INFLUÊNCIA DA ESTRUTURA DA VEGETAÇÃO NA SELEÇÃO DA DIETA POR OVINOS EM ÁREA DE CERRADO

• Autor(a) principal: Morais-Costa, Franciellen
• Data de Publicação: 2015
• Outros Autores: Bastos, Gabriela Almeida, Soares, Ana Cláuda Maia, Nunes, Yule Roberta Ferreira, Geraseev, Luciana Castro
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista Caatinga
• Texto Completo: https://periodicos.ufersa.edu.br/caatinga/article/view/4042
• topic: Vegetação nativa. Pastejo. Preferência alimentar. Seletividade. Semiárido.

Objetivou-se avaliar a influência da estrutura da vegetação na seleção de espécies vegetais por ovinos no Cerrado. A pesquisa foi realizada em uma área de Cerrado sensu stricto, no norte de Minas Gerais, entre janeiro de 2009 e março de 2010. Na análise da estrutura da vegetação foi realizado levantamento fitossociológico, utilizando-se o método de parcelas. No estrato arbóreo foram delimitadas 38 parcelas contínuas de 20 m × 20 m. No estrato regenerante alocadas subparcelas de 5 m × 5 m. No estrato herbáceo foram feitos dois transectos na área de pastagem e a cada 2 m, com quadrado móvel de 0.50 cm × 0.50 cm, com 283 pontos para cada transecto (566 m). Para a selecção das espécies vegetais por ovinos identificação das espécies selecionadas foram utilizados três ovinos da raça Santa Inês, os quais foram mantidos em pastejo na área experimental e acompanhados por observadores. Na vegetação foram identificados 1.288 indivíduos arbóreos, 102 regenerantes e 1.388 herbáceos, agrupados em 117 espécies, distribuídas em 72 gêneros e 33 famílias, dentre essas espécies destacaram-se: Tachigali rugosa; Heteropterys byrsonimifolia; Astronium fraxinifolium; Lantana fucata; Evolvulus sp.; e Rhynchospora sp. As espécies selecionadas por ovinos em pastejo, tanto no período chuvoso quanto no seco, em mais de 50%, de espécies foram: Casearia sylvestris; Erythroxylum deciduum; Heteropterys byrsonimifolia; e Ximenia americana. A preferência alimentar dos ovinos no período chuvoso foi pelas espécies do estrato herbáceo e no período seco pelas espécies dos estratos arbóreo e regenerante. Essas espécies são bioindicadoras estruturais do bioma Cerrado para o pastejo de ovinos. É necessário avaliar, identificar e quantificar os compostos químicos secundários das espécies vegetais selecionadas, pois elas podem atuar como bioindicadores nutricionais e potenciais na alimentação de ovinos.