O que o Antropoceno tem a Aprender com o Decrescimento Convivial? O Campo Ambiental diante dos Imperativos da Modernidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freitas, Nilo Coradini de
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Casagrande, Lucas, Bittencourt Meira, Fábio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Gestão & Conexões
Texto Completo: https://periodicos.ufes.br/ppgadm/article/view/31845
Resumo: O artigo discute o conhecimento produzido no campo científico do meio ambiente, identificando cinco chaves discursivas em disputa: Crescimento Zero, Otimismo Extropiano, Desenvolvimento Sustentável, Decrescimento Convivial e Antropoceno. A pressuposição de uma ordem do discurso permite utilizar o método da análise do discurso, com enfoque na interdiscursividade do campo, para identificar a luta de posições em torno da questão ambiental. A análise revela o peso dos imperativos tecnológico e econômico, característicos da modernidade, nos discursos que defendem a continuidade do status quo social vigente. O Antropoceno, ainda que sob influência do ideário moderno, revela um potencial crítico não realizado. Ao construir uma aproximação com a proposta do Decrescimento Convivial, o artigo objetiva mitigar este déficit, além de apontar, com base em Ivan Illich (2005b) e Giorgio Agamben (2015), outros modos de enfrentar o domínio econômico e tecnológico, sustentáculos da apropriação acrítica da questão ambiental.
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spelling O que o Antropoceno tem a Aprender com o Decrescimento Convivial? O Campo Ambiental diante dos Imperativos da ModernidadeWhat does the Anthropocene have to learn from Convivial Degrowth? The field of environmental studies before the imperatives of modernity¿Qué tiene que aprender el Antropoceno del Decrecimiento Convivencial? El campo de los estudios ambientales ante los imperativos de la modernidadEnvironmental issueAnthropoceneDegrowthAge of SystemsProfanationEnvironmental issueAnthropoceneDegrowthAge of SystemsProfanationQuestão ambientalAntropocenoDecrescimentoEra dos SistemasProfanaçãoQuestão ambientalAntropocenoDecrescimentoEra dos SistemasProfanaçãoO artigo discute o conhecimento produzido no campo científico do meio ambiente, identificando cinco chaves discursivas em disputa: Crescimento Zero, Otimismo Extropiano, Desenvolvimento Sustentável, Decrescimento Convivial e Antropoceno. A pressuposição de uma ordem do discurso permite utilizar o método da análise do discurso, com enfoque na interdiscursividade do campo, para identificar a luta de posições em torno da questão ambiental. A análise revela o peso dos imperativos tecnológico e econômico, característicos da modernidade, nos discursos que defendem a continuidade do status quo social vigente. O Antropoceno, ainda que sob influência do ideário moderno, revela um potencial crítico não realizado. Ao construir uma aproximação com a proposta do Decrescimento Convivial, o artigo objetiva mitigar este déficit, além de apontar, com base em Ivan Illich (2005b) e Giorgio Agamben (2015), outros modos de enfrentar o domínio econômico e tecnológico, sustentáculos da apropriação acrítica da questão ambiental.O artigo discute o campo discursivo do meio ambiente. A análise começa com a ideia da ordem do discurso. Ao identificar a luta de posições em torno da questão ambiental, o artigo define cinco categorias discursivas, além do negacionismo, em disputa: Crescimento Zero, Otimismo Extropiano, Desenvolvimento Sustentável, Declínio Convivial e Antropoceno. Observa- se que os três primeiros se baseiam não no meio ambiente e na vida, mas na busca pela continuidade do projeto social vigente. Em contrapartida, junto com a concepção do Antropoceno, propõe-se a desconstruir o campo pelo afastamento da religião da economia, por meio dodecrescimento. Com base em Illich (2005b) e Agamben (2015), conclui-se que reorganizar as relações sociais para desarmar a dominação por meio da profanação representa um desinterrogamento da questão ambiental.Universidade Federal do Espírito Santo2021-04-22info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufes.br/ppgadm/article/view/3184510.47456/regec.2317-5087.2020.9.3.31845.52-73Revista Gestão & Conexões; v. 9 n. 3 (2020); 52-73Management and Connections Journal; Vol. 9 No. 3 (2020); 52-732317-5087reponame:Gestão & Conexõesinstname:Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)instacron:UFESporhttps://periodicos.ufes.br/ppgadm/article/view/31845/23302Copyright (c) 2021 Revista Gestão & Conexõesinfo:eu-repo/semantics/openAccessFreitas, Nilo Coradini deCasagrande, LucasBittencourt Meira, Fábio2022-05-19T00:28:41Zoai:periodicos.ufes.br:article/31845Revistahttps://periodicos.ufes.br/ppgadmPUBhttps://periodicos.ufes.br/ppgadm/oaigestao.conexoes@gmail.com||gestaoeconexoes@gmail.com2317-50872317-5087opendoar:2022-05-19T00:28:41Gestão & Conexões - Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)false
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