Helicobacter pylori e polimorfismos em enzimas de reparo de DNA e de sÃntese de Ãxido nÃtrico no cÃncer gÃstrico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Isabelle Joyce de Lima Silva Fernandes
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=6138
Resumo: O cÃncer gÃstrico apresenta, mundialmente, uma elevada taxa de mortalidade, com alta incidÃncia no Brasil, sendo a infecÃÃo com Helicobacter pylori um fator de risco bem estabelecido. Dependendo da presenÃa de genes de virulÃncia como cagA, cagE, vacA e virB11, H. pylori pode causar respostas inflamatÃrias diferenciadas, apresentando grande quantidade de Ãxido nÃtrico (ON) gerado principalmente por iNOS. Quantidade elevada de ON resulta em acÃmulo de espÃcies reativas do oxigÃnio cuja instabilidade causa danos oxidativos no DNA. A integridade genÃmica à garantida por enzimas de reparo importantes como: APE-1, OGG-1, e PARP-1. Polimorfismos genÃticos que modifiquem a atividade dessas enzimas podem influenciar a capacidade de reparo e, portanto, a susceptibilidade do hospedeiro ao desenvolvimento do cÃncer gÃstrico associado à H. pylori. Assim o objetivo deste estudo foi avaliar a associaÃÃo dos polimorfismos C150T em iNOS, T2197G em APE-1, C1245G em OGG-1 e A40676G em PARP-1 com o genÃtipo de H. pylori em 109 amostra de pacientes diagnosticados com adenocarcinomas gÃstricos atendidos em hospitais de Fortaleza, CearÃ. A identificaÃÃo dos polimorfismos foi feita por PCR-RFLP e a detecÃÃo e genotipagem de H. pylori foram feitas por PCR. Os polimorfismos estudados apresentaram as seguintes freqÃÃncias: iNOS - 78% CC, 21,1% CT e 0,9% TT; PARP-1- 69,7% AA, 26,6% AG e 3,7% GG, para OGG-1 56% CC, 39,4% CG, e 4,6% GG e para APE-1 38,5%TT, 47,7%TG e 13,8% GG. Salienta-se a baixa freqÃÃncia do genÃtipo polimÃrfico (TT) de iNOS e alta frequÃncia do heterozigoto (TG) de APE. Os alelos variantes de iNOS e de PARP-1 foram correlacionadas com indivÃduos ≤55 anos, sugerindo que estes polimorfismos estariam associados ao desenvolvimento precoce da neoplasia. Os tumores intestinais localizados na regiÃo nÃo-antro correlacionaram-se com o genÃtipo OGG-1 CG; enquanto que os difusos, localizados no corpo com o genÃtipo AA de PARP-1. H. pylori foi detectada em 92,6% dos casos. Os genes cagA, cagE e virB11 foram detectados em 65,3%, 50,4% e 60,3% dos casos, respectivamente e vacAs1m1 detectado em 72,2%. Os casos foram agrupados considerando os alelos de vacA e a integridade da ilha de patogenicidade cag, sendo os grupos A1 e A2, composto por cepas mais patogÃnicas, o qual foi observado em 33,6% e 13,8% dos pacientes, respectivamente. Na anÃlise individual de cada enzima, observou-se que os indivÃduos portadores dos alelos variantes de APE-1 (TG+GG) estavam infectados com cepas pouco patogÃnicas (p=0,0422). Essas cepas pouco patogÃnicas tambÃm foram associadas aos pacientes portadores do genÃtipo selvagem (AA) de PARP-1 (p=0,0396). Esses dados foram confirmados quando os pacientes infectados por cepas mais virulentas foram comparadas aos infectados por cepas menos virulentas (p=0,046). Analisando apenas o grupo A1 observou-se tambÃm uma correlaÃÃo de APE-1 (TG) com OGG-1(CC). Quando os genÃtipos foram combinados considerando somente as enzimas de reparo estudadas ou duas a duas, verificou-se que parte dos pacientes infectados com o genÃtipo selvagem de PARP-1 eram portadores do alelo variante para pelo menos uma das enzimas e que parte dos pacientes infectados com cepas menos patogÃnicas possuÃam o alelo polimÃrfico de APE-1, independente do genÃtipo da enzima de reparo associada. Somados, esses dados indicam a relevÃncia do polimorfismo da APE-1 no desenvolvimento do cÃncer gÃstrico em indivÃduos infectados com cepas menos virulentas e corroboram com a importÃncia do genÃtipo bacteriano, uma vez que, de maneira geral, indivÃduos com genÃtipo selvagem para as enzimas de reparo estudadas desenvolveram cÃncer gÃstrico quando infectados por cepas virulentas.