"O dote é a moça educada": mulher, dote e instrução em São Luís na Primeira República
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/22525 |
Resumo: | A presente pesquisa analisa como simbolicamente a instrução formal destinada às mulheres passou a ser valorizada como um componente fundamental na sua educação, tornando-se seu símbolo moderno de "dote" no início do século XX. Apresentamos o estatuto do dote no período colonial e os novos arranjos dotais no século XIX, com a maior tendência para que as mulheres das classes altas e médias fossem para o casamento de mãos abanando, embora com a possibilidade de receberem dotes de seus noivos. Apesar do dote ainda ser uma possibilidade legal no início do século XX, cresciam as críticas ao dote e ao casamento por conveniência, ao mesmo tempo em que as famílias buscavam outros atrativos para ‘valorizar’ suas filhas no mercado matrimonial. A instrução como dote simbólico poderia servir tanto para arranjar um "bom partido" como para ser um meio de sobrevivência digna na ausência de "amparo marital". Analisamos os novos mecanismos de proteção social criados pelo Estado republicano, a maior inserção das mulheres no mercado de trabalho e a política educacional do período que ampliou o acesso feminino ao ensino secundário profissionalizante e ao ensino superior. Com isso, queremos mostrar os sentidos dessa educação que pretendia preparar as mulheres para serem as "mães educadoras" das novas gerações e que ao mesmo tempo criava brechas para a emancipação feminina através da conquista de uma profissão, o seu "dote |
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