Análise da correlação entre o fator de crescimento epidérmico, formação do selamento mucoso e desenvolvimento de mucosite peri-implantar

• Autor(a) principal: Schoichet, José Jorge
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/13031
• topic: Implante dentário; Implante dentário endoosseo; Estomatite; Fator de crescimento epidérmico

Atualmente a reabilitação oral com implantes osseointegráveis é utilizada amplamente na clínica odontológica com resultados previsíveis a longo prazo. No entanto, a presença de doenças peri-implantares, como mucosite e peri-implantite, desafiam a longevidade do tratamento na prática clínica. Uma das principais características clínicas da mucosite é a perda do selamento mucoso, processo este que envolve uma série de substâncias biológicas, entre elas, o fator de crescimento epidérmico (EGF) e seu receptor EGFR, que apresentam como função primordial a formação do epitélio oral. Elucidar e, consequentemente, controlar a biologia relacionada ao desenvolvimento dessas patologias são um desafio para a Odontologia. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar a correlação entre os níveis do fator de crescimento epidérmico (EGF), e seu receptor (EGFR), nas diferentes fases clínicas da reabilitação com implantes odontológicos e traçar o perfil biológico do desenvolvimento da mucosite. Trinta e seis participantes de pesquisa foram incluídos no estudo, sendo submetidos à coleta de amostras, no alvéolo cirúrgico antes da instalação do implante (Grupo 1; n=10) e no fluido crevicular periimplantar após a reabertura (Grupo 2; n=10), nos tecidos peri-implantares com saúde e em função (Grupo 3; n=8) e nas regiões com mucosite peri-implantar (Grupo 4; n=18). Reação em cadeia de polimerase quantitativa avaliou a expressão de RNAm dos genes EGF/EGFR, por meio do sistema de detecção SYBR Green Master Mix. Analisando a expressão gênica do EGF, no fluído crevicular periimplatar, observou-se diferenças estatísticas de todos os grupos, quando comparados individualmente ao grupo 3. Houve maior expressão do EGF para o grupo 3 (em função e com saúde peri-implantar) (p=0.04). Em relação ao EGFR, não observou-se diferença estatística entre os grupos (p=0.56). Conclui-se que baixos níveis da expressão do gene EGF, no fluido crevicular peri-implantar, estão relacionados com a presença de mucosite peri-implantar e ausência de selamento mucoso peri-implantar, em condição de saúde. Não houve correlação entre a expressão gênica de EGFR com saúde ou doença em relação a mucosite.