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisHelicobacter pylori e polimorfismos em enzimas de reparo de DNA e de sÃntese de Ãxido nÃtrico no cÃncer gÃstrico Helicobacter pylori infection and polymorphisms in DNA repair enzymes and iNOS in gastric cancer2010-08-02Silvia Helena Barem Rabenhorst98317130878http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4728074E8Lucymara Fassarella Agnez Lima00297997750Maria Izabel Florindo Guedes47501723753MÃrcia ValÃria Pitombeira Ferreira31561365300http://lattes.cnpq.br/885094939448076605395900454http://lattes.cnpq.br/5180509039770699Isabelle Joyce de Lima Silva FernandesUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em Microbiologia MÃdicaUFCBRcÃncer gÃstrico enzimas de reparo polimorfismo genÃticogastric cancer repair enzymes, H. pylori, genetic polymorphismCANCEROLOGIAO cÃncer gÃstrico apresenta, mundialmente, uma elevada taxa de mortalidade, com alta incidÃncia no Brasil, sendo a infecÃÃo com Helicobacter pylori um fator de risco bem estabelecido. Dependendo da presenÃa de genes de virulÃncia como cagA, cagE, vacA e virB11, H. pylori pode causar respostas inflamatÃrias diferenciadas, apresentando grande quantidade de Ãxido nÃtrico (ON) gerado principalmente por iNOS. Quantidade elevada de ON resulta em acÃmulo de espÃcies reativas do oxigÃnio cuja instabilidade causa danos oxidativos no DNA. A integridade genÃmica à garantida por enzimas de reparo importantes como: APE-1, OGG-1, e PARP-1. Polimorfismos genÃticos que modifiquem a atividade dessas enzimas podem influenciar a capacidade de reparo e, portanto, a susceptibilidade do hospedeiro ao desenvolvimento do cÃncer gÃstrico associado à H. pylori. Assim o objetivo deste estudo foi avaliar a associaÃÃo dos polimorfismos C150T em iNOS, T2197G em APE-1, C1245G em OGG-1 e A40676G em PARP-1 com o genÃtipo de H. pylori em 109 amostra de pacientes diagnosticados com adenocarcinomas gÃstricos atendidos em hospitais de Fortaleza, CearÃ. A identificaÃÃo dos polimorfismos foi feita por PCR-RFLP e a detecÃÃo e genotipagem de H. pylori foram feitas por PCR. Os polimorfismos estudados apresentaram as seguintes freqÃÃncias: iNOS - 78% CC, 21,1% CT e 0,9% TT; PARP-1- 69,7% AA, 26,6% AG e 3,7% GG, para OGG-1 56% CC, 39,4% CG, e 4,6% GG e para APE-1 38,5%TT, 47,7%TG e 13,8% GG. Salienta-se a baixa freqÃÃncia do genÃtipo polimÃrfico (TT) de iNOS e alta frequÃncia do heterozigoto (TG) de APE. Os alelos variantes de iNOS e de PARP-1 foram correlacionadas com indivÃduos ≤55 anos, sugerindo que estes polimorfismos estariam associados ao desenvolvimento precoce da neoplasia. Os tumores intestinais localizados na regiÃo nÃo-antro correlacionaram-se com o genÃtipo OGG-1 CG; enquanto que os difusos, localizados no corpo com o genÃtipo AA de PARP-1. H. pylori foi detectada em 92,6% dos casos. Os genes cagA, cagE e virB11 foram detectados em 65,3%, 50,4% e 60,3% dos casos, respectivamente e vacAs1m1 detectado em 72,2%. Os casos foram agrupados considerando os alelos de vacA e a integridade da ilha de patogenicidade cag, sendo os grupos A1 e A2, composto por cepas mais patogÃnicas, o qual foi observado em 33,6% e 13,8% dos pacientes, respectivamente. Na anÃlise individual de cada enzima, observou-se que os indivÃduos portadores dos alelos variantes de APE-1 (TG+GG) estavam infectados com cepas pouco patogÃnicas (p=0,0422). Essas cepas pouco patogÃnicas tambÃm foram associadas aos pacientes portadores do genÃtipo selvagem (AA) de PARP-1 (p=0,0396). Esses dados foram confirmados quando os pacientes infectados por cepas mais virulentas foram comparadas aos infectados por cepas menos virulentas (p=0,046). Analisando apenas o grupo A1 observou-se tambÃm uma correlaÃÃo de APE-1 (TG) com OGG-1(CC). Quando os genÃtipos foram combinados considerando somente as enzimas de reparo estudadas ou duas a duas, verificou-se que parte dos pacientes infectados com o genÃtipo selvagem de PARP-1 eram portadores do alelo variante para pelo menos uma das enzimas e que parte dos pacientes infectados com cepas menos patogÃnicas possuÃam