Nevo de spitz: estudo histopatológico com avaliação dos aspectos clínicos, de dados demográficos e da expressão do PNL2

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Verardino, Gustavo Costa
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11849
Resumo: Introdução: O nevo de Spitz é uma lesão melanocítica benigna, geralmente adquirida, sendo um dos principais diagnósticos diferenciais do melanoma. Objetivos: Diferenciar nevos de Spitz dos melanomas através dos achados histopatológicos, da imunomarcação com o anticorpo anti-PNL2 e da correlação com dados clínicos e demográficos. Material e métodos: Foram revistos 92 casos de nevos de Spitz oriundos do Serviço de Anatomia Patológica do Hospital Universitário Antônio Pedro da Universidade Federal Fluminense e de um laboratório particular, em Niterói. Os seguintes parâmetros foram avaliados: simetria, circunscrição, hiperceratose, hipergranulose, hiperplasia da camada espinhosa, agregados de melanócitos dos tipos epitelioide e fusiforme, fendas entre agregados de melanócitos e ceratinócitos adjacentes, disseminação pagetoide, figuras de mitose, corpúsculos de Kamino, maturação dos melanócitos, infiltrado inflamatório e proliferação vascular. Em oito casos foi realizada a técnica de imuno-histoquímica com o anticorpo anti-PNL2. Resultados: A idade média informada foi de 20,2 anos (máxima de 56 anos e mínima de dois anos). A localização mais comum foi nos membros inferiores com 31 casos, seguida do tronco e dos membros superiores. Também foram observadas lesões na região da cabeça e pescoço, e na mucosa oral. O tipo celular predominante foi o epitelioide em 49 casos. A classificação em variantes do nevo de Spitz demonstrou predomínio das variantes clássica e de Reed. A simetria foi observada em 60 lesões e a circunscrição em 70. As alterações epidérmicas mais proeminentes foram ortoceratose, acantose e hipergranulose. A disseminação pagetoide foi evidenciada em 57 casos. As atipias de melanócitos na epiderme foram evidenciadas em 55 casos (60%) e em 31 (34%) na derme. Figuras de mitose foram encontradas em 22 casos. O anticorpo anti-PNL2 mostrou padrão de marcação semelhante nos nevos e melanomas. Conclusão: A variante histopatológica clássica do nevo de Spitz é a mais frequente nas lesões excisadas cirurgicamente; simetria, boa circunscrição, ortoceratose, hipergranulose e acantose representam importantes critérios de benignidade quando se considera o melanoma como diagnóstico diferencial; corpúsculos de Kamino não são essenciais para o diagnóstico de nevo de Spitz; as atipias citológicas e disseminação pagetoide podem ser proeminentes nos nevos de Spitz e devem ser cuidadosamente interpretados; maturação ausente ou irregular é achado frequente; mitoses típicas estão presentes na epiderme e/ou na derme superficial; uma mitose isolada na porção profunda não favorece diagnóstico de melanoma; a marcação com o anticorpo anti-PNL2 não é útil no diagnostico diferencial entre nevos de Spitz e melanomas; nenhum critério isolado é definitivo no diagnóstico diferencial entre nevo de Spitz e melanoma
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Os seguintes parâmetros foram avaliados: simetria, circunscrição, hiperceratose, hipergranulose, hiperplasia da camada espinhosa, agregados de melanócitos dos tipos epitelioide e fusiforme, fendas entre agregados de melanócitos e ceratinócitos adjacentes, disseminação pagetoide, figuras de mitose, corpúsculos de Kamino, maturação dos melanócitos, infiltrado inflamatório e proliferação vascular. Em oito casos foi realizada a técnica de imuno-histoquímica com o anticorpo anti-PNL2. Resultados: A idade média informada foi de 20,2 anos (máxima de 56 anos e mínima de dois anos). A localização mais comum foi nos membros inferiores com 31 casos, seguida do tronco e dos membros superiores. Também foram observadas lesões na região da cabeça e pescoço, e na mucosa oral. O tipo celular predominante foi o epitelioide em 49 casos. A classificação em variantes do nevo de Spitz demonstrou predomínio das variantes clássica e de Reed. A simetria foi observada em 60 lesões e a circunscrição em 70. As alterações epidérmicas mais proeminentes foram ortoceratose, acantose e hipergranulose. A disseminação pagetoide foi evidenciada em 57 