Estudo farmacoepidemiolÃgico de uso e prescriÃÃo de benzodiazepÃnicos em Teresina
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC |
Texto Completo: | http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=15331 |
Resumo: | INTRODUÃÃO: Sintetizados na dÃcada de 50, os benzodiazepÃnicos (BZPs) rapidamente conquistaram mÃdicos e pacientes pela sua aparente seguranÃa: poucos efeitos colaterais e baixa toxicidade. Ao fim dos anos 70 comeÃaram a ser apontados como nocivos à saÃde pela possibilidade de dependÃncia. OBJETIVO GERAL: Caracterizou o consumo de benzodiazepÃnicos em Teresina a partir de um estudo dos critÃrios mÃdicos para sua prescriÃÃo, bem as caracterÃsticas de utilizaÃÃo pelos pacientes JUSTIFICATIVA: Segundo a OMS, tem-se cerca de 400 milhÃes de vÃtimas de desordens mentais ou problemas psicossociais decorrentes do uso agentes psicoativos licÃcitos ou ilÃcitos. Dentre estas vÃtimas estÃo Ãquelas dependentes de psicotrÃpicos, sobretudo, de BZPs, visto que os mesmos figuram dentre os medicamentos mais vendidos do mundo, acarretando mudanÃas de comportamento e dependÃncia. METODOLOGIA: InquÃrito epidemiolÃgico descritivo sobre o consumo dos BZPs em Teresina, a partir da anÃlise de critÃrios prescritivos da classe mÃdica, em consultÃrios e clÃnicas de Teresina, da rede privada e da sua utilizaÃÃo por pacientes. RESULTADOS: Verificou-se que a prescriÃÃo de BZPs à realizada por especialistas diversos e nÃo apenas por psiquiatras. Ginecologistas foram grandes prescritores. O clonazepam foi o agente mais prescrito, 75,5% dos mÃdicos entrevistados e tambÃm o mais utilizado por pacientes â 30,44%. A principal justificativa mÃdica para prescriÃÃo foi o alÃvio de queixas e sintomas (66,9%). Os mÃdicos sÃo abordados para emissÃes repetitivas solicitadas por parentes, amigos (77,55%) e pacientes diversos (95,51%). 67,10% dos mÃdicos atendem a este tipo de solicitaÃao feita por pacientes e 62,10% daquelas feitas por amigos e parentes. As recomendaÃÃes fornecidas pela classe mÃdica abordaram principalmente risco de dependÃncia (27,19%). Raros mÃdicos alertaram quanto aos riscos de queda (2,92%) ou dÃficit cognitivo (4,60%). Foi observado que as mulheres foram maioria dentre os entrevistados â 80,4%, consumindo benzodiazepÃnicos para ansiedade, depressÃo e insÃnia. 65,3% dos pacientes foram prescritos sempre pelo mesmo mÃdico.Pacientes usam BZPs por tempo mÃdio de pelo menos 15 meses. A dependÃncia à praticamente o Ãnico risco conhecido pelos pacientes. Pacientes favorecem a automedicaÃÃo, compartilhando BZPs. Houve afirmaÃÃo de tentativa e compra de benzodiazepÃnicos sem receituÃrio. CONCLUSÃO: O uso de BZPs se encontra disseminado nos hÃbitos de prescriÃÃo mÃdica. RecomendaÃÃes mÃdicas carecem de embasamento no atual risco atribuido aos benzodiazepÃnicos. A maioria dos pacientes desconhecem riscos de uso crÃnico,exceto dependÃncia. Este conhecimento nÃo limita ou restringe o consumo. Houve relatos de compra sem receita e compartilhamento de fÃrmacos, automedicaÃÃo. |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisEstudo farmacoepidemiolÃgico de uso e prescriÃÃo de benzodiazepÃnicos em TeresinaPharmacoepidemiological study benzodiazepines use and prescription in Teresina2015-06-26Francisca ClÃa FlorenÃo de Sousa31636020372http://lattes.cnpq.br/1180465052181572Marta Maria de FranÃa Fonteles28529839315http://lattes.cnpq.br/0574180390413250Maria Goretti Rodrigues de Queiroz12239364300http://lattes.cnpq.br/8792842617230865FabrÃcio Pires de Moura do Amaral90012291315http://lattes.cnpq.br/5094949713142703Tatiana Vieira Souza Chaves17247853387http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4264226E155369120382http://lattes.cnpq.br/5180927277662956CÃntia Maria de Melo MendesUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em FarmacologiaUFCBR TolerÃnciaFARMACOLOGIAINTRODUÃÃO: Sintetizados na dÃcada de 50, os benzodiazepÃnicos (BZPs) rapidamente conquistaram mÃdicos e pacientes pela sua aparente seguranÃa: poucos efeitos colaterais