o alelo polimÃrfico de APE-1, independente do genÃtipo da enzima de reparo associada. Somados, esses dados indicam a relevÃncia do polimorfismo da APE-1 no desenvolvimento do cÃncer gÃstrico em indivÃduos infectados com cepas menos virulentas e corroboram com a importÃncia do genÃtipo bacteriano, uma vez que, de maneira geral, indivÃduos com genÃtipo selvagem para as enzimas de reparo estudadas desenvolveram cÃncer gÃstrico quando infectados por cepas virulentas.Gastric cancer is the most deadly malignant neoplasia worldwide, with high incidence in Brazil and Helicobacter pylori infection is a well-established risk factor. Depending on the presence of virulence genes such as cagA, cagE, vacA and virB11, H. pylori can cause differentiated inflammatory responses, with large amounts of nitric oxide (NO) generated primarily by iNOS. High amount of NO resulting in accumulation of reactive oxygen species can cause DNA oxidative damage. The genomic integrity is guaranteed by important repair enzymes as: APE-1, OGG-1 and PARP-1. Genetic polymorphisms that modify the activity of these enzymes may influence the ability to repair and therefore the host susceptibility to the development of gastric cancer H.pylori associated. Therefore, the goal of this study was to evaluate the association of the C150T polymorphism in iNOS, T2197G in APE-1, C1245G in OGG -1 and A40676G in PARP-1 with H.pylori genotype in 109 cases of patients with gastric adenocarcinoma from hospitals in Fortaleza, CearÃ. The identification of polymorphisms was performed by PCR-RFLP and the detection and genotyping of H.pylori were performed by PCR. The studied polymorphisms showed the following frequencies: iNOS 78% CC, 21.1% CT and 0.9% TT; PARP-1 69.7% AA 26.6% AG and 3.7% GG to OGG -1 56% CC, 39.4% CG and 4.6% GG and APE-1 38.5% TT, 47.7% TG and 13.8% GG. Valuable to note the low frequency of the homozygous polymorphic (TT) of iNOS and the high frequency of heterozygous (TG) from APE-1. The variant alleles of iNOS and PARP-1 were correlated with subjects ≤ 55 years, suggesting that these polymorphisms were associated with early development of the neoplasia. Intestinal tumors located in the non-antrum were correlated with heterozygous genotype of OGG-1 (CG), while diffuse, located on the body with the AA genotype of PARP-1. H. pylori was detected in 92.6% of cases. The genes cagA, cagE and virB11 were detected in 65.3%, 50.4% and 60.3% of cases respectively and vacAs1m1 was detected in 72.2%. The cases were also grouped considering the alleles of vacA and the integrity of the cag-pathogenicity island. Thus, the groups A1 and A2, consist of more pathogenic strains, were observed in 33.6% and 13.8% of patients, respectively. In the individual analysis of each enzyme, we observed that individuals carrying the variant alleles of APE-1 (TG+GG) were infected with low pathogenic strains (p=0.0422). These low pathogenic strains were also associated with patients carrying the wild genotype (AA) of PARP-1 (p=0.0396). These data were confirmed when patients infected with more virulent strains were compared to those infected with less virulent strains (p = 0.046). Analyzing only the group A1, it was also observed a correlation of APE-1 (TG) with OGG-1 (CC). When genotypes were combined by considering only the repair enzymes studied or two by two, it was found that most patients infected with the wild-type of PARP-1 were carriers of the variant allele for at least one of the enzymes and that most patients infected with less pathogenic strains possess a polymorphic allele of APE-1, independent of the genotype associated with the repair enzyme. Taken together, these data indicate the relevance of the APE-1 polymorphism in the development of gastric cancer in individuals infected with less virulent strains and corroborate the importance of the bacterial genotype, since; in general, individuals with wild-type for enzymes repair studied developed gastric cancer when infected with virulent strains.CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superiorhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=6138application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:19:22Zmail@mail.com -
