A antropofagia de Grande Sertão: veredas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Espírito Santo (riUfes) |
Texto Completo: | http://repositorio.ufes.br/handle/10/11401 |
Resumo: | Este trabalho apresenta uma análise de Grande sertão: veredas, publicado em 1956, de João Guimarães Rosa, e invoca, como principal fundamento, a antropofagia de Oswald de Andrade. O romance, suas personagens e o que juntos realizam, imbricados na narrativa, são entendidos como titulares da natureza de um Outro. Alteridades que, do lugar de margem em que estão, perturbam ideias estabelecidas e igualmente o fazem com a materialização destas em um rosto/agente soberano. Importunam, mas também avançam: deglutem, ruminam e expelem, transformando o padrão em uma síntese específica, original, insólita. Nesta ordem, este estudo argumenta que são antropofágicas: a trama central, as personagens principais e a faceta política destas duas. Do ritual canibal dos nativos de Pindorama, depois como metáfora do pensamento filosófico oswaldiano, até alcançar os cafundós onde vivem Riobaldo, Diadorim, Hermógenes, Deus e o diabo, a selvageria revolucionária da antropofagia está, também, conforme argumenta esta dissertação, no fundo do sertão de Rosa. De lá, devora tudo, contando com as contribuições de Bolívar Echeverría, György Lukács, Jacques Rancière e Sigmund Freud. |
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