A gramÃtica do poder local: ciclos polÃticos, trajetÃrias e recursos sociais de lederanÃa polÃticas em Acarape-CE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Monalisa Lima Torres
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=20509
Resumo: O escopo deste trabalho foi compreender a gramÃtica polÃtica de Acarape (CearÃ) a partir do estudo dos ciclos polÃticos, das trajetÃrias de suas principais lideranÃas e das disputas locais pelo poder. Na ausÃncia de grupos polÃticos homogÃneos e hegemÃnicos na nova municipalidade, que se autonomizou em fins da dÃcada de 1980, buscou-se analisar os caminhos e mecanismos utilizados por lideranÃas polÃticas locais a fim de construir e fortalecer seu poder de mando de modo a alcanÃar a chefia do executivo municipal. O foco foi a forma como o mÃdico Franklin VerÃssimo (e porque ele) se inscreveu no campo polÃtico fragilizando o poder de mando de lideranÃas que hà 20 anos conseguiram manter afastados outros (novos) atores dos espaÃos polÃticos de concorrÃncia, conservando seus quadros dirigentes praticamente inalterados. O recorte temporal abrangeu o intervalo entre os anos de 1988 (primeira eleiÃÃo municipal de Acarape pÃs-emancipaÃÃo) a 2016, no qual buscou-se identificar a composiÃÃo das facÃÃes polÃticas, suas estratÃgias eleitorais e a alternÃncia no executivo local. O percurso metodolÃgico do trabalho envolveu, alÃm de levantamento bibliogrÃfico, a utilizaÃÃo de entrevistas, o acompanhamento de postagens de polÃticos nas redes sociais, o exame de dados disponibilizados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE), anÃlise documental e observaÃÃo de eventos pÃblicos e cenÃrios (prÃ)eleitorais em Acarape. O primeiro capÃtulo contextualizou a luta pela emancipaÃÃo de Acarape no cenÃrio da redemocratizaÃÃo brasileira dando Ãnfase aos personagens que protagonizaram o processo polÃtico. Dialogando com a perspectiva de ciclos polÃticos longevos na contemporaneidade, o segundo capÃtulo traÃou a genealogia do poder em Acarape reconstruindo as bases de recursos eleitorais das principais lideranÃas e as estratÃgias polÃticas e simbÃlicas utilizadas para se legitimarem (e se manterem) no poder. O Ãltimo capÃtulo abordou os operadores de entrada do mÃdico no cenÃrio polÃtico acarapense e a inauguraÃÃo de um novo ciclo polÃtico a partir da construÃÃo de uma nova chefia polÃtica e de uma profunda reorganizaÃÃo das facÃÃes polÃticas. O exemplo de Acarape pode revelar tendÃncias gerais na medida em que aponta para dependÃncia de municÃpios em relaÃÃo ao governo estadual, transfigurada no adesismo, interferindo no esvaziamento das oposiÃÃes a nÃvel local e na produÃÃo de ciclos de domÃnio de grupos polÃticos longevos. Espera-se contribuir para desenvolvimento de agendas de pesquisas que contemplem a anÃlise polÃtica municipal, sobretudo, no CearÃ, de modo a promover uma atualizaÃÃo de categorias que sÃo caras aos estudos do poder local.
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Na ausÃncia de grupos polÃticos homogÃneos e hegemÃnicos na nova municipalidade, que se autonomizou em fins da dÃcada de 1980, buscou-se analisar os caminhos e mecanismos utilizados por lideranÃas polÃticas locais a fim de construir e fortalecer seu poder de mando de modo a alcanÃar a chefia do executivo municipal. O foco foi a forma como o mÃdico Franklin VerÃssimo (e porque ele) se inscreveu no campo polÃtico fragilizando o poder de mando de lideranÃas que hà 20 anos conseguiram manter afastados outros (novos) atores dos espaÃos polÃticos de concorrÃncia, conservando seus quadros dirigentes praticamente inalterados. O recorte temporal abrangeu o intervalo entre os anos de 1988 (primeira eleiÃÃo municipal de Acarape pÃs-emancipaÃÃo) a 2016, no qual buscou-se identificar a composiÃÃo das facÃÃes polÃticas, suas estratÃgias eleitorais e a alternÃncia no executivo local. O percurso metodolÃgico do trabalho envolveu, alÃm de levantamento bibliogrÃfico, a utilizaÃÃo de entrevistas, o acompanhamento de postagens de polÃticos nas redes sociais, o exame de dados disponibilizados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE), anÃlise documental e observaÃÃo de eventos pÃblicos e cenÃrios (prÃ)eleitorais em Acarape. O primeiro capÃtulo contextualizou a luta pela emancipaÃÃo de Acarape no cenÃrio da redemocratizaÃÃo brasileira dando Ãnfase aos personagens que protagonizaram o processo polÃtico. Dialogando com a perspectiva de ciclos polÃticos longevos na contemporaneidade, o segundo capÃtulo traÃou a genealogia do poder em Acarape reconstruindo as bases de recursos eleitorais das principais lideranÃas e as estratÃgias polÃticas e simbÃlicas utilizadas para se legitimarem (e se manterem) no poder. O Ãltimo capÃtulo abordou os operadores de entrada do mÃdico no cenÃrio polÃtico acarapense e a inauguraÃÃo de um novo ciclo polÃtico a partir da construÃÃo de uma nova chefia polÃtica e de uma profunda reorganizaÃÃo das facÃÃes polÃticas. O exemplo de Acarape pode revelar tendÃncias gerais na medida em que aponta para dependÃncia de municÃpios em relaÃÃo