A escola de samba em movimento: reverberações sobre o chão afro-brasileiro da Acadêmicos do Salgueiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/25175 |
Resumo: | Neste desfile etnográfico, busco pensar estética e politicamente a performance do chão afro-brasileiro nos ensaios e desfiles da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro, na cidade do Rio de Janeiro. O chão da escola corresponde à comunidade do Salgueiro, ou seja, um grande grupo de corpos, que se subdivide nas diversas alas que compõem a agremiação da escola de samba, sendo responsável pelo assentamento da escola. A comunidade é formada pela ala das baianas, a ala da Velha Guarda, os três casais de mestre-sala e porta-bandeira, a ala dos/as passistas, a ala da bateria, ala dos compositores, as alas que contam o enredo da escola, os/as componentes das alegorias, e a equipe do carro de som, composta por instrumentistas, intérpretes e os/as diretores/as de harmonia. Assim, partindo de uma observação participante e dançante, e da utilização de entrevista semiestruturada, foco nas alas que contam o enredo da escola. O objetivo é evocar o movimento dos corpos da comunidade que fazem o carnaval na sua dimensão performática, refletindo sobre esta corporeidade. O desfilar se faz com corpos conectados ao chão, aos outros corpos, ao cosmos, reverenciando os corpos ancestrais que vieram anteriormente. O chão afro-brasileiro do Salgueiro ilumina os/as componentes com uma existência ligada ao corpo vivo, reconhecendo e valorizando os movimentos existenciais afro-brasileiros. O chão afro-brasileiro da escola de samba nos ensina que o encantamento e a potência do ser se dão no encontro dos corpos, quando o corpo é vida comunitária em movimento. |
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A escola de samba em movimento: reverberações sobre o chão afro-brasileiro da Acadêmicos do SalgueiroChão afro-brasileiroMovimentoCorporeidadeEscola de SambaSalgueiroCultura afro-brasileiraEscola de samba - Rio de Janeiro (RJ)Acadêmicos do Salgueiro (Escola de samba, RJ)AfroBrazilian groundMovementCorporeitySamba SchoolSalgueiroNeste desfile etnográfico, busco pensar estética e politicamente a performance do chão afro-brasileiro nos ensaios e desfiles da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro, na cidade do Rio de Janeiro. O chão da escola corresponde à comunidade do Salgueiro, ou seja, um grande grupo de corpos, que se subdivide nas diversas alas que compõem a agremiação da escola de samba, sendo responsável pelo assentamento da escola. A comunidade é formada pela ala das baianas, a ala da Velha Guarda, os três casais de mestre-sala e porta-bandeira, a ala dos/as passistas, a ala da bateria, ala dos compositores, as alas que contam o enredo da escola, os/as componentes das alegorias, e a equipe do carro de som, composta por instrumentistas, intérpretes e os/as diretores/as de harmonia. Assim, partindo de uma observação participante e dançante, e da utilização de entrevista semiestruturada, foco nas alas que contam o enredo da escola. O objetivo é evocar o movimento dos corpos da comunidade que fazem o carnaval na sua dimensão performática, refletindo sobre esta corporeidade. O desfilar se faz com corpos conectados ao chão, aos outros corpos, ao cosmos, reverenciando os corpos ancestrais que vieram anteriormente. O chão afro-brasileiro do Salgueiro ilumina os/as componentes com uma existência ligada ao corpo vivo, reconhecendo e valorizando os movimentos existenciais afro-brasileiros. O chão afro-brasileiro da escola de samba nos ensina que o encantamento e a potência do ser se dão no encontro dos corpos, quando o corpo é vida comunitária em movimento.Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de JaneiroIn this ethnographic parade, I seek to think aesthetically and politically about the performance on the Afro-Brazilian ground in the rehearsals and parades of “Acadêmicos do Salgueiro” Samba School, in Rio de Janeiro. This Samba School’s ground corresponds to the Salgueiro community, that is, a large group of bodies that is subdivided into the various wings – called “alas” - that make up the Samba School, being responsible for the settlement of this Samba School. Salgueiro Samba School consists of “ala das baianas”, the Old Guard Wing, the three couples of Master of Ceremonies and flag bearer, the Dancers’ Wing, the Percussion Section, the wings that tell the story or explain the plot-theme presented by the samba school in its parade as well as its members on allegorical floats. Besides that, the Sound Car Team is formed by musicians, singers and the directors of harmony. For this reason, based on my own personal perspective as a dancer and a Salgueiro Samba School member, and on the use of a semi-structured interview, the aim is evoking the movement of bodies of the community that makes up the Carnival in Salgueiro Samba School, by reflecting about this corporeity. Samba School parades are made with bodies connected to the ground, bodies connected to other bodies, bodies connected to the Cosmos, and also by worshipping ancient bodies. The Afro-Brazilian ground of Salgueiro Samba School illuminates the existence of living bodies by acknowledging and valuing Afro-Brazilian body movements. Through Afro-Brazilian ground in Brazilian Samba Schools, collective life gains movement in the gathering of bodies that constitutes the enchantment and the potency of human experience.201 p.Tavares, Julio Cesar de SouzaPimenta, Vítor Gonçalves2022-06-13T15:07:27Z2022-06-13T15:07:27Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfPIMENTA, Vítor Gonçalves. A escola de samba em movimento: reverberações sobre o chão afro-brasileiro da Acadêmicos do Salgueiro. 2019. 201 f. Tese. (Doutorado em Antropologia) - Programa de Pós-graduação em Antropologia, Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2019.http://app.uff.br/riuff/handle/1/25175CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2022-06-13T15:07:31Zoai:app.uff.br:1/25175Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T10:48:03.614589Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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Neste desfile etnográfico, busco pensar estética e politicamente a performance do chão afro-brasileiro nos ensaios e desfiles da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro, na cidade do Rio de Janeiro. O chão da escola corresponde à comunidade do Salgueiro, ou seja, um grande grupo de corpos, que se subdivide nas diversas alas que compõem a agremiação da escola de samba, sendo responsável pelo assentamento da escola. A comunidade é formada pela ala das baianas, a ala da Velha Guarda, os três casais de mestre-sala e porta-bandeira, a ala dos/as passistas, a ala da bateria, ala dos compositores, as alas que contam o enredo da escola, os/as componentes das alegorias, e a equipe do carro de som, composta por instrumentistas, intérpretes e os/as diretores/as de harmonia. Assim, partindo de uma observação participante e dançante, e da utilização de entrevista semiestruturada, foco nas alas que contam o enredo da escola. O objetivo é evocar o movimento dos corpos da comunidade que fazem o carnaval na sua dimensão performática, refletindo sobre esta corporeidade. O desfilar se faz com corpos conectados ao chão, aos outros corpos, ao cosmos, reverenciando os corpos ancestrais que vieram anteriormente. O chão afro-brasileiro do Salgueiro ilumina os/as componentes com uma existência ligada ao corpo vivo, reconhecendo e valorizando os movimentos existenciais afro-brasileiros. O chão afro-brasileiro da escola de samba nos ensina que o encantamento e a potência do ser se dão no encontro dos corpos, quando o corpo é vida comunitária em movimento. |
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