Cobertura e branqueamento do coral Siderastrea spp. em um ambiente recifal da costa oeste potiguar
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU) |
Texto Completo: | https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/9218 |
Resumo: | Os recifes costeiros são ambientes de extrema relevância ecológica e que abrigam uma enorme biodiversidade. O coral endêmico bioconstrutor Siderastrea spp. é um componente comum em recifes costeiros brasileiros, sendo presente em poças de marés em recifes de arenito do Nordeste do Brasil. Embora possuam uma grande importância ecológica, estudos sobre a cobertura dessa espécie em ambientes recifais de regiões entre marés e o efeito dos impactos antrópicos sobre esses corais ainda são insuficientes. O objetivo deste trabalho foi avaliar a porcentagem de cobertura e monitorar colônias da espécie de coral Siderastrea spp. em um recife de arenito do litoral do Rio Grande do Norte. O estudo foi realizado na praia de Upanema, município de Areia Branca. Duas poças de maré foram selecionadas e os dados sobre a porcentagem de cobertura de colônias saudáveis e branqueadas foram coletados quadrimestralmente entre Agosto/2017 e Agosto/2018 através da técnica de foto quadrado. A cobertura de Matrix de Algas Epilíticas (turfs), macroalgas e zoantídeos também foi verificada. O monitoramento de branqueamento foi realizado através do acompanhamento mensal de 8 colônias selecionadas, as quais foram mensalmente fotografadas entre setembro/2017 e agosto/2018. Os resultados revelaram que o coral ocupou uma área média de 11 a 16% do recife. Entretanto, a porcentagem de cobertura não apresentou variação significativa ao longo do tempo. Os resultados revelaram também que não houve correlação entre a cobertura de Siderastrea spp. E organismos potencialmente competidores. Comparado a estudos pretéritos com o mesmo gênero, a cobertura de Siderastrea spp. na praia de Upanema foi considerada alta. Em relação ao monitoramento do branqueamento, foi verificada uma recuperação da área branqueada e área ocupada por matrix de algas epilíticas em algumas colônias, reforçando a hipótese de que a espécie é resiliente frente a distúrbios. A importância ecológica de Siderastrea spp. como bioindicadora de mudanças climáticas e outros estressores deve ser considerada, principalmente pelo fato de ocupar a zona entre marés de uma praia urbana, sujeita a constante estresse como pisoteio e poluição. O monitoramento contínuo dessa espécie deve ser realizado, sendo uma ferramenta importante para compreensão do comportamento desses animais frente a distúrbios, gerando subsídios para o planejamento de ações de gestão e conservação da fauna marinha brasileira. |
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