Juventudes, afetos e linguagem: o saber discursivo e a formulaÃÃo de sentidos sobre o amor a partir da fala de jovens acadÃmicos

• Autor(a) principal: Magna Maricelle Fernandes Moraes
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=13342
• topic: Juventude; Amor; Discurso; Youth; Love; Discourse; EDUCACAO

Objetiva entabular uma discussÃo em torno do saber discursivo (domÃnio do interdiscurso) e da formulaÃÃo de sentidos (domÃnio do intradiscurso) no que diz respeito ao tema do amor, considerado como objeto do discurso, desde a anÃlise da fala de jovens acadÃmicos. Nosso propÃsito, em outras palavras, à buscar compreender como sÃo construÃdos sentidos acerca do amor a partir de entrevistas com jovens de dois cursos de graduaÃÃo da Universidade Federal do CearÃ-UFC â graduaÃÃo em Economia DomÃstica e em Letras â, alÃm de delinear uma anÃlise acerca de sentidos constitutivos de uma memÃria discursiva sobre o amor. Por nos comprometermos com os pressupostos teÃrico-metodolÃgicos da AnÃlise do Discurso de Linha Francesa, o amor aqui à pensado enquanto resultado de processos histÃricos de significaÃÃo que se efetivam no e pelo sujeito falante, por conseguinte, à tomado como um objeto discursivo. Com base nesses pressupostos, trabalhamos com as categorias juventudes, amor e discurso (interdiscurso e intradiscurso). A primeira categoria à pensada à luz de estudiosos como Bourdieu (1983), Abramo (1994), AriÃs (1981), Pais (2003; 2005; 2012), Groppo (2000), mais voltados para a Ãrea da Sociologia e da EducaÃÃo, alÃm de pensadores ligados ao campo da HistÃria, como Leuchtenburg (1976) e Hobsbawm (1995). O tema do amor à delimitado com base na obra de autores como o historiador suÃÃo Rougemont (2003); nas reflexÃes dos escritores e ensaÃstas Paz (1994) e Bruckner (2011); em consideraÃÃes advogadas por Luhmann (1991) e nas ideias propostas pela historiadora brasileira Del Priore (2012) e por Chauà (1991), alÃm de postulados teÃricos propostos pelos sociÃlogos Giddens (1993) e Bauman (2001; 2004). Ainda no que diz respeito ao tema, fazemos uma imersÃo em textos de autores consagrados na Ãrea da Literatura, sejam os de origem europÃia, americana ou brasileira, como Shakespeare, Jack Kerouac, Nelson Rodrigues, AdÃlia Prado, entre outros, alÃm de referÃncias à MÃsica Popular Brasileira e à arte cinematogrÃfica. A Ãltima categoria â o discurso (interdiscurso e intradiscurso) â configura-se como um postulado da AD, que aqui à vista a partir do viÃs teÃrico-metodolÃgico proposto por Orlandi (2002). Como resultados, concluÃmos que os discursos dos jovens acadÃmicos ora tendem a pÃr em evidÃncia aspectos negativos que singularizariam as transformaÃÃes ocorridas no contexto das relaÃÃes amorosas; ora, ao contrÃrio, ressaltam aspectos positivos dessas mudanÃas. Os primeiros seriam, na perspectiva discursiva dos/das jovens, a instabilidade, o descompromisso com o outro, o desapego, a ausÃncia de amor âverdadeiroâ; enquanto os positivos estÃo diretamente relacionados com os avanÃos no tocante à liberdade de expressÃo da mulher e das minorias sexuais marginalizadas, por eles/elas considerados.