O meio é o auge transformador: no rastro dos educadores do campo e a busca pelo bem viver
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/30374 |
Resumo: | O meio é o auge transformador: no rastro dos educadores do campo pela busca pelo bem viver, versa sobre o que é o bem viver e suas peculiaridades, como conceito das sociedades tradicionais que viviam antes da chegada dos invasores colonizadores com seus desenvolvimentos; antes, aqueles viviam sem a necessidade de acúmulos e individualismo capitalista; a vida era coletiva e se respeitavam mutuamente, assim como todos os seres vivos não humanos e humanos, inclusive os minerais; as montanhas, colinas entre outros que tinham até nomes, existia a liberdade de ser livre e in-natura, no qual denominamos direitos biocosmicos, de se procriar, nascer, desenvolver-se sem interferência significativa de outrem que não seja para o seu meio de subsistência. O bem viver também é forma vital. A força da vida “ntu” dos povos tradicionais em África que dialoga com a força vital dos povos andinos e indígenas “Pachamama”. Estas sociedades nos mostram que é possível viver de outra forma, como simples seres mortais, sonhar com uma sociedade mais igualitária, coletiva e justa não é uma utopia, todos os seres viventes podem ter seus espaços respeitados pelo patriarcado, que mata, destrói e consome tudo o que é belo e bom dessa natureza, sem culpa, sem se importar com o (feminino) da Pachamama(mãe-terra) e suas criações naturais, colocando a sociedade sob um regime escravo com suas regras e imposições. O viver bem como um contraponto ao bem viver, o viver bem é uma forma contemporânea de se ver a vida que se baseia numa concepção capitalista e na meritocracia na qual o poder do consumismo e a forma crescente na sociedade através dos bens adquiridos são o auge da felicidade, do bem estar e de todas as realizações humanas. Tal ideia vem se perpetuando até o momento atual com o consumo desenfreado, abundantemente e de acúmulo, causando uma grande diferença social e ambiental, através do jugo maciço da sociedade empobrecendo-a cada vez mais. Quanto ao título da obra: O meio é o auge transformador: no rastro dos educadores do campo podemos dizer que vem desta sociedade excludente, capitalista e desigual negar os acessos aos conhecimentos aqui expostos na minha juventude, encontro-me no topo ou auge, na metade, não só da minha existência e sim do meu sonho, que é me tornar um educador do campo, e a palavra auge é utilizada por percepção da Terra, que por possuir formato esférico e girar fazendo uma referência a terra quando atinge seu ponto mais alto, os seus 50%, a partir desse ponto deveria se iniciar a descida, o que é enganoso. Minhas experiências e vivências mostram que é possível se reconstruir como um ser construtor não só da natureza como também de pensamentos e atitudes, se tornando sempre que for preciso em aprendiz, e seguir, ir nos rastros dos educadores do campo para uma melhor forma de praticar o bem viver. |
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A força da vida “ntu” dos povos tradicionais em África que dialoga com a força vital dos povos andinos e indígenas “Pachamama”. Estas sociedades nos mostram que é possível viver de outra forma, como simples seres mortais, sonhar com uma sociedade mais igualitária, coletiva e justa não é uma utopia, todos os seres viventes podem ter seus espaços respeitados pelo patriarcado, que mata, destrói e consome tudo o que é belo e bom dessa natureza, sem culpa, sem se importar com o (feminino) da Pachamama(mãe-terra) e suas criações naturais, colocando a sociedade sob um regime escravo com suas regras e imposições. O viver bem como um contraponto ao bem viver, o viver bem é uma forma contemporânea de se ver a vida que se baseia numa concepção capitalista e na meritocracia na qual o poder do consumismo e a forma crescente na sociedade através dos bens adquiridos são o auge da felicidade, do bem estar e de todas as realizações humanas. Tal ideia vem se perpetuando até o momento atual com o consumo desenfreado, abundantemente e de acúmulo, causando uma grande diferença social e ambiental, através do jugo maciço da sociedade empobrecendo-a cada vez mais. Quanto ao título da obra: O meio é o auge transformador: no rastro dos educadores do campo podemos dizer que vem desta sociedade excludente, capitalista e desigual negar os acessos aos conhecimentos aqui expostos na minha juventude, encontro-me no topo ou auge, na metade, não só da minha existência e sim do meu sonho, que é me tornar um educador do campo, e a palavra auge é utilizada por percepção da Terra, que por possuir formato esférico e girar fazendo uma referência a terra quando atinge seu ponto mais alto, os seus 50%, a partir desse ponto deveria se iniciar a descida, o que é enganoso. Minhas experiências e vivências mostram que é possível se reconstruir como um ser construtor não só da natureza como também de pensamentos e atitudes, se tornando sempre que for preciso em aprendiz, e seguir, ir nos rastros dos educadores do campo para uma melhor forma de praticar o bem viver.The environment is the pinnacle of transformation: in the wake of rural educators in the search for Good Living, it deals with what good-living is and its peculiarities, as a concept of traditional societies that lived before the arrival of the colonizing invaders with their developments; before they lived without the need for accumulations and capitalist individualism, life was collective and mutually respected, as did all non-human and human living beings, including minerals; the mountains, hills, among others that even were named, there was the freedom to be free and in natura, which we call biocosmic rights, to procreate, be born, develop without significant interference from anyone other than for their subsistence. The Good Living is also a vital form. The “ntu” life force of traditional peoples in Africa is in dialogue with the vital force of the Andean and indigenous “Pachamama”, and this society shows us that it is possible to live in another way, as simple mortal beings, dreaming of an equal society, collective and fair is not a utopia, for all living beings to have their spaces respected by patriarchy, which kills, destroys and consumes everything that is beautiful and good of this nature, without guilt, without caring about the (female) of Pachamama (Mother Earth) and her natural creations, placing society under a self-slave regime with its rules and impositions. Living well as a counterpoint to Good Living, living well is a contemporary way of seeing life, a capitalist conception based on meritocracy in which the power of consumerism and the growing form in society through acquired goods are the peak of happiness, wellbeing and that all human achievements come from it. This idea has been perpetuated up to the present moment with unrestrained consumption, abundantly and with accumulation, causing a great social, environmental (socio-environmental) difference through the massive yoke of society, impoverishing it increasingly. As for the title of work: The environment is the Pinnacle of transformation: in the wake of rural educators in the search for Good Living. Despite this exclusionary, capitalist and unequal society denying access to the knowledge exposed here in my youth, I find myself at the top or at the pinnacle, in the middle, not only of my existence but of my dream, which is to become a rural educator, and the word pinnacle is used for perception of the Earth, which because it has a spherical shape and rotates, and when a reference is stipulated, it reaches its highest point in 50%, from that point on, the descent should start, which is misleading. My experiences and experiences show that it is possible to rebuild oneself as a builder not only of nature but also of thoughts and attitudes, becoming a learner whenever necessary, and following, following the trail of educators in the field for a better way of conceptualizing what is Good Living.44 f.Pereira, Júlio César Medeiros da SilvaNeves, Leandro RobertoSouza, Mônica Lima eGonçalves, Adilson Amaral2023-09-15T18:00:10Z2023-09-15T18:00:10Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttp://app.uff.br/riuff/handle/1/30374CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2023-09-15T18:00:14Zoai:app.uff.br:1/30374Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T10:46:40.207343Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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