O ALINHAMENTO RELACIONAL E O MAPEAMENTO DE SEQUÊNCIAS CONSONANTAIS HETEROSSILÁBICAS NO PORTUGUÊS BRASILEIRO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Keller, Tatiana
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista (Con)Textos Linguísticos (Online)
Texto Completo: https://periodicos.ufes.br/contextoslinguisticos/article/view/5185
Resumo: Gouskova (2004), no âmbito da Teoria da Otimidade, propõe um mecanismo de formulação de restrições denominado Alinhamento Relacional a fim de avaliar a harmonia de combinações de consoantes em contato silábico em termos de distância de sonoridade entre os segmentos (*DISTANCE). Neste trabalho, analisamos o mapeamento desse tipo de encontro consonantal em português. Para tanto, adotamos a seguinte escala: obstruintes não-sibilantes têm grau de soância 0, obstruintes sibilantes 1, nasais 2, líquidas 3, glides 4 e vogais 5. Dessa forma, sequências consonantais heterossilábicas são fieis quando apresentam distância de sonoridade decrescente, por exemplo, [r.t] parte (-3), [n.t] santo (-2), [s.p] caspa (-1); são infieis quando há plateau ou sonoridade crescente, por exemplo, [p.t] apto (0), [p.s] opção (+1) e [t.m] ritmo (+2), nesses casos ocorre epêntese vocálica: ap[i]to,op[i]ção, rit[i]mo. Em trabalho anterior (KELLER, 2010), verificamos que a interação entre as restrições *DISTANCE e restrições de marcação e fidelidade dá conta da emergência de sequências consonantais tautossilábicas fieis ao input, tais como, “tr” (trave) e “pl” (pluma) e da ocorrência de epêntese vocálica (p[i]neu, g[i]nomo). No entanto, este estudo indica que a interação apenas dessas restrições não é suficiente para analisar o mapeamento dos encontros heterossilábicos em português.
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