O (Neo)pragmatismo como Eixo (Des)estruturante da EducaÃÃo ContemporÃnea.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1168 |
Resumo: | Este trabalho aborda a filosofia pragmÃtica e sua capacidade histÃrica de recomposiÃÃo no meio educacional. ApÃs alguns anos de refluxo, o pragmatismo ressurge na forma de um neopragmatismo e se adequa ao contexto, ao mesmo tempo em que impÃe seus princÃpios à educaÃÃo contemporÃnea. Nessa direÃÃo, O Banco Mundial aparece como instituiÃÃo fundamental na consecuÃÃo de um novo modelo educativo, especialmente para os paÃses pobres ou âem desenvolvimentoâ. No intento de atingir nossos propÃsitos investigativos, analisamos a concepÃÃo de sociedade subjacente à filosofia polÃtica de John Dewey (1859-1952), intelectual democrata dos Estados Unidos e o mais notÃvel filÃsofo pragmÃtico na educaÃÃo. Nesse sentido, analisamos criticamente seu compromisso com a democracia liberal, como tambÃm seu papel de intelectual influente em seu paÃs e no mundo. Da mesma forma, examinamos a concepÃÃo de sociedade veiculada por Richard Rorty (1931-2007), principal responsÃvel pelo ressurgimento do pragmatismo, como tambÃm o seu maior difusor. Ao reeditar o pragmatismo, Rorty lhe atribui caracterÃsticas pÃs-modernas e questiona o debate filosÃfico de PlatÃo a Hegel, como tambÃm o marxismo e a filosofia analÃtica, para ele, sistemas filosÃficos dominados pela metafÃsica. Em sua proposta antiteÃrica e antifilosÃfica, Rorty propÃe a constituiÃÃo de conversaÃÃes criativas, nas quais as relaÃÃes intersubjetivas criem novos vocabulÃrios e esses passem a resolver seus problemas cotidianos utilizando cada vez mais e melhor, os jogos de linguagem propÃcios a cada situaÃÃo particular. Para Rorty, o aperfeiÃoamento da sociedade, da qual toma como modelo a democracia norte-americana, passa pelo uso dos jogos de linguagem, como forma de justificar crenÃas e jamais como meio de encontrar a verdade. Assim, para o autor neopragmÃtico, a mudanÃa social nÃo se relaciona mais Ãs grandes narrativas, como por exemplo, ao marxismo, que para o referido autor, perdeu seu sentido histÃrico. Na contracorrente da abordagem neo(pragmÃtica) e sob a orientaÃÃo de Marx e de seus adeptos, compreendemos a presenÃa do (neo) pragmatismo como parte da atual crise do capital e de sua necessidade em responder aos graves problemas hoje vivenciados pela humanidade, problemas esses criados pelo prÃprio capital. Como filosofia nascida junto com a construÃÃo do impÃrio norte-americano, o (neo)pragmatismo se firma atualmente como aporte do estilo de vida americano, revelando-se, portanto, muito conservador. Assim, realizamos a crÃtica ao neo(pragmatismo) pela via crÃtica da ontologia do ser social e tomando o trabalho como categoria ontolÃgica central na constituiÃÃo da vida humana e tambÃm como elemento essencial da emancipaÃÃo da humanidade. |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisO (Neo)pragmatismo como Eixo (Des)estruturante da EducaÃÃo ContemporÃnea. The (new)pragmatism as (de)structural axis of contemporany education2007-06-06Maria Susana Vasconcelos Jimenez00203408349Ivo Tonet16959540925LuÃs TÃvora Furtado Ribeiro21417792353http://lattes.cnpq.br/6368042791230986Manoel Fernandes de Souza Neto31070906387Maria das Dores Mendes Segundo1395060630023250070300http://lattes.cnpq.br/3474835434481970Josà RÃmulo SoaresUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em EducaÃÃoUFCBRPragmatismo neopragmatismo filosofia polÃtica crise do capital emancipaÃÃo humana, polÃtica educacional.Pragmatism neopragmatism political philosophy capital crisis human emancipation, educational politics.CiÃncias HumanasEste trabalho aborda a filosofia pragmÃtica e sua capacidade histÃrica de recomposiÃÃo no meio educacional. ApÃs alguns anos de refluxo, o pragmatismo ressurge na forma de um neopragmatismo e se adequa ao contexto, ao mesmo tempo em que impÃe seus princÃpios à educaÃÃo contemporÃnea. Nessa direÃÃo, O Banco Mundial aparece como instituiÃÃo fundamental na consecuÃÃo de um novo modelo educativo, especialmente para os paÃses pobres ou âem desenvolvimentoâ. No intento de atingir nossos propÃsitos investigativos, analisamos a concepÃÃo de sociedade subjacente à filosofia polÃtica de John Dewey (1859-1952), intelectual democrata dos Estados Unidos e o mais notÃvel filÃsofo pragmÃtico na educaÃÃo. Nesse sentido, analisamos criticamente seu compromisso com a democracia liberal, como tambÃm seu papel de intelectual influente em seu paÃs e no mundo. Da mesma forma, examinamos a concepÃÃo de sociedade veiculada por Richard Rorty (1931-2007), principal responsÃvel pelo ressurgimento do pragmatismo, como tambÃm o seu maior difusor. Ao reeditar o pragmatismo, Rorty lhe atribui caracterÃsticas pÃs-modernas e questiona o debate filosÃfico de PlatÃo a Hegel, como tambÃm o marxismo e a filosofia analÃtica, para ele, sistemas filosÃficos dominados pela metafÃsica. Em sua proposta antiteÃrica e antifilosÃfica, Rorty propÃe a constituiÃÃo de conversaÃÃes criativas, nas quais as relaÃÃes intersubjetivas criem novos vocabulÃrios e esses passem a resolver seus problemas cotidianos utilizando cada vez mais e melhor, os jogos de linguagem propÃcios a cada situaÃÃo particular. Para Rorty, o aperfeiÃoamento da sociedade, da qual toma como modelo a democracia norte-americana, passa pelo uso dos jogos de linguagem, como forma de justificar crenÃas e jamais como meio de encontrar a verdade. Assim, para o autor neopragmÃtico, a mudanÃa social nÃo se relaciona mais Ãs grandes narrativas, como por exemplo, ao marxismo, que para o referido autor, perdeu seu sentido histÃrico. Na contracorrente da abordagem neo(pragmÃtica) e sob a orientaÃÃo de Marx e de seus adeptos, compreendemos a presenÃa do (neo) pragmatismo como parte da atual crise do capital e de sua necessidade em