo ao componente orgÃnico. Os espectros de RMN de H1 do poliisopreno in natura mostram que o material sofreu pequenas mudanÃas estruturais nas molÃculas de poliisopreno durante o bioensaio. Todos os bioensaios de monitoramento indicaram que o inÃculo cresce continuamente durante o perÃodo de contato com os cones ou com o poliisopreno in natura. A bactÃria degrada a matÃria orgÃnica dos cones usando-os como fonte de substrato e, consequentemente, causando vazios nos cones que podem ocasionar falhas no tratamanto endodÃntico.
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Entretanto, existem evidÃncias de que esses materiais sofrem degradaÃÃo com o decorrer do tempo de obturaÃÃo intensificada quando existem infecÃÃes por microrganismos. A bactÃria Enterococcus faecalis à um desses microrganismos, normalmente associada com infecÃÃes periapicais persistentes. A prevalÃncia dessa bactÃria em casos de re-tratamento ocorre entre 29 e 79% dos casos. O objetivo do trabalho à estudar a degradaÃÃo bacteriana de cones de guta-percha em meio contendo E. faecalis, com o foco na matÃria orgÃnica, o poliisopreno. Cada amostra de cone foi imersa em meio de sais minerais com inÃculo de concentraÃÃo de 5,4x105 UFC/mL por perÃodos de 10 a 100 dias. Os cones foram removidos do contato com o inÃculo em tempos variados e analisados. Foram pesados e caracterizados por TGA, GPC, FTIR, MEV e RMN H1. 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Os espectros de infravermelho mostram que a degradaÃÃo tambÃm ocorre com modificaÃÃes estruturais do polÃmero, especialmente no surgimento de bandas de deformaÃÃo de C=O e OH/OOH; e variaÃÃes no padrÃo de cristalinidade das bandas de C=C-H. As imagens de MEV mostram que podem ocorrer mudanÃas na morfologia da superfÃcie dos cones biodegradados, resultado do ataque seletivo ao componente orgÃnico. Os espectros de RMN de H1 do poliisopreno in natura mostram que o material sofreu pequenas mudanÃas estruturais nas molÃculas de poliisopreno durante o bioensaio. Todos os bioensaios de monitoramento indicaram que o inÃculo cresce continuamente durante o perÃodo de contato com os cones ou com o poliisopreno in natura. A bactÃria degrada a matÃria orgÃnica dos cones usando-os como fonte de substrato e, consequentemente, causando vazios nos cones que podem ocasionar falhas no tratamanto endodÃntico.The gutta-percha cones used in endodontic therapy, consisting of poly (1,4-trans-isoprene), ZnO and/or BaSO4 and wax/resin, were meant to last a lifetime in root canals filled by them. However, there is evidence that these materials suffer degradation with the passage of time when there shutter intensified infections by microorganisms. The bacterium Enterococcus faecalis is one of those microorganisms commonly associated with persistent periapical infections. The prevalence of this bacterium in cases of re-treatment is between 29% and 79% of cases. The objective is to study the bacterial degradation of gutta-percha in medium containing E. faecalis, with the focus on organic matter, polyisoprene. Each sample cone was immersed in mineral salts medium with inoculum concentration of 5.4 x 105 CFU/mL for periods of 10 to 100 days. The cones were removed from contact with the inoculum at various times and analized. Were weighed and characterized by TGA, GPC, FTIR, NMR H1 and SEM. The growth of the inoculum was monitored by optical density measurements, determining of percentage of mineralization of CO2, measured dry biomass cells, measurements of pH and cell count. The antimicrobial activity of inorganic constituents of cones was verified by diffusion test pit. Was observed gradual loss of mass of the cones with the degradation time. The increase in the ash content at 800 ÂC, shows that there was a progressive loss of organic matter and an increased proportion of inorganic constituents. After contact with E. faecalis, polyisoprene isolated cones marks Odous and Tanari was analized and compared and the fresh polyisoprene by GPC and FTIR. The results show that in all three cases there is small and gradual loss of the molar mass of the polyisoprene constituents of material, the more evidente in polyisoprene in nature. Infrared spectra show that degradation also ocurrs with strutural modifications of the polymer, especially in the occurrence of deformation bands of C=O and OH/OOH, and variations in the pattern of cristalinity of the bands of C=C-H. The SEM images show that changes may ocurr in the surface morphology of the cones biodegraded, resulting the from selective attack to the organic component. The NMR H1 spectra of polyisoprene fresh show that the material has undergone minor structural changes in the molecules of polyisoprene during bioassay. All bioassays monitoring indicated that the inoculum grows continuously during the period of contact with the cones or polyisoprene in nature. The bacteria degrades the organic matter of the cones using them as a source of substrate and thereby causing voids cones that can cause failure in endodontic treatment.CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superiorhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=8735application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:21:48Zmail@mail.com -
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