POLÍTICA SOCIAL DE SAÚDE E FAMÍLIA: ENTRE A PROTEÇÃO E A RESPONSABILIZAÇÃO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Bruna Cristina Faustino de
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Alcântara, Ana Maria Santana de, Acquaviva, Graziela
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Temporalis (Online)
Texto Completo: https://periodicos.ufes.br/temporalis/article/view/34791
Resumo: A definição de família não é um fenômeno natural, a-histórico e de caráter universal, é uma criação social e histórica mutável. Um fator que se materializa como unanimidade na história das famílias é o protagonismo dessa instituição no contexto da proteção social. A relação da família com os sistemas de proteção social constantemente versa sobre a investigação do papel das mesmas na reprodução social, assim como as condições em que tal realidade se constrói. Família precisa ser pensada em sua relação com o mercado e com o Estado, bem como a compreensão que através do trabalho não remunerado de mulheres se estrutura um dos pilares do Estado de bem-estar social em diversos países, determinando-se não só como unidade social fundamental para a sociedade, mas também como unidade econômica na distribuição de bens e serviços. Família pode ser considerada por duas principais referências em disputa em seu papel na proteção social: a proposta familista e a proposta protetiva, ou, o familismo e a desfamilização. O desmonte das políticas públicas sob a égide do neoliberalismo requisita a criação de um conjunto de estratégias, para a garantia da reprodução social, em um contexto de insuficiência de intervenções do Estado. Assim, a família tem se caracterizado como uma verdadeira parceira do poder público no que diz respeito às práticas de cuidado vinculadas à saúde. Parceria, esta, pautada nos papéis típicos da família imaginária, papel que quando não correspondido, qualifica-se como algo disfuncional, naturalizando a responsabilização dessa instituição e viabilizando a desresponsabilização do Estado. Palavras-Chave: Família, Proteção Social, Política de Saúde
id UFES-4_5ec601f1debef248fb6f47d6f005c74f
oai_identifier_str oai:periodicos.ufes.br:article/34791
network_acronym_str UFES-4
network_name_str Temporalis (Online)
repository_id_str
spelling POLÍTICA SOCIAL DE SAÚDE E FAMÍLIA: ENTRE A PROTEÇÃO E A RESPONSABILIZAÇÃOA definição de família não é um fenômeno natural, a-histórico e de caráter universal, é uma criação social e histórica mutável. Um fator que se materializa como unanimidade na história das famílias é o protagonismo dessa instituição no contexto da proteção social. A relação da família com os sistemas de proteção social constantemente versa sobre a investigação do papel das mesmas na reprodução social, assim como as condições em que tal realidade se constrói. Família precisa ser pensada em sua relação com o mercado e com o Estado, bem como a compreensão que através do trabalho não remunerado de mulheres se estrutura um dos pilares do Estado de bem-estar social em diversos países, determinando-se não só como unidade social fundamental para a sociedade, mas também como unidade econômica na distribuição de bens e serviços. Família pode ser considerada por duas principais referências em disputa em seu papel na proteção social: a proposta familista e a proposta protetiva, ou, o familismo e a desfamilização. O desmonte das políticas públicas sob a égide do neoliberalismo requisita a criação de um conjunto de estratégias, para a garantia da reprodução social, em um contexto de insuficiência de intervenções do Estado. Assim, a família tem se caracterizado como uma verdadeira parceira do poder público no que diz respeito às práticas de cuidado vinculadas à saúde. Parceria, esta, pautada nos papéis típicos da família imaginária, papel que quando não correspondido, qualifica-se como algo disfuncional, naturalizando a responsabilização dessa instituição e viabilizando a desresponsabilização do Estado. Palavras-Chave: Família, Proteção Social, Política de SaúdeAssociação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (Abepss)2021-07-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufes.br/temporalis/article/view/3479110.22422/temporalis.2021v21n41p270-285Temporalis; v. 21 n. 41 (2021): Crise do capital e pandemia: impactos na formação e no exercício profissional em Serviço Social; 270-2852238-18561518-793410.22422/temporalis.2021v21n41reponame:Temporalis (Online)instname:Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Socialinstacron:UFESporhttps://periodicos.ufes.br/temporalis/article/view/34791/23579https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/info:eu-repo/semantics/openAccessSouza, Bruna Cristina Faustino de Alcântara, Ana Maria Santana de Acquaviva, Graziela2021-07-01T03:47:07Zoai:periodicos.ufes.br:article/34791Revistahttps://periodicos.ufes.br/temporalisPUBhttps://periodicos.ufes.br/temporalis/oailucia-garcia@uol.com.br||temporalisabepss@gmail.com2238-18561518-7934opendoar:2021-07-01T03:47:07Temporalis (Online) - Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Socialfalse
dc.title.none.fl_str_mv POLÍTICA SOCIAL DE SAÚDE E FAMÍLIA: ENTRE A PROTEÇÃO E A RESPONSABILIZAÇÃO
title POLÍTICA SOCIAL DE SAÚDE E FAMÍLIA: ENTRE A PROTEÇÃO E A RESPONSABILIZAÇÃO
spellingShingle POLÍTICA SOCIAL DE SAÚDE E FAMÍLIA: ENTRE A PROTEÇÃO E A RESPONSABILIZAÇÃO
Souza, Bruna Cristina Faustino de
title_short POLÍTICA SOCIAL DE SAÚDE E FAMÍLIA: ENTRE A PROTEÇÃO E A RESPONSABILIZAÇÃO
title_full POLÍTICA SOCIAL DE SAÚDE E FAMÍLIA: ENTRE A PROTEÇÃO E A RESPONSABILIZAÇÃO
title_fullStr POLÍTICA SOCIAL DE SAÚDE E FAMÍLIA: ENTRE A PROTEÇÃO E A RESPONSABILIZAÇÃO
title_full_unstemmed POLÍTICA SOCIAL DE SAÚDE E FAMÍLIA: ENTRE A PROTEÇÃO E A RESPONSABILIZAÇÃO
title_sort POLÍTICA SOCIAL DE SAÚDE E FAMÍLIA: ENTRE A PROTEÇÃO E A RESPONSABILIZAÇÃO
author Souza, Bruna Cristina Faustino de
author_facet Souza, Bruna Cristina Faustino de
Alcântara, Ana Maria Santana de
Acquaviva, Graziela
author_role author
author2 Alcântara, Ana Maria Santana de
Acquaviva, Graziela
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Souza, Bruna Cristina Faustino de
Alcântara, Ana Maria Santana de
Acquaviva, Graziela
description A definição de família não é um fenômeno natural, a-histórico e de caráter universal, é uma criação social e histórica mutável. Um fator que se materializa como unanimidade na história das famílias é o protagonismo dessa instituição no contexto da proteção social. A relação da família com os sistemas de proteção social constantemente versa sobre a investigação do papel das mesmas na reprodução social, assim como as condições em que tal realidade se constrói. Família precisa ser pensada em sua relação com o mercado e com o Estado, bem como a compreensão que através do trabalho não remunerado de mulheres se estrutura um dos pilares do Estado de bem-estar social em diversos países, determinando-se não só como unidade social fundamental para a sociedade, mas também como unidade econômica na distribuição de bens e serviços. Família pode ser considerada por duas principais referências em disputa em seu papel na proteção social: a proposta familista e a proposta protetiva, ou, o familismo e a desfamilização. O desmonte das políticas públicas sob a égide do neoliberalismo requisita a criação de um conjunto de estratégias, para a garantia da reprodução social, em um contexto de insuficiência de intervenções do Estado. Assim, a família tem se caracterizado como uma verdadeira parceira do poder público no que diz respeito às práticas de cuidado vinculadas à saúde. Parceria, esta, pautada nos papéis típicos da família imaginária, papel que quando não correspondido, qualifica-se como algo disfuncional, naturalizando a responsabilização dessa instituição e viabilizando a desresponsabilização do Estado. Palavras-Chave: Família, Proteção Social, Política de Saúde
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021-07-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://periodicos.ufes.br/temporalis/article/view/34791
10.22422/temporalis.2021v21n41p270-285
url https://periodicos.ufes.br/temporalis/article/view/34791
identifier_str_mv 10.22422/temporalis.2021v21n41p270-285
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://periodicos.ufes.br/temporalis/article/view/34791/23579
dc.rights.driver.fl_str_mv https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (Abepss)
publisher.none.fl_str_mv Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (Abepss)
dc.source.none.fl_str_mv Temporalis; v. 21 n. 41 (2021): Crise do capital e pandemia: impactos na formação e no exercício profissional em Serviço Social; 270-285
2238-1856
1518-7934
10.22422/temporalis.2021v21n41
reponame:Temporalis (Online)
instname:Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social
instacron:UFES
instname_str Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social
instacron_str UFES
institution UFES
reponame_str Temporalis (Online)
collection Temporalis (Online)
repository.name.fl_str_mv Temporalis (Online) - Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social
repository.mail.fl_str_mv lucia-garcia@uol.com.br||temporalisabepss@gmail.com
_version_ 1799699031936466944