Avaliação do desenvolvimento de colônias de abelhas africanizadas (apis mellifera) e do ganho de peso como critério de seleção para produção de mel no semiárido

• Autor(a) principal: Trajano, André Luiz Machado
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFERSA
• Texto Completo: https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/5538
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::ZOOTECNIA; Apicultura; Manejo; Melhoramento; Pré-safra; Safra; Produtividade; Beekeeping; Management; Pre-harvest; Harvest; Productivity

A apicultura brasileira não tem acompanhado o padrão produtivo de alguns países mais evoluídos na produção de mel, mesmo com o enorme potencial apícola, inclusive no semiárido. O longo período de entressafra e a curta longevidade de suas abelhas rainhas são fatores limitantes para o aumento da produtividade na região. Os apicultores necessitam então, adequar o manejo para melhorar a eficiência na produção, por meio do acompanhamento da quantidade de crias na pré-safra, para que se tenha maior número de abelhas na coleta de néctar durante o período da florada. A seleção de colônias de abelhas, baseada na produção de mel ao final da safra, permite melhorar produtividade a cada geração de uma nova rainha. Porém, a ausência de zangões logo após o período de safra, inviabiliza o cruzamento com as rainhas não fecundadas oriundas das colmeias que produziram mais naquele período. Portanto, identificar precocemente as colônias com desempenho superior pode antecipar a preparação de rainhas selecionadas, induzindo suas fecundações ainda na safra e assim obter gerações melhoradas. Além disso, o comportamento das abelhas africanizadas no semiárido, precisa ser mais bem estudado. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento de colônias de abelhas africanizadas (Apis mellifera) em período de pré-safra e o ganho de peso como critério de seleção para produção de mel durante a safra. Foram utilizadas 21 colônias divididas conforme a quantidade de quadros com crias: fortes, intermediárias e fraca, sendo que houve a substituição das rainhas velhas neste último grupo no início do experimento. Os trabalhos dividiram-se em 2 períodos: pré-safra (janeiro a abril de 2019) e safra (maio a julho de 2019), de acordo com a disponibilidade de florada. Durante a safra o ganho de peso foi registrado em quatro intervalos. Foi observado no desenvolvimento das colônias fracas, que após a substituição das rainhas, estas se aproximaram das intermediárias e fortes, em quantidade de quadros com crias, demonstrando que a substituição das rainhas na pré-safra pode melhorar a produtividade. Os resultados de ganho de peso mostraram que os dois primeiros intervalos (início da safra) apresentaram altas correlações (0,89 e 0,87, respectivamente) e significativas (P<0,001) entre o ganho de peso e a produção de mel, indicando esse critério no início da safra para fazer a seleção de forma precoce. Estes resultados são promissores, pois sugerem que nesse período novas rainhas possam ser produzidas e fecundadas ainda durante a safra, a partir das matrizes selecionadas, formando um banco de rainhas melhoradas. Estas rainhas poderiam ser usadas para: a) substituir rainhas velhas que estejam apresentando, no decorrer da safra, postura inadequada ou baixa produção de mel; b) substituir todas as rainhas no final da safra; c) serem comercializadas ou mesmo mantidas para produzir novas colônias, contribuindo para o aumento da produtividade de mel no semiárido