Recursos experimentais para o ensino de temas de eletrodinâmica e eletromagnetismo: diálogos com um jovem com deficiência visual

• Autor(a) principal: Moraes, Julia Roberta Pereira dos Santos
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/26598
• topic: Inclusão; Deficiência visual; Ensino Médio; Eletrodinâmica e Eletromagnetismo; Avaliação de aparatos experimentais; Inclusão; Deficiência visual; Eletrodinâmica e Eletromagnetismo; Avaliação de aparatos experimentais; Produção intelectual; Inclusion; Visual Impairment; High school; Electrodynamics and Electromagnetism; Experiments evaluation

Lentamente e ao longo dos anos a inclusão de estudantes com necessidades educacionais específicas vem se tornado uma realidade nas escolas brasileiras, assim, é necessário adaptar o ambiente escolar a esses estudantes. A partir disso, pensando especificamente nos estudantes com deficiência visual, o presente trabalho questiona a validade do acervo de aparatos experimentais produzidos no Grupo de Pesquisa em Ensino de Física, da Universidade Federal Fluminense, com a intenção de permitir aos estudantes com e sem deficiência visual a explorá-los, analisar seus efeitos e melhor compreender e se apropriar de conhecimentos da eletrodinâmica e eletromagnetismo no Ensino Médio. Para tanto, reconhecendo, na perspectiva da inclusão, a importância da validação dos recursos didáticos por pessoas com deficiência visual, foram realizadas entrevistas com um estudante voluntário com deficiência visual, onde ele pode explorar, criticar e observar se os aparatos eram realmente acessíveis. As contribuições advindas da avaliação do voluntário nos levaram a constatação que dos 13 aparatos produzidos, 6 não demandavam mudanças, 7 poderiam ser aprimorados com pequenas modificações e/ou complementações e 2 exigiam novas proposições que permitissem melhor manipulação e percepção dos fenômenos. A reflexão sobre as críticas e sugestões do avaliador com deficiência visual permitiu a melhoria nos arranjos experimentais, garantindo que os aparatos experimentais passassem a ter potencial para uso no ensino de Física para estudantes com e sem deficiência visual, ou seja, em práticas educacionais inclusivas. Nesse sentido, foi possível comprovar a importância dessa avaliação, já que, alguns dos aparatos que pareciam ser inclusivos, na realidade não eram, e a partir disso pudemos realmente adaptá-los de modo a valorizar as individualidades de cada estudante.