ao governo estadual, transfigurada no adesismo, interferindo no esvaziamento das oposiÃÃes a nÃvel local e na produÃÃo de ciclos de domÃnio de grupos polÃticos longevos. Espera-se contribuir para desenvolvimento de agendas de pesquisas que contemplem a anÃlise polÃtica municipal, sobretudo, no CearÃ, de modo a promover uma atualizaÃÃo de categorias que sÃo caras aos estudos do poder local. O escopo deste trabalho foi compreender a gramÃtica polÃtica de Acarape (CearÃ) a partir do estudo dos ciclos polÃticos, das trajetÃrias de suas principais lideranÃas e das disputas locais pelo poder. Na ausÃncia de grupos polÃticos homogÃneos e hegemÃnicos na nova municipalidade, que se autonomizou em fins da dÃcada de 1980, buscou-se analisar os caminhos e mecanismos utilizados por lideranÃas polÃticas locais a fim de construir e fortalecer seu poder de mando de modo a alcanÃar a chefia do executivo municipal. O foco foi a forma como o mÃdico Franklin VerÃssimo (e porque ele) se inscreveu no campo polÃtico fragilizando o poder de mando de lideranÃas que hà 20 anos conseguiram manter afastados outros (novos) atores dos espaÃos polÃticos de concorrÃncia, conservando seus quadros dirigentes praticamente inalterados. O recorte temporal abrangeu o intervalo entre os anos de 1988 (primeira eleiÃÃo municipal de Acarape pÃs-emancipaÃÃo) a 2016, no qual buscou-se identificar a composiÃÃo das facÃÃes polÃticas, suas estratÃgias eleitorais e a alternÃncia no executivo local. 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O Ãltimo capÃtulo abordou os operadores de entrada do mÃdico no cenÃrio polÃtico acarapense e a inauguraÃÃo de um novo ciclo polÃtico a partir da construÃÃo de uma nova chefia polÃtica e de uma profunda reorganizaÃÃo das facÃÃes polÃticas. O exemplo de Acarape pode revelar tendÃncias gerais na medida em que aponta para dependÃncia de municÃpios em relaÃÃo ao governo estadual, transfigurada no adesismo, interferindo no esvaziamento das oposiÃÃes a nÃvel local e na produÃÃo de ciclos de domÃnio de grupos polÃticos longevos. Espera-se contribuir para desenvolvimento de agendas de pesquisas que contemplem a anÃlise polÃtica municipal, sobretudo, no CearÃ, de modo a promover uma atualizaÃÃo de categorias que sÃo caras aos estudos do poder local. 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O escopo deste trabalho foi compreender a gramÃtica polÃtica de Acarape (CearÃ) a partir do estudo dos ciclos polÃticos, das trajetÃrias de suas principais lideranÃas e das disputas locais pelo poder. Na ausÃncia de grupos polÃticos homogÃneos e hegemÃnicos na nova municipalidade, que se autonomizou em fins da dÃcada de 1980, buscou-se analisar os caminhos e mecanismos utilizados por lideranÃas polÃticas locais a fim de construir e fortalecer seu poder de mando de modo a alcanÃar a chefia do executivo municipal. O foco foi a forma como o mÃdico Franklin VerÃssimo (e porque ele) se inscreveu no campo polÃtico fragilizando o poder de mando de lideranÃas que hà 20 anos conseguiram manter afastados outros (novos) atores dos espaÃos polÃticos de concorrÃncia, conservando seus quadros dirigentes praticamente inalterados. O recorte temporal abrangeu o intervalo entre os anos de 1988 (primeira eleiÃÃo municipal de Acarape pÃs-emancipaÃÃo) a 2016, no qual buscou-se identificar a composiÃÃo das facÃÃes polÃticas, suas estratÃgias eleitorais e a alternÃncia no executivo local. O percurso metodolÃgico do trabalho envolveu, alÃm de levantamento bibliogrÃfico, a utilizaÃÃo de entrevistas, o acompanhamento de postagens de polÃticos nas redes sociais, o exame de dados disponibilizados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE), anÃlise documental e observaÃÃo de eventos pÃblicos e cenÃrios (prÃ)eleitorais em Acarape. O primeiro capÃtulo contextualizou a luta pela emancipaÃÃo de Acarape no cenÃrio da redemocratizaÃÃo brasileira dando Ãnfase aos personagens que protagonizaram o processo polÃtico. Dialogando com a perspectiva de ciclos polÃticos longevos na contemporaneidade, o segundo capÃtulo traÃou a genealogia do poder em Acarape reconstruindo as bases de recursos eleitorais das principais lideranÃas e as estratÃgias polÃticas e simbÃlicas utilizadas para se legitimarem (e se manterem) no poder. O Ãltimo capÃtulo abordou os operadores de entrada do mÃdico no cenÃrio polÃtico acarapense e a inauguraÃÃo de um novo ciclo polÃtico a partir da construÃÃo de uma nova chefia polÃtica e de uma profunda reorganizaÃÃo das facÃÃes polÃticas. O exemplo de Acarape pode revelar tendÃncias gerais na medida em que aponta para dependÃncia de municÃpios em relaÃÃo ao governo estadual, transfigurada no adesismo, interferindo no esvaziamento das oposiÃÃes a nÃvel local e na produÃÃo de ciclos de domÃnio de grupos polÃticos longevos. Espera-se contribuir para desenvolvimento de agendas de pesquisas que contemplem a anÃlise polÃtica municipal, sobretudo, no CearÃ, de modo a promover uma atualizaÃÃo de categorias que sÃo caras aos estudos do poder local.
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