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description O cÃncer gÃstrico apresenta, mundialmente, uma elevada taxa de mortalidade, com alta incidÃncia no Brasil, sendo a infecÃÃo com Helicobacter pylori um fator de risco bem estabelecido. Dependendo da presenÃa de genes de virulÃncia como cagA, cagE, vacA e virB11, H. pylori pode causar respostas inflamatÃrias diferenciadas, apresentando grande quantidade de Ãxido nÃtrico (ON) gerado principalmente por iNOS. Quantidade elevada de ON resulta em acÃmulo de espÃcies reativas do oxigÃnio cuja instabilidade causa danos oxidativos no DNA. A integridade genÃmica à garantida por enzimas de reparo importantes como: APE-1, OGG-1, e PARP-1. Polimorfismos genÃticos que modifiquem a atividade dessas enzimas podem influenciar a capacidade de reparo e, portanto, a susceptibilidade do hospedeiro ao desenvolvimento do cÃncer gÃstrico associado à H. pylori. Assim o objetivo deste estudo foi avaliar a associaÃÃo dos polimorfismos C150T em iNOS, T2197G em APE-1, C1245G em OGG-1 e A40676G em PARP-1 com o genÃtipo de H. pylori em 109 amostra de pacientes diagnosticados com adenocarcinomas gÃstricos atendidos em hospitais de Fortaleza, CearÃ. A identificaÃÃo dos polimorfismos foi feita por PCR-RFLP e a detecÃÃo e genotipagem de H. pylori foram feitas por PCR. Os polimorfismos estudados apresentaram as seguintes freqÃÃncias: iNOS - 78% CC, 21,1% CT e 0,9% TT; PARP-1- 69,7% AA, 26,6% AG e 3,7% GG, para OGG-1 56% CC, 39,4% CG, e 4,6% GG e para APE-1 38,5%TT, 47,7%TG e 13,8% GG. Salienta-se a baixa freqÃÃncia do genÃtipo polimÃrfico (TT) de iNOS e alta frequÃncia do heterozigoto (TG) de APE. Os alelos variantes de iNOS e de PARP-1 foram correlacionadas com indivÃduos ≤55 anos, sugerindo que estes polimorfismos estariam associados ao desenvolvimento precoce da neoplasia. Os tumores intestinais localizados na regiÃo nÃo-antro correlacionaram-se com o genÃtipo OGG-1 CG; enquanto que os difusos, localizados no corpo com o genÃtipo AA de PARP-1. H. pylori foi detectada em 92,6% dos casos. Os genes cagA, cagE e virB11 foram detectados em 65,3%, 50,4% e 60,3% dos casos, respectivamente e vacAs1m1 detectado em 72,2%. Os casos foram agrupados considerando os alelos de vacA e a integridade da ilha de patogenicidade cag, sendo os grupos A1 e A2, composto por cepas mais patogÃnicas, o qual foi observado em 33,6% e 13,8% dos pacientes, respectivamente. Na anÃlise individual de cada enzima, observou-se que os indivÃduos portadores dos alelos variantes de APE-1 (TG+GG) estavam infectados com cepas pouco patogÃnicas (p=0,0422). Essas cepas pouco patogÃnicas tambÃm foram associadas aos pacientes portadores do genÃtipo selvagem (AA) de PARP-1 (p=0,0396). Esses dados foram confirmados quando os pacientes infectados por cepas mais virulentas foram comparadas aos infectados por cepas menos virulentas (p=0,046). Analisando apenas o grupo A1 observou-se tambÃm uma correlaÃÃo de APE-1 (TG) com OGG-1(CC). Quando os genÃtipos foram combinados considerando somente as enzimas de reparo estudadas ou duas a duas, verificou-se que parte dos pacientes infectados com o genÃtipo selvagem de PARP-1 eram portadores do alelo variante para pelo menos uma das enzimas e que parte dos pacientes infectados com cepas menos patogÃnicas possuÃam o alelo polimÃrfico de APE-1, independente do genÃtipo da enzima de reparo associada. Somados, esses dados indicam a relevÃncia do polimorfismo da APE-1 no desenvolvimento do cÃncer gÃstrico em indivÃduos infectados com cepas menos virulentas e corroboram com a importÃncia do genÃtipo bacteriano, uma vez que, de maneira geral, indivÃduos com genÃtipo selvagem para as enzimas de reparo estudadas desenvolveram cÃncer gÃstrico quando infectados por cepas virulentas.
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