Ética, política e estética na educação: experiência da escola projeto Âncora

• Autor(a) principal: Leal, Júlia Schmidt
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/15094
• topic: Escola Projeto Âncora; Escolas inovadoras; Cultura escolar; Educação; Inovação educacional; Cultura; Projeto Âncora School; Inovative schools; Scholar culture

Me aproximo da Escola Projeto Âncora para tentar entender se e no que a sua proposta pedagógica, que se insere num universo de iniciativas que busca romper com a padronização da educação convencional, possibilita novos horizontes da cultura escolar através de práticas e processos de formação da (inter)subjetividade, das relações e das dinâmicas sociais. Esta é uma pesquisa de cunho exploratório-investigativo-elaborativo que se deu através de um trabalho de campo e de reflexões com os sujeitos-autores da escola, dos livros de referência e de minha trajetória pessoal que me permitiram ampliar as reflexões que busco fazer. Não será uma discussão do que é ética, política e estética, mas sim de que visões de humano e de mundo se revelam nessa vida na Escola. Para tal, trago relatos-pensados sobre três categorias de análise que denominei mediação de conflitos, currículo e mudanças. Tais categorias envolvem discussões temáticas recorrentes na área da educação e no cotidiano escolar, como o significado de autonomia, liberdade, solidariedade, respeito. Busquei traçar estas reflexões unindo a minha voz com a de Nietzsche, Paulo Freire, entre outros referenciais teóricos da academia e da escola da vida, que teorizam e elaboram suas perspectivas na práxis. Essas revelações me levaram a perceber esta como uma escola que apresenta importantes rupturas com o paradigma vigente, revelando nos seus acontecimentos uma ética e política outra, da não-indiferença, do cuidado, da formação humana e da produção da vida que se dão no encontro com o outro; que se abre para a possibilidade de se reinventar e reelaborar através do coletivo, da vida em inter-ação, configurando um horizonte de formas mais alteritárias de se relacionar com as pessoas, com o conhecimento, com a escola e com o mundo, mostrando que outras formas de pensar e educar são possíveis