Avaliação do potencial antiproliferativo de Eugenia pyriformis

• Autor(a) principal: Alves, Thiago de Paula
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/25870
• topic: Myrtaceae; Produtos Naturais; Atividades Biológicas; Metabólitos secundários; Vaccinium myrtillus; Atividade antiproliferativa; Neoplasia; Composto fenólico; Flavonóide; Espectrometria de massa; Metabólito secundário; Produto biológico; Atividade bacteriana; Myrtaceae; Natural products; Biological activities; Secondary metabolites

No ano de 2020 o INCA estimou 626 mil novos casos de câncer no país sendo, entre as mulheres, o câncer do colo do útero o terceiro câncer mais prevalente e o quarto em casos de mortes. Em geral, o arsenal terapêutico para tratamento dessa doença é limitado, além de apresentar problemas quanto a sua eficácia, toxicidade, resistência e reações adversas. Portanto existe uma necessidade em se encontrar novos agentes terapêuticos para seu tratamento. Uma vez relatado na literatura a eficácia dos produtos naturais contra alguns dos mecanismos de resistência do câncer, essas biomoléculas despertaram grande interesse como quimioterápicos. A grande biodiversidade brasileira é uma fonte em potencial desses produtos naturais bioativos provenientes, por exemplo, do metabolismo secundário dos vegetais. A relação potencial terapêutica de plantas, bem como seus constituintes, são alvos de incessantes estudos uma vez que, tais substâncias, apresentam enorme potencial para serem aproveitadas como agentes medicinais. Sendo assim este trabalho objetivou o estudo fitoquímico e a avaliação do potencial antiproliferativo in vitro frente a linhagem tumoral HeLa (câncer cervical), do extrato bruto e frações hexano e acetato de etila das folhas da planta Eugenia pyriformis. O presente estudo relatou a presença de compostos fenólicos e flavonoides em todas as amostras analisadas. As substâncias fenólicas se concentraram na fração acetato de etila (6,78 ± 0,19 µg AGE/mg), e em seguida no extrato bruto (5,13 ± 0,43 µg AGE/mg). Os flavonoides se concentraram no extrato bruto (16,36 ± 0,86 µg quercetinaE/mg), e em seguida na fração acetato de etila (12,98 ± 2,82 µg quercetinaE/mg). A análise dessas amostras por espectrometria de massas com ionização por eletrospray sugeriu a presença de ácido clorogênico, quercitrina e miricitrina no extrato bruto e na fração acetato de etila. Na fração hexano foi detectado apenas ácido clorogênico e miricitrina. Ao final do estudo foi possível concluir que o extrato bruto e a fração acetato de etila demostraram atividade antiproliferativa, com respectivamente IC50 = 44,42 µg/mL e IC50 = 40,39 µg/mL. Quando avaliada pelo método Scratch a fração acetato de etila na concentração de 30 µg/mL apresentou atividade inibitória da migração celular. Tais atividades biológicas podem estar relacionadas com a presença, nessas amostras, dos compostos fenólicos, dentre esses os que foram sugeridos pela espectrometria, e dos flavonoides.