casos. As atipias de melanócitos na epiderme foram evidenciadas em 55 casos (60%) e em 31 (34%) na derme. Figuras de mitose foram encontradas em 22 casos. O anticorpo anti-PNL2 mostrou padrão de marcação semelhante nos nevos e melanomas. Conclusão: A variante histopatológica clássica do nevo de Spitz é a mais frequente nas lesões excisadas cirurgicamente; simetria, boa circunscrição, ortoceratose, hipergranulose e acantose representam importantes critérios de benignidade quando se considera o melanoma como diagnóstico diferencial; corpúsculos de Kamino não são essenciais para o diagnóstico de nevo de Spitz; as atipias citológicas e disseminação pagetoide podem ser proeminentes nos nevos de Spitz e devem ser cuidadosamente interpretados; maturação ausente ou irregular é achado frequente; mitoses típicas estão presentes na epiderme e/ou na derme superficial; uma mitose isolada na porção profunda não favorece diagnóstico de melanoma; a marcação com o anticorpo anti-PNL2 não é útil no diagnostico diferencial entre nevos de Spitz e melanomas; nenhum critério isolado é definitivo no diagnóstico diferencial entre nevo de Spitz e melanomaIntroduction: Spitz nevus is a benign melanocytic lesion, usually acquired and one of the main differential diagnosis of melanoma. Objective: To differentiate melanomas from Spitz nevi through histopathological features and immunostaining with anti-PNL2 antibody and correlation with clinical and demographic data. Materials and methods: 92 cases of Spitz nevi collected from the Pathological Anatomy Service of the Antonio Pedro University Hospital, Fluminense Federal University and a private laboratory in Niterói were reviewed. The following parameters were evaluated: symmetry, circumscription, hypergranulosis, spinous layer hyperplasia, clusters of melanocytes of epithelioid and spindle cell types, clefts between clusters of melanocytes and surrounding keratinocytes, pagetoid spread, mitotic figures, Kamino bodies, maturation, vascular proliferation and inflammatory infiltrate. In eight cases the technique of immunohistochemistry with the anti- PNL2 antibody was performed. Results: The informed average age was 20.2 years (maximum 56 years and minimum of two years). The most common locations were the lower limbs in 31 cases, followed by the trunk and upper limbs. There were also lesions located at the head and neck and oral mucosa. The predominant cell type was epithelioid in 49 cases. The classification of variants of Spitz nevus revealed predominance of classic and Reed variants. Symmetry was observed in 60 lesions and circunscription in 70. The most prominent epidermal changes were orthokeratosis, acanthosis and hypergranulosis. Pagetoid spread was observed in 57 cases. Atypical epidermal melanocytes were found in 55 cases (60%) and 31 (34%) in the dermis. Mitotic figures were found in 22 cases. Anti-PNL2 antibody showed similar staining pattern in nevi and melanoma. Conclusion: The classical histopathological variant of Spitz nevus is the most common in surgically excised lesions; symmetry, good circumscription, orthokeratosis, hypergranulosis and acanthosis represent important criteria for benign lesions when considering the differential diagnosis as melanoma; Kamino bodies are not essential for the diagnosis of Spitz nevus; cytological atypia and pagetoid spread may be prominent in Spitz nevi and should be carefully interpreted; absent or irregular maturation is a frequent finding; typical mitoses are expected in the epidermis or superficial demis; Isolated atypical mitosis in deeper dermis do not favor the diagnosis of melanoma; staining with anti-PNL2 antibody is not useful in differentiating between Spitz nevus and melanoma; no single criteria is definitive in the differential diagnosis between Spitz nevus and melanoma122f.Rochael, Mayra CarrijoMaceira, Juan PiñeiroHahn, Myriam DumasBarcaui, Carlos Baptistahttp://lattes.cnpq.br/4149306168630148http://lattes.cnpq.br/6098192789501667http://lattes.cnpq.br/6485196854667977http://lattes.cnpq.br/6675597440802849http://lattes.cnpq.br/3492684800019943Verardino, Gustavo Costa2019-11-01T11:51:30Z2019-11-01T11:51:30Z2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfVERARDINO, Gustavo Costa. 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