responder aos graves problemas hoje vivenciados pela humanidade, problemas esses criados pelo prÃprio capital. Como filosofia nascida junto com a construÃÃo do impÃrio norte-americano, o (neo)pragmatismo se firma atualmente como aporte do estilo de vida americano, revelando-se, portanto, muito conservador. Assim, realizamos a crÃtica ao neo(pragmatismo) pela via crÃtica da ontologia do ser social e tomando o trabalho como categoria ontolÃgica central na constituiÃÃo da vida humana e tambÃm como elemento essencial da emancipaÃÃo da humanidade.The present thesis looks into pragmatic philosophy and its historical ability for subsistence in the field of education. After some years of decline, pragmatism has reemerged in the form of neopragmatism, adjusted to a new context and imposing its principles upon contemporary education. The World Bank has been of crucial importance in the establishment of a new educational model, destined especially for the poor or âdevelopingâ countries. We analyzed the notion of society which underlies the political philosophy of John Dewey (1859-1952), an American Democrat and intellectual and perhaps the most influential pragmatic philosopher in education. We provide a critical analysis of his commitment to liberal democracy as well as his role as an influential intellectual in his country and elsewhere. Likewise, we examine the notion of society held by Richard Rorty (1931), the main advocate and driving force of the reemergence of pragmatism. In his redefinition of the phenomenon, Rorty attributes post-modern characteristics to pragmatism and questions the philosophical debate from Plato to Hegel, along with Marxism and analytical philosophy, which he considers to be philosophical systems dominated by metaphysics. In his antitheoretical and antiphilosophical outlook, Rorty proposes to hold creative conversations in which intersubjective relationships generate new words capable of solving everyday problems through enhanced use of language games suitable for each situation. Rorty believes that the improvement of society, for which he takes North American democracy as a model, requires the use of language games as a way of justifying beliefs, but not the purpose of reaching truth. Thus, to this neopragmatic thinker, social change should no longer rely on the great narratives, such as Marxism, which he thinks has lost its historical relevance. In contrast to the (neo)pragmatic approach and under the guidance of Marx and his followers, we see the presence of (neo)pragmatism as part of todayâs capital crisis and urgent need to deal with humanityâs huge problems―problems generated by capital itself. Since (neo)pragmatism emerged in concert with the establishment of the United States, it has always been an essential support of the American, conservative way of life. Thus, we offer a critique of (neo)pragmatism through the ontology of the social being and considering work as a central ontological category of human life and essential element of human emancipation.CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superiorhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1168application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:14:03Zmail@mail.com - |
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The present thesis looks into pragmatic philosophy and its historical ability for subsistence in the field of education. After some years of decline, pragmatism has reemerged in the form of neopragmatism, adjusted to a new context and imposing its principles upon contemporary education. The World Bank has been of crucial importance in the establishment of a new educational model, destined especially for the poor or âdevelopingâ countries. We analyzed the notion of society which underlies the political philosophy of John Dewey (1859-1952), an American Democrat and intellectual and perhaps the most influential pragmatic philosopher in education. We provide a critical analysis of his commitment to liberal democracy as well as his role as an influential intellectual in his country and elsewhere. Likewise, we examine the notion of society held by Richard Rorty (1931), the main advocate and driving force of the reemergence of pragmatism. In his redefinition of the phenomenon, Rorty attributes post-modern characteristics to pragmatism and questions the philosophical debate from Plato to Hegel, along with Marxism and analytical philosophy, which he considers to be philosophical systems dominated by metaphysics. In his antitheoretical and antiphilosophical outlook, Rorty proposes to hold creative conversations in which intersubjective relationships generate new words capable of solving everyday problems through enhanced use of language games suitable for each situation. Rorty believes that the improvement of society, for which he takes North American democracy as a model, requires the use of language games as a way of justifying beliefs, but not the purpose of reaching truth. Thus, to this neopragmatic thinker, social change should no longer rely on the great narratives, such as Marxism, which he thinks has lost its historical relevance. In contrast to the (neo)pragmatic approach and under the guidance of Marx and his followers, we see the presence of (neo)pragmatism as part of todayâs capital crisis and urgent need to deal with humanityâs huge problems―problems generated by capital itself. Since (neo)pragmatism emerged in concert with the establishment of the United States, it has always been an essential support of the American, conservative way of life. Thus, we offer a critique of (neo)pragmatism through the ontology of the social being and considering work as a central ontological category of human life and essential element of human emancipation. |
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