e baixa toxicidade. Ao fim dos anos 70 comeÃaram a ser apontados como nocivos à saÃde pela possibilidade de dependÃncia. OBJETIVO GERAL: Caracterizou o consumo de benzodiazepÃnicos em Teresina a partir de um estudo dos critÃrios mÃdicos para sua prescriÃÃo, bem as caracterÃsticas de utilizaÃÃo pelos pacientes JUSTIFICATIVA: Segundo a OMS, tem-se cerca de 400 milhÃes de vÃtimas de desordens mentais ou problemas psicossociais decorrentes do uso agentes psicoativos licÃcitos ou ilÃcitos. Dentre estas vÃtimas estÃo Ãquelas dependentes de psicotrÃpicos, sobretudo, de BZPs, visto que os mesmos figuram dentre os medicamentos mais vendidos do mundo, acarretando mudanÃas de comportamento e dependÃncia. METODOLOGIA: InquÃrito epidemiolÃgico descritivo sobre o consumo dos BZPs em Teresina, a partir da anÃlise de critÃrios prescritivos da classe mÃdica, em consultÃrios e clÃnicas de Teresina, da rede privada e da sua utilizaÃÃo por pacientes. RESULTADOS: Verificou-se que a prescriÃÃo de BZPs à realizada por especialistas diversos e nÃo apenas por psiquiatras. Ginecologistas foram grandes prescritores. O clonazepam foi o agente mais prescrito, 75,5% dos mÃdicos entrevistados e tambÃm o mais utilizado por pacientes â 30,44%. A principal justificativa mÃdica para prescriÃÃo foi o alÃvio de queixas e sintomas (66,9%). Os mÃdicos sÃo abordados para emissÃes repetitivas solicitadas por parentes, amigos (77,55%) e pacientes diversos (95,51%). 67,10% dos mÃdicos atendem a este tipo de solicitaÃao feita por pacientes e 62,10% daquelas feitas por amigos e parentes. As recomendaÃÃes fornecidas pela classe mÃdica abordaram principalmente risco de dependÃncia (27,19%). Raros mÃdicos alertaram quanto aos riscos de queda (2,92%) ou dÃficit cognitivo (4,60%). Foi observado que as mulheres foram maioria dentre os entrevistados â 80,4%, consumindo benzodiazepÃnicos para ansiedade, depressÃo e insÃnia. 65,3% dos pacientes foram prescritos sempre pelo mesmo mÃdico.Pacientes usam BZPs por tempo mÃdio de pelo menos 15 meses. A dependÃncia à praticamente o Ãnico risco conhecido pelos pacientes. Pacientes favorecem a automedicaÃÃo, compartilhando BZPs. Houve afirmaÃÃo de tentativa e compra de benzodiazepÃnicos sem receituÃrio. CONCLUSÃO: O uso de BZPs se encontra disseminado nos hÃbitos de prescriÃÃo mÃdica. RecomendaÃÃes mÃdicas carecem de embasamento no atual risco atribuido aos benzodiazepÃnicos. A maioria dos pacientes desconhecem riscos de uso crÃnico,exceto dependÃncia. Este conhecimento nÃo limita ou restringe o consumo. Houve relatos de compra sem receita e compartilhamento de fÃrmacos, automedicaÃÃo.INTRODUCTION: Synthesized in the 50s, benzodiazepines (BZPs) quickly won physicians and patients for its apparent safety: few side effects and low toxicity. At the end of the 70s they began to be identified as harmful to health by the possibility of addiction. GENERAL PURPOSE: It featured the consumption of benzodiazepines in Teresina from a study of the medical criteria for their prescription and the characteristics of use by patients. BACKGROUND: According to the WHO, has about 400 million victims of mental disorders or psychosocial problems from the use licÃcitos or illegal psychoactive agents. Among these victims are those dependent on psychotropic above all BZPs, whereas the same figure among the best-selling drugs in the world, leading to behavior change and dependence. METHODOLOGY: descriptive epidemiological survey on the consumption of BZPs in Teresina, from prescriptive criteria analysis of physicians in offices and clinics of Teresina, the private network and their use by patients. RESULTS: It was found that the BZPs prescription is carried out by various experts and not only by psychiatrists. Gynecologists were large prescribers. Clonazepam was the most prescribed agent, 75.5% of doctors interviewed and also the most used by patients - 30.44%. The main medical reason for prescription was the relief of symptoms and complaints (66.9%). Doctors are covered for repetitive emissions requested by relatives, friends (77.55%) and several patients (95.51%). 67.10% of physicians attending this type of request made by patients and 62.10% of those made by friends and relatives. The recommendations provided by the medical profession mainly addressed dependence risk (27.19%). Medical rare warned about the risks of falling (2.92%) or cognitive impairment (4.60%). It was observed that women were the majority among the respondents - 80.4%, consuming benzodiazepines for anxiety, depression and insomnia. 65.3% of patients were prescribed always use the same mÃdico.Pacientes BZPs for an average time of at least 15 months. Dependence is practically the only known risk to patients. Patients favor self-medication, sharing BZPs. There was affirmation of trial and purchase of benzodiazepines without prescription. CONCLUSION: The use of BZPs is widespread in prescription habits. Medical recommendations lack a basis in the current assigned risk to benzodiazepines. Most patients are unaware of risks of chronic use, except dependency. This knowledge does not limit or restrict consumption. 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INTRODUÃÃO: Sintetizados na dÃcada de 50, os benzodiazepÃnicos (BZPs) rapidamente conquistaram mÃdicos e pacientes pela sua aparente seguranÃa: poucos efeitos colaterais e baixa toxicidade. Ao fim dos anos 70 comeÃaram a ser apontados como nocivos à saÃde pela possibilidade de dependÃncia. OBJETIVO GERAL: Caracterizou o consumo de benzodiazepÃnicos em Teresina a partir de um estudo dos critÃrios mÃdicos para sua prescriÃÃo, bem as caracterÃsticas de utilizaÃÃo pelos pacientes JUSTIFICATIVA: Segundo a OMS, tem-se cerca de 400 milhÃes de vÃtimas de desordens mentais ou problemas psicossociais decorrentes do uso agentes psicoativos licÃcitos ou ilÃcitos. Dentre estas vÃtimas estÃo Ãquelas dependentes de psicotrÃpicos, sobretudo, de BZPs, visto que os mesmos figuram dentre os medicamentos mais vendidos do mundo, acarretando mudanÃas de comportamento e dependÃncia. METODOLOGIA: InquÃrito epidemiolÃgico descritivo sobre o consumo dos BZPs em Teresina, a partir da anÃlise de critÃrios prescritivos da classe mÃdica, em consultÃrios e clÃnicas de Teresina, da rede privada e da sua utilizaÃÃo por pacientes. RESULTADOS: Verificou-se que a prescriÃÃo de BZPs à realizada por especialistas diversos e nÃo apenas por psiquiatras. Ginecologistas foram grandes prescritores. O clonazepam foi o agente mais prescrito, 75,5% dos mÃdicos entrevistados e tambÃm o mais utilizado por pacientes â 30,44%. A principal justificativa mÃdica para prescriÃÃo foi o alÃvio de queixas e sintomas (66,9%). Os mÃdicos sÃo abordados para emissÃes repetitivas solicitadas por parentes, amigos (77,55%) e pacientes diversos (95,51%). 67,10% dos mÃdicos atendem a este tipo de solicitaÃao feita por pacientes e 62,10% daquelas feitas por amigos e parentes. As recomendaÃÃes fornecidas pela classe mÃdica abordaram principalmente risco de dependÃncia (27,19%). Raros mÃdicos alertaram quanto aos riscos de queda (2,92%) ou dÃficit cognitivo (4,60%). Foi observado que as mulheres foram maioria dentre os entrevistados â 80,4%, consumindo benzodiazepÃnicos para ansiedade, depressÃo e insÃnia. 65,3% dos pacientes foram prescritos sempre pelo mesmo mÃdico.Pacientes usam BZPs por tempo mÃdio de pelo menos 15 meses. A dependÃncia à praticamente o Ãnico risco conhecido pelos pacientes. Pacientes favorecem a automedicaÃÃo, compartilhando BZPs. Houve afirmaÃÃo de tentativa e compra de benzodiazepÃnicos sem receituÃrio. CONCLUSÃO: O uso de BZPs se encontra disseminado nos hÃbitos de prescriÃÃo mÃdica. RecomendaÃÃes mÃdicas carecem de embasamento no atual risco atribuido aos benzodiazepÃnicos. A maioria dos pacientes desconhecem riscos de uso crÃnico,exceto dependÃncia. Este conhecimento nÃo limita ou restringe o consumo. Houve relatos de compra sem receita e compartilhamento de fÃrmacos, automedicaÃÃo. |
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