A cobertura de mortes trágicas e/ou violentas por O Globo: uma abordagem semiótica
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/9484 |
Resumo: | Este trabalho tem por objetivo investigar como O Globo constrói em suas capas o noticiário de mortes trágicas e/ou violentas, fatos de grande comoção pública, sensacionais por si só. Partimos de uma pesquisa, desenvolvida anteriormente, sobre a cobertura do massacre de Realengo, em que identificamos a proximidade do veículo ao polo mais apelativo de um continuum traçado com capas de 12 jornais, das mais distantes às mais próximas do jornalismo dito sensacionalista, em uma gradação qualitativa de efeitos de sentido. Com base no resultado obtido, nos ancoramos na metodologia proposta pela semiótica francesa e seu desdobramento tensivo para verificarmos se reaparecem traços sensacionalistas na cobertura feita por O Globo de outros episódios referentes ao tema. O corpus é formado por 12 capas do primeiro caderno e de cadernos especiais publicados nos dias seguintes ao massacre do Colorado, à catástrofe que atingiu a Região Serrana do Rio de Janeiro em 2011, novamente ao massacre de Realengo e à morte do líder líbio Muamar Kadafi. Observamos que, em algumas edições, o veículo se rende preferencialmente ao estilo enunciativo dito sensacionalista. Nesses casos, ele abandona o perfil inicial de enunciador, do jornal moderado, para se projetar como “uma voz discursiva que grita” (DISCINI, 2013, p.129). Com isso, a pesquisa explicita uma certa permeabilidade entre os estilos moderado e sensacionalista, em que as fronteiras nítidas entre esses dois estilos enunciativos se desfazem na dimensão pragmática e complexa da práxis jornalística. |
id |
UFF-2_23ac24c35aa9938680f8bb88670f304a |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:app.uff.br:1/9484 |
network_acronym_str |
UFF-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
repository_id_str |
2120 |
spelling |
A cobertura de mortes trágicas e/ou violentas por O Globo: uma abordagem semióticaSemiótica francesaJornalismoMorteSensacionalismoO GloboSemióticaJornalismoSensacionalismo na literaturaO Globo (Jornal : RJ)French semioticsJournalismDeathSensationalismO GloboEste trabalho tem por objetivo investigar como O Globo constrói em suas capas o noticiário de mortes trágicas e/ou violentas, fatos de grande comoção pública, sensacionais por si só. Partimos de uma pesquisa, desenvolvida anteriormente, sobre a cobertura do massacre de Realengo, em que identificamos a proximidade do veículo ao polo mais apelativo de um continuum traçado com capas de 12 jornais, das mais distantes às mais próximas do jornalismo dito sensacionalista, em uma gradação qualitativa de efeitos de sentido. Com base no resultado obtido, nos ancoramos na metodologia proposta pela semiótica francesa e seu desdobramento tensivo para verificarmos se reaparecem traços sensacionalistas na cobertura feita por O Globo de outros episódios referentes ao tema. O corpus é formado por 12 capas do primeiro caderno e de cadernos especiais publicados nos dias seguintes ao massacre do Colorado, à catástrofe que atingiu a Região Serrana do Rio de Janeiro em 2011, novamente ao massacre de Realengo e à morte do líder líbio Muamar Kadafi. Observamos que, em algumas edições, o veículo se rende preferencialmente ao estilo enunciativo dito sensacionalista. Nesses casos, ele abandona o perfil inicial de enunciador, do jornal moderado, para se projetar como “uma voz discursiva que grita” (DISCINI, 2013, p.129). Com isso, a pesquisa explicita uma certa permeabilidade entre os estilos moderado e sensacionalista, em que as fronteiras nítidas entre esses dois estilos enunciativos se desfazem na dimensão pragmática e complexa da práxis jornalística.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)This study aims to investigate how O Globo reports tragic and/or violent deaths, public outcry facts, sensational by themselves, on its front pages. It is based on a previous research about the Realengo Massacre press coverage in which we observed the proximity of this newspaper to the most sensationalist pole of a continuum traced with 12 newspapers front pages, ranging from a so called moderated to a sensationalist journalism, in a qualitative range of meaning effects. Based on this result, we counted on the methodology proposed by French semiotics and its tensive development to check if the sensationalist marks reappear in O Globo coverage of other facts involving tragic and/or violent deaths. The corpus consists of 12 front pages of first section and special sections published in the following days of Colorado Massacre, the disaster that hit the mountainous region of Rio de Janeiro in 2011, again the Realengo Massacre and the death of the Libyan leader Moammar Gadhafi. We observed that in some editions, this newspaper assumes preferably the sensationalist enunciative style. In these cases, O Globo abandons its initial profile of a moderate journal to project itself as “a discursive voice that shouts” (DISCINI, 2013, p. 129). Hence, the research sheds light to the porosity between the moderate and the sensationalist press styles showing that there are no clear boundaries between both in the pragmatic and complex dimension of the journalism praxis.90 f.Mancini, Renata CiamponeSilva, Silmara Cristina Dela daGomes, Regina de SouzaSousa, Silvia Maria deCerdera, FábioGama, Raiane Nogueira2019-05-16T14:21:24Z2019-05-16T14:21:24Z2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/9484http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2022-01-27T22:43:35Zoai:app.uff.br:1/9484Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202022-01-27T22:43:35Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
A cobertura de mortes trágicas e/ou violentas por O Globo: uma abordagem semiótica |
title |
A cobertura de mortes trágicas e/ou violentas por O Globo: uma abordagem semiótica |
spellingShingle |
A cobertura de mortes trágicas e/ou violentas por O Globo: uma abordagem semiótica Gama, Raiane Nogueira Semiótica francesa Jornalismo Morte Sensacionalismo O Globo Semiótica Jornalismo Sensacionalismo na literatura O Globo (Jornal : RJ) French semiotics Journalism Death Sensationalism O Globo |
title_short |
A cobertura de mortes trágicas e/ou violentas por O Globo: uma abordagem semiótica |
title_full |
A cobertura de mortes trágicas e/ou violentas por O Globo: uma abordagem semiótica |
title_fullStr |
A cobertura de mortes trágicas e/ou violentas por O Globo: uma abordagem semiótica |
title_full_unstemmed |
A cobertura de mortes trágicas e/ou violentas por O Globo: uma abordagem semiótica |
title_sort |
A cobertura de mortes trágicas e/ou violentas por O Globo: uma abordagem semiótica |
author |
Gama, Raiane Nogueira |
author_facