Patogenicidade de Rhizoctonia sp. à cultivares de melancieira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freitas , André Luiz de
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RDU)
Texto Completo: https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/9583
Resumo: O Brasil possui destaque no âmbito da fruticultura, consolidado como um dos maiores produtores e exportadores de frutas do mundo. Por se tratar de um país intercontinental, apresenta uma vasta variação de climas e respectivos tipos de cultivos. No Nordeste, destaca-se a produção de melancia no cenário socioeconômico da região, sendo responsável por parte significativa dos rendimentos dos estados produtores e pela geração de inúmeros empregos dentro da complexa cadeia produtiva dessas cucurbitáceas. Práticas no sistema produtivo como o cultivo em ciclos anuais seguidos sem alternância de culturas, abandono de restos culturais e o uso constante do “mulching” são comumente adotados e acarretam profundas modificações na microbiota do solo, selecionando fungos termotolerantes como Rhizoctonia spp. (Rh), responsáveis pela “podridão de raízes e declínio de ramas” – PRDR em cucurbitáceas. Dado o contexto, o objetivo deste trabalho é avaliar a incidência e a severidade da doença causada pela PRDR, assim como a classe de reação em cultivares de melancieira a partir da exposição à inóculos com diferentes isolados do patógeno de interesse e nas condições edafoclimáticas locais de cultivo. O experimento foi conduzido em casa de vegetação em Mossoró-RN, realizado em Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC), onde os tratamentos corresponderam à inoculação de três isolados de Rhizoctonia sp. (A13P23, A11P23 e A16P3) em 11 cultivares de melancieira. A avaliação dos sintomas foi realizada 25 dias após a inoculação dos isolados, a incidência da doença foi determinada como número total de plantas infectadas de cada isolado de Rhizoctonia sp. e expressa em porcentagem. Para determinar a severidade dos sintomas nas plantas inoculadas com Rhizoctonia sp. a avaliação foi obtida mediante escala de notas variando de 0 (plantas sem sintomas) a 4 (plantas tombadas/mortas). A reação média das cultivares de melancia em relação a cada isolado foi calculada pela soma das notas obtidas de cada tratamento e dividida pelo número total de plantas avaliadas, este valor obtido foi utilizado para determinar as cinco classes de reação. Não houve nenhuma cultivar totalmente resistente aos sintomas e que fosse totalmente resistente a todos os isolados fúngicos. Os híbridos ‘Tigrinho’, ‘Campolina’, ‘7008’ e ‘8017’ permaneceram dentro das classes de reação SI (semelhante à imune) e AR (altamente resistente), mediante a exposição aos isolados testado, o que aponta um bom potencial dessas cultivares para uso em programas de melhoramento visando a obtenção de cultivares de melancia resistentes a doença.
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