Trabalhador ou Bandido? A ConstruÃÃo e o Conflito de Identidades na PenitenciÃria Industrial Regional de Sobral, CearÃ

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: NelydÃlia Kelene FranÃa de Sousa
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=5337
Resumo: Essa pesquisa, realizada entre os anos de 2006 e 2007, pretende contribuir para a compreensÃo da dinÃmica da formaÃÃo social existente no interior das prisÃes. O objetivo desse estudo à interpretar o processo de construÃÃo das identidades carcerÃrias dos presos reclusos na PenitenciÃria Industrial Regional de Sobral (PIRS). Essa instituiÃÃo, localizada na RegiÃo Norte do Estado do CearÃ, faz parte do sistema prisional terceirizado cearense, administrado, em parceria, pelo Estado e por empresa privada: a Companhia Nacional de AdministraÃÃo Prisional (Conap). O ingresso de um indivÃduo no sistema prisional à descrito como um ritual de passagem que o iniciarà nos cÃdigos e nas regras especÃficas da sociedade carcerÃria a qual passa a pertencer. Ao entrar na PIRS, o preso recÃm â chegado serà observado por mÃdicos, psicÃlogos, assistentes sociais, advogados e seguranÃas responsÃveis por atribuir-lhe uma identidade vÃlida para essa sociedade. As identidades atribuÃdas aos presos durante o ritual de entrada na PIRS nÃo sÃo definitivas. O critÃrio fundamental para que seja construÃda uma identidade para o detento dentro dessa sociedade carcerÃria à a participaÃÃo nos trabalhos penitenciÃrios. O labor nessa penitenciÃria origina dois grupos identitÃrios principais: os trabalhadores e os bandidos. As relaÃÃes estabelecidas entre os presos pertencentes a esses grupos sÃo marcadas por conflitos expressos em palavras de xingamento e depreciaÃÃo, e tambÃm por agressÃes fÃsicas diretas. Na prisÃo, o indivÃduo necessita aprender rapidamente as regras da sociedade intramuro e a representar o papel que lhe à atribuÃdo pela sua identidade carcerÃria uma vez que disso depende em grande parte a sua sobrevivÃncia na cadeia.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisTrabalhador ou Bandido? A ConstruÃÃo e o Conflito de Identidades na PenitenciÃria Industrial Regional de Sobral, CearÃEmployee or villain? The construction of identities in prison industry regional Sobral, CearÃ2008-11-10CÃsar Barreira03413454315http://lattes.cnpq.br/2382723098584720Lea Carvalho Rodrigues72254432834http://lattes.cnpq.br/8758840770361071Rosemary de Oliveira Almeida31719007384http://lattes.cnpq.br/576742835254277266543231300http://lattes.cnpq.br/3788620114229139NelydÃlia Kelene FranÃa de SousaUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em SociologiaUFCBRPrisÃes TerceirizaÃÃo Trabalho Penal Identidades ConflitoPrisons Outsourcing Work Criminal Identities Conflict.SOCIOLOGIAEssa pesquisa, realizada entre os anos de 2006 e 2007, pretende contribuir para a compreensÃo da dinÃmica da formaÃÃo social existente no interior das prisÃes. O objetivo desse estudo à interpretar o processo de construÃÃo das identidades carcerÃrias dos presos reclusos na PenitenciÃria Industrial Regional de Sobral (PIRS). Essa instituiÃÃo, localizada na RegiÃo Norte do Estado do CearÃ, faz parte do sistema prisional terceirizado cearense, administrado, em parceria, pelo Estado e por empresa privada: a Companhia Nacional de AdministraÃÃo Prisional (Conap). O ingresso de um indivÃduo no sistema prisional à descrito como um ritual de passagem que o iniciarà nos cÃdigos e nas regras especÃficas da sociedade carcerÃria a qual passa a pertencer. Ao entrar na PIRS, o preso recÃm â chegado serà observado por mÃdicos, psicÃlogos, assistentes sociais, advogados e seguranÃas responsÃveis por atribuir-lhe uma identidade vÃlida para essa sociedade. As identidades atribuÃdas aos presos durante o ritual de entrada na PIRS nÃo sÃo definitivas. O critÃrio fundamental para que seja construÃda uma identidade para o detento dentro dessa sociedade carcerÃria à a participaÃÃo nos trabalhos penitenciÃrios. O labor nessa penitenciÃria origina dois grupos identitÃrios principais: os trabalhadores e os bandidos. As relaÃÃes estabelecidas entre os presos pertencentes a esses grupos sÃo marcadas por conflitos expressos em palavras de xingamento e depreciaÃÃo, e tambÃm por agressÃes fÃsicas diretas. Na prisÃo, o indivÃduo necessita aprender rapidamente as regras da sociedade intramuro e a representar o papel que lhe à atribuÃdo pela sua identidade carcerÃria uma vez que disso depende em grande parte a sua sobrevivÃncia na cadeia.The survey, conducted between the years 2006 and 2007, aims to contribute to the understanding of the dynamics of social formation within the existing prisons. The aim of this study is to interpret the process of constructing the identities of prisoners in the prison inmates in the Prison Industrial Regional Sobral (PIRS). This institution, located in the north of the state of Ceara, is part of the prison system outsourced CearÃ, managed in partnership by government and by private enterprise: the National Company of Prison Administration (CONAP). The entry of a person in the prison system is described as a rite of passage that will start in the codes and rules specific to the prison society which has belonged. On entering the PIRS, the newly arrested â now will be observed by doctors, psychologists, social workers, lawyers and security guards responsible for giving it a valid identity for the company. The identities assigned to prisoners during the ritual of entry on PIRS are not definitive. The key criterion for the is a constructed identity of the prisoner within that prison society is the participation work in prison. The prison work that produces two groups main identity: the workers and bandits. The relationship between the prisoners belonging to these groups are marked by conflicts expressed in words of namecalling and depreciation, and also by direct physical attacks. In prison, the individual must quickly learn the rules of domestic society and play the role in assigned by their identity prison since it depends largely on its survival in jail.FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do CearÃBanco do Nordeste do Brasilhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=5337application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:19:06Zmail@mail.com -
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