O “uniforme” e o “copo”: entrecruzamentos (des) necessários

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Halpern, Elizabeth Espindola
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Leite, Ligia Maria Costa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Antropolítica (Online)
Texto Completo: https://periodicos.uff.br/antropolitica/article/view/41582
Resumo: Uma pesquisa qualitativa etnográfica foi realizada em um ambulatório especializado em dependência química da Marinha do Brasil, no período de 2005 a 2009, e em dois grupos terapêuticos no ano de 2010, durante 24 sessões, por meio de observaç.es participantes. Objetivou-se investigar a extensão da influência da instituição naval na construção do alcoolismo dos pacientes militares. Como resultado, emergiram dois eixos centrais, o “uniforme” e o “copo”: o primeiro diz respeito à profissionalização militar; o segundo refere-se às peculiaridades do consumo de álcool durante o expediente laborativo naval. Por meio de uma análise sócio-histórica, interessou examinar como ambos foram historicamente constituídos, elucidando sua influência sobre os modos de ingerir bebidas no ambiente naval. Concluiu-se que a Marinha brasileira facilita a produção de alcoolistas entre seus integrantes em razão de seu posicionamento ambíguo quanto ao uso de etílicos no trabalho, oscilando entre a punição dos militares e o estímulo, alegando que o consumo de bebidas faz parte das tradiç.es navais. Ademais, os pacientes se amparam no álcool por variadas razoes que colocam em questão se o seu uso seria, afinal, (des)necessário.
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