As histÃrias contadas na clÃnica: narrativa e transformaÃÃo na psicoterapia

• Autor(a) principal: Rafaella Medeiros de Mattos Brito
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=11878
• topic: Psicoterapia; Narrativa; Terapias pÃs-modernas; Psicologia Narrativa; ClÃnica Escola de Psicologia; Psychotherapy; Narrative; Postmodern Therapies; Narrative Psycholog; ClÃnica Escola de Psicologia.; PSICOLOGIA SOCIAL

Esta pesquisa busca explorar a relaÃÃo entre narrativa e transformaÃÃo na psicoterapia, atravÃs do significado que clientes da ClÃnica Escola de Psicologia da UFC, que jà vivenciaram experiÃncias traumÃticas, atribuem: ao processo psicoterÃpico, Ãs mudanÃas percebidas, ao terapeuta inserido no processo de transformaÃÃo e à importÃncia de se narrar no setting terapÃutico. AlÃm disso, consideraram-se as implicaÃÃes culturais nas histÃrias pessoais, percebendo, assim, a narrativa nÃo sà como uma produÃÃo individual, mas tambÃm histÃrica e relacional. O referencial teÃrico utilizado foi o da Psicologia Narrativa, que postula que a experiÃncia humana se faz inteligÃvel quando transformada em narrativa. No campo da psicoterapia, essas formulaÃÃes vÃo influenciar as terapias pÃs-modernas, tais como a Terapia Narrativa e a Abordagem Colaborativa. Os principais autores utilizados nesta pesquisa foram: Harlene Anderson, Harold Goolishian, Michael White, David Epston, John McLeod, Jerome Bruner, Kenneth Gergen e Marilene Grandesso. Dentro deste vasto campo de estudo, pressupÃe-se que a construÃÃo de narrativas, por sua capacidade de gerar significados, à terapÃutica em si. Esta pesquisa transcorreu mediante trÃs entrevistas semiestruturadas, que foram transcritas e submetidas a uma anÃlise temÃtica. Observou-se que esses clientes chegaram à clÃnica com ideias preconceituosas a respeito da prÃtica psicoterÃpica, mas, ao longo do tempo, tornaram-se extremamente comprometidos com a terapia, reconhecendo o papel fundamental que esta desempenhou na mudanÃa de suas atitudes e significados atribuÃdos a suas realidades e a si mesmos. O terapeuta à visto, neste processo, como um facilitador que explora conteÃdos antes nÃo percebidos, mediando o diÃlogo do cliente com ele mesmo. A narrativa aparece na clÃnica como uma construÃÃo de sentido propiciadora de liberdade, levando a processos de ressignificaÃÃo, reautoria e reorganizaÃÃo da experiÃncia.