Encontros surdo-surdo(s) como espaço de produção de uma comunidade: a potência do encontro(s)-amizade(s)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pimenta, Brigida Mariani
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Espírito Santo (riUfes)
Texto Completo: http://repositorio.ufes.br/handle/10/6854
Resumo: This work intends to respond how deaf multiplicities are yield among the deaf-deaf gatherings, problematizing the effects of these reunions in the spaces-time. As a methodological and theoretical procedure, the research embraces the philosophy of the difference by Deleuze and Guattari, exercising a research aimed on the process of deterritorializations, connections and ruptures, among other of Deleuze’s theorizing which propelled the production of specific concepts for this work. Any person lives in constant state of transformation. The deaf produced, what is here entitled as “We” (deaf) and “They” (hearing). Sometimes, there is an occasion for everyone to become “We”, however, under constant surveillance. The “We” arises as the rational agents - the associable – and the “They” on the other hand, the non-associable, the outsiders. Both writing and data production was carried out through a cartographic methodology. The subjects participating in this work are deaf people inhabiting different community spaces: college students, high school students, deaf teachers and others who have not yet concluded their studies, in different age groups. Therefore, the results indicate that the deaf-deaf meetings foster the deaf variations and boost the deaf communities into forming a space-time of linguistic production. Those variations are possible due to several factors, concerning both cognitive and social areas as well as the influences to which anyone is ex-posed to, flowing naturally to where it feels more comfortable, possible, and desirable. The concept of deaf community is set as the different spaces in which the subjects connect and not as a specific community way that plasters and evens everyone. This plastering occurs through political struggles and actions that impose an ideal way of being part of this or that type of community, erasing the existent variations — the deaf variations erasure. Even though, clearly, the deaf community is necessary, including the need of “chatting” that happens with greater force within it — a space-time of those who share something in common. As an agency of deaf people, it is inside the community that they wish to be in. Within it the friendship-meetings undertakes moreover as space-time where the majority of deaf crave to be, because there, they can be in touch with their linguistic peers. Key words: Deaf community. Deaf. Gathering.
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The “We” arises as the rational agents - the associable – and the “They” on the other hand, the non-associable, the outsiders. Both writing and data production was carried out through a cartographic methodology. The subjects participating in this work are deaf people inhabiting different community spaces: college students, high school students, deaf teachers and others who have not yet concluded their studies, in different age groups. Therefore, the results indicate that the deaf-deaf meetings foster the deaf variations and boost the deaf communities into forming a space-time of linguistic production. Those variations are possible due to several factors, concerning both cognitive and social areas as well as the influences to which anyone is ex-posed to, flowing naturally to where it feels more comfortable, possible, and desirable. The concept of deaf community is set as the different spaces in which the subjects connect and not as a specific community way that plasters and evens everyone. This plastering occurs through political struggles and actions that impose an ideal way of being part of this or that type of community, erasing the existent variations — the deaf variations erasure. Even though, clearly, the deaf community is necessary, including the need of “chatting” that happens with greater force within it — a space-time of those who share something in common. As an agency of deaf people, it is inside the community that they wish to be in. Within it the friendship-meetings undertakes moreover as space-time where the majority of deaf crave to be, because there, they can be in touch with their linguistic peers. Key words: Deaf community. Deaf. Gathering.Pretende-se responder como as multiplicidades surdas são produzidas nas redes tecidas nos encontros surdo-surdo(s), problematizando os efeitos dessas reuniões nos espaços-tempos. Como procedimento teórico-metodológico, dispõe-se da filosofia da diferença em Deleuze e Guattari, passando pelo exercício de uma pesquisa voltada ao processo de (des) territorializações, conexões, rupturas, entre outras teorizações deleuzianas que impulsionaram a produção de conceitos específicos para este trabalho. Qualquer pessoa está em constante transformação. Os surdos produziram o que aqui se denomina Nós (surdos) e Eles (ouvintes). Em alguns momentos, existe a oportunidade de todos serem Nós , porém em constante vigilância. Os Nós constituem-se os agentes racionais os associáveis e os estranhos os não associáveis , os Eles . Também se realizam, a partir dos encontros no futebol, os encontros-amizades . Utiliza-se a metodologia cartográfica como modo de escrita e produção dos dados. Os sujeitos participantes, surdos que se encontram em diferentes espaços comunitários, são universitários, estudantes de ensino médio, surdos-professores e surdos que não concluíram seus estudos, em diferentes faixas etárias. Assim, entende-se que os encontros surdo-surdo (s) promovem as diferenças surdas que impulsionam as comunidade (s) surda (s) a serem formadoras de um espaço-tempo de produção linguística. Essas diferenças são possíveis devido a vários fatores, tanto de âmbito cognitivo quanto social, como também a influências a que cada um está ex-posto , seguindo seu fluxo onde lhe for mais confortável, possível e desejado. Compreende-se como comunidade (s) surda (s) os diferentes espaços de relação entre os sujeitos, não somente um modo específico de comunidade que engessa e iguala todos. Tal engessamento se dá pelas lutas políticas e por algumas ações que ditam um modo ideal de ser e estar sendo sujeito dessa ou daquela comunidade, ocasionando o apagamento das diferenças existentes o apagamento das diferenças surdas. Percebe-se, no entanto, que a comunidade surda se faz necessária, inclusive a necessidade da conversa que se estabelece com maior força no entremeio dessa comunidade espaço-tempo daqueles que têm algo em comum. Agenciadora de pessoas surdas, nela os encontros-amizades se realizam ainda como um espaço-tempo em que a maioria dos surdos desejam estar, porque têm a possibilidade do contato com seu par linguístico.Texthttp://repositorio.ufes.br/handle/10/6854porUniversidade Federal do Espírito SantoMestrado em EducaçãoPrograma de Pós-Graduação em EducaçãoUFESBRCentro de EducaçãoComunidade surdaSurdosEncontroComunidadesInteração social - EducaçãoSurdos - Meios de comunicaçãoEducação37Encontros surdo-surdo(s) como espaço de produção de uma comunidade: a potência do encontro(s)-amizade(s)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal do Espírito Santo (riUfes)instname:Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)instacron:UFESORIGINALtese_11705_Disserta__o de Brigida.pdfapplication/pdf2078272http://repositorio.ufes.br/bitstreams/19cc2723-0991-48da-ae94-a212de216b94/downloadc8439ac42c77f0b6437637f495690affMD5110/68542024-07-16 18:54:50.788oai:repositorio.ufes.br:10/6854http://repositorio.ufes.brRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufes.br/oai/requestopendoar:21082024-10-15T17:56:01.261131Repositório Institucional da Universidade Federal do Espírito Santo (riUfes) - Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)false
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