COLONIZAÇÃO E FORMAS DE RESISTÊNCIA DOS POVOS ORIGINÁRIOS NA ARGÉLIA
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Temporalis (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.ufes.br/temporalis/article/view/40495 |
Resumo: | Este artigo trata da análise das principais formas de resistência dos povos originários da Argélia diante da colonização francesa e árabe no país. Para tanto, utiliza-se das contribuições, sobretudo, de Frantz Fanon e de outros autores como Gabriel Camps e Ferhat Mehenni sobre os berberes. O estudo da realidade argelina parte da constatação da existência dos povos originários berberes como força progressista atual na Argélia, assim como da verificação de ser esse um tema pouco explorado por Marx e pela tradição marxista. Concluiu-se que os berberes têm resgatado a sua cultura originária como mecanismo de defesa contra a colonização, tanto a francesa quanto a árabe. Esse resgate tem desaguado não apenas na luta pela defesa da preservação da sua língua berbere como língua oficial argelina, mas também tem se articulado com uma luta mais ampla em prol da democracia na Argélia. O resgate da ancestralidade, repassada de geração em geração, está presente, ainda, nas formas de resistência das mulheres argelinas. Personalidades femininas que ocuparam um lugar de destaque no espaço público, nas suas diferentes formas de luta, são incorporadas como símbolos de resistência. Tais personalidades vão desde a rainha berbere Kahina, as escritoras e cantoras kabyles Fadhma e Taos Amrouche, até a revolucionária Hassiba Ben Bouali, que participou da luta de libertação nacional da Argélia. |
id |
UFES-4_4527c64269a9d8501e0314c14003a6f2 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:periodicos.ufes.br:article/40495 |
network_acronym_str |
UFES-4 |
network_name_str |
Temporalis (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
COLONIZAÇÃO E FORMAS DE RESISTÊNCIA DOS POVOS ORIGINÁRIOS NA ARGÉLIAColonizaçãoFormas de resistência Povos originários da ArgéliaEste artigo trata da análise das principais formas de resistência dos povos originários da Argélia diante da colonização francesa e árabe no país. Para tanto, utiliza-se das contribuições, sobretudo, de Frantz Fanon e de outros autores como Gabriel Camps e Ferhat Mehenni sobre os berberes. O estudo da realidade argelina parte da constatação da existência dos povos originários berberes como força progressista atual na Argélia, assim como da verificação de ser esse um tema pouco explorado por Marx e pela tradição marxista. Concluiu-se que os berberes têm resgatado a sua cultura originária como mecanismo de defesa contra a colonização, tanto a francesa quanto a árabe. Esse resgate tem desaguado não apenas na luta pela defesa da preservação da sua língua berbere como língua oficial argelina, mas também tem se articulado com uma luta mais ampla em prol da democracia na Argélia. O resgate da ancestralidade, repassada de geração em geração, está presente, ainda, nas formas de resistência das mulheres argelinas. Personalidades femininas que ocuparam um lugar de destaque no espaço público, nas suas diferentes formas de luta, são incorporadas como símbolos de resistência. Tais personalidades vão desde a rainha berbere Kahina, as escritoras e cantoras kabyles Fadhma e Taos Amrouche, até a revolucionária Hassiba Ben Bouali, que participou da luta de libertação nacional da Argélia.Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (Abepss)2023-12-27info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufes.br/temporalis/article/view/4049510.22422/temporalis.2023v23n46p328-341Temporalis; v. 23 n. 46 (2023): 30 anos do Código de Ética Profissional do/a Assistente Social.; 328-3412238-18561518-793410.22422/temporalis.2023v23n46reponame:Temporalis (Online)instname:Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Socialinstacron:UFESporhttps://periodicos.ufes.br/temporalis/article/view/40495/29275Copyright (c) 2023 Temporalishttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0/info:eu-repo/semantics/openAccessLacerda, Mizzaely2023-12-28T01:13:56Zoai:periodicos.ufes.br:article/40495Revistahttps://periodicos.ufes.br/temporalisPUBhttps://periodicos.ufes.br/temporalis/oailucia-garcia@uol.com.br||temporalisabepss@gmail.com2238-18561518-7934opendoar:2023-12-28T01:13:56Temporalis (Online) - Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Socialfalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
COLONIZAÇÃO E FORMAS DE RESISTÊNCIA DOS POVOS ORIGINÁRIOS NA ARGÉLIA |
title |
COLONIZAÇÃO E FORMAS DE RESISTÊNCIA DOS POVOS ORIGINÁRIOS NA ARGÉLIA |
spellingShingle |
COLONIZAÇÃO E FORMAS DE RESISTÊNCIA DOS POVOS ORIGINÁRIOS NA ARGÉLIA Lacerda, Mizzaely Colonização Formas de resistência Povos originários da Argélia |
title_short |
COLONIZAÇÃO E FORMAS DE RESISTÊNCIA DOS POVOS ORIGINÁRIOS NA ARGÉLIA |
title_full |
COLONIZAÇÃO E FORMAS DE RESISTÊNCIA DOS POVOS ORIGINÁRIOS NA ARGÉLIA |
title_fullStr |
COLONIZAÇÃO E FORMAS DE RESISTÊNCIA DOS POVOS ORIGINÁRIOS NA ARGÉLIA |
title_full_unstemmed |
COLONIZAÇÃO E FORMAS DE RESISTÊNCIA DOS POVOS ORIGINÁRIOS NA ARGÉLIA |
title_sort |
COLONIZAÇÃO E FORMAS DE RESISTÊNCIA DOS POVOS ORIGINÁRIOS NA ARGÉLIA |
author |
Lacerda, Mizzaely |
author_facet |
Lacerda, Mizzaely |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Lacerda, Mizzaely |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Colonização Formas de resistência Povos originários da Argélia |
topic |
Colonização Formas de resistência Povos originários da Argélia |
description |
Este artigo trata da análise das principais formas de resistência dos povos originários da Argélia diante da colonização francesa e árabe no país. Para tanto, utiliza-se das contribuições, sobretudo, de Frantz Fanon e de outros autores como Gabriel Camps e Ferhat Mehenni sobre os berberes. O estudo da realidade argelina parte da constatação da existência dos povos originários berberes como força progressista atual na Argélia, assim como da verificação de ser esse um tema pouco explorado por Marx e pela tradição marxista. Concluiu-se que os berberes têm resgatado a sua cultura originária como mecanismo de defesa contra a colonização, tanto a francesa quanto a árabe. Esse resgate tem desaguado não apenas na luta pela defesa da preservação da sua língua berbere como língua oficial argelina, mas também tem se articulado com uma luta mais ampla em prol da democracia na Argélia. O resgate da ancestralidade, repassada de geração em geração, está presente, ainda, nas formas de resistência das mulheres argelinas. Personalidades femininas que ocuparam um lugar de destaque no espaço público, nas suas diferentes formas de luta, são incorporadas como símbolos de resistência. Tais personalidades vão desde a rainha berbere Kahina, as escritoras e cantoras kabyles Fadhma e Taos Amrouche, até a revolucionária Hassiba Ben Bouali, que participou da luta de libertação nacional da Argélia. |
publishDate |
2023 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2023-12-27 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://periodicos.ufes.br/temporalis/article/view/40495 10.22422/temporalis.2023v23n46p328-341 |
url |
https://periodicos.ufes.br/temporalis/article/view/40495 |
identifier_str_mv |
10.22422/temporalis.2023v23n46p328-341 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://periodicos.ufes.br/temporalis/article/view/40495/29275 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2023 Temporalis https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2023 Temporalis https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (Abepss) |
publisher.none.fl_str_mv |
Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (Abepss) |
dc.source.none.fl_str_mv |
Temporalis; v. 23 n. 46 (2023): 30 anos do Código de Ética Profissional do/a Assistente Social.; 328-341 2238-1856 1518-7934 10.22422/temporalis.2023v23n46 reponame:Temporalis (Online) instname:Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social instacron:UFES |
instname_str |
Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social |
instacron_str |
UFES |
institution |
UFES |
reponame_str |
Temporalis (Online) |
collection |
Temporalis (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Temporalis (Online) - Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social |
repository.mail.fl_str_mv |
lucia-garcia@uol.com.br||temporalisabepss@gmail.com |
_version_ |
1799699032225873920 |