Avaliação da densidade mineral óssea e dos fatores associados à baixa massa óssea em pacientes com doença inflamatória intestinal em tratamento ambulatorial
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/23583 |
Resumo: | Individuos com doença inflamatória intestinal (DII) possuem a composição corporal diferenciada. Estudos recentes da composição corporal desses indivíduos vêm demonstrando uma tendência para o aumento da massa gorda, diminuição da massa magra e redução da densidade mineral óssea (DMO). Devido ao impacto que a baixa massa óssea tem na qualidade de vida e na mortalidade, torna-se importante o reconhecimento precoce dessa condição em pacientes com DII. Objetivo: Avaliar a densidade mineral óssea e identificar os principais fatores associados para baixa massa óssea em adultos com o diagnóstico de DII, atendidos em um ambulatório especializado. Métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal. Foram coletados dados sociodemográficos, clínicos, laboratoriais, antropométricos e realizadas medidas de composição corporal por Absorciometria por raios X de dupla energia (DXA). A DMO foi avaliada no corpo inteiro e nos seguintes sítios ósseos: coluna lombar, fêmur total e colo do fêmur. A classificação da adequação óssea foi feita pelo “T-Score” para homens com 50 anos ou mais e mulheres após a menopausa, e pelo “Z-Score” para os homens com menos de 50 anos de idade e para as mulheres antes da menopausa. A partir das medidas aferidas foram obtidos o índice de massa corporal (IMC), o índice de massa magra apendicular (IMMA) e o percentual de massa gorda (%MG). Para as análises estatísticas, foi utilizado o teste t-student para amostras não pareadas e com distribuição normal e o teste Qui-quadrado para amostras categóricas. Para as análises da DMO em função das características da doença foi utilizado teste Anova one way. O coeficiente de correlação de Pearson foi utilizado para analisar as associações entre as variáveis e foram considerados significativos os valores p<0,05. Resultados: Foram avaliados 102 individuos com média de idade de 41,42 ± 13,00 anos, sendo a maioria do sexo feminino (57%) e com diagnóstico de doença de Crohn (59,8%). Ao analisar a DMO foi observado que 33,3% dos voluntários apresentavam inadequação da massa óssea. A DMO apresentou correlação negativa significativa com a idade dos pacientes, com a idade do diagnóstico da doença, com os valores de VHS e com o uso de corticoide; e correlação positiva significativa com a massa corporal total, estatura, massa magra total, IMMA e %MG. Conclusão: No presente estudo foi observada grande frenquência de baixa massa óssea com percentual importante nos adultos jovens. O uso de corticoide, marcadores inflamatórios e a composição corporal mostrou ter influência sobre a massa óssea dessa população. |
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Objetivo: Avaliar a densidade mineral óssea e identificar os principais fatores associados para baixa massa óssea em adultos com o diagnóstico de DII, atendidos em um ambulatório especializado. Métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal. Foram coletados dados sociodemográficos, clínicos, laboratoriais, antropométricos e realizadas medidas de composição corporal por Absorciometria por raios X de dupla energia (DXA). A DMO foi avaliada no corpo inteiro e nos seguintes sítios ósseos: coluna lombar, fêmur total e colo do fêmur. A classificação da adequação óssea foi feita pelo “T-Score” para homens com 50 anos ou mais e mulheres após a menopausa, e pelo “Z-Score” para os homens com menos de 50 anos de idade e para as mulheres antes da menopausa. A partir das medidas aferidas foram obtidos o índice de massa corporal (IMC), o índice de massa magra apendicular (IMMA) e o percentual de massa gorda (%MG). Para as análises estatísticas, foi utilizado o teste t-student para amostras não pareadas e com distribuição normal e o teste Qui-quadrado para amostras categóricas. Para as análises da DMO em função das características da doença foi utilizado teste Anova one way. O coeficiente de correlação de Pearson foi utilizado para analisar as associações entre as variáveis e foram considerados significativos os valores p<0,05. Resultados: Foram avaliados 102 individuos com média de idade de 41,42 ± 13,00 anos, sendo a maioria do sexo feminino (57%) e com diagnóstico de doença de Crohn (59,8%). Ao analisar a DMO foi observado que 33,3% dos voluntários apresentavam inadequação da massa óssea. A DMO apresentou correlação negativa significativa com a idade dos pacientes, com a idade do diagnóstico da doença, com os valores de VHS e com o uso de corticoide; e correlação positiva significativa com a massa corporal total, estatura, massa magra total, IMMA e %MG. Conclusão: No presente estudo foi observada grande frenquência de baixa massa óssea com percentual importante nos adultos jovens. O uso de corticoide, marcadores inflamatórios e a composição corporal mostrou ter influência sobre a massa óssea dessa população.Individuals with inflammatory bowel disease (IBD) have different body composition. Recent studies on the body composition of these individuals have shown a trend towards an increase in fat mass, a decrease in lean mass and a reduction in bone mineral density (BMD). Due to the impact that low bone mass has on quality of life and mortality, it is important to early recognize this condition in patients with IBD. Objective: Assess bone mineral density and identify the main factors associated with low bone mass in adults diagnosed with IBD, treated at a specialized outpatient clinic. Methods: This is a cross-sectional observational study. Socio-demographic, clinical, laboratory and anthropometric data were collected and body composition measurements were taken by DXA (Dual energy X-ray absorptiometry). BMD was assessed in the entire body and in the following bone sites: lumbar spine, total femur and femoral neck. The classification of bone adequacy was done by the “T- Score” for men aged 50 years or over and women after menopause, and the “Z-Score” for men under 50 years of age and for women before menopause. From the measurements taken, the body mass index (BMI), the lean mass index (IMMA) and the percentage of body fat (%BF) were obtained. For statistical analyses, the Student T-test was used for unpaired samples and with normal distribution and the Chi-square test for categorical samples. For the analysis of BMD as a function of disease characteristics, the Anova one-way test was used. Pearson's correlation coefficient was used to analyze associations between variables with normal distribution and p values <0.05 were considered significant. Results: 102 individuals with a mean age of 41.42 ± 13,00 years old were evaluated, most of them female (57%) and diagnosed with Crohn's disease (59.8%). When analyzing the BMD, it was observed that 33.3% of the volunteers had inadequate bone mass. The BMD showed a significant negative correlation with the age of the patients, the age at diagnosis of the disease, the ESR values and the use of corticosteroids; and significant positive correlation with total body mass, height, total lean mass, IMMA and %BF. Conclusion: In the present study, a high frequency of low bone mass was observed, with a significant percentage in young adults. Corticosteroid use, inflammatory markers and body composition have been shown to influence bone mass.79f.Wahrlich, VivianWady, Maria Thereza Baptistahttp://lattes.cnpq.br/5763498049567528http://lattes.cnpq.br/6198647788690311http://lattes.cnpq.br/9563031938690671Caldeira, Natascha da Silva2021-10-27T23:57:21Z2021-10-27T23:57:21Z2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfCALDEIRA, Natascha da Silva. Avaliação da densidade mineral óssea e dos fatores associados à baixa massa óssea em pacientes com doença inflamatória intestinal em tratamento ambulatorial. 2021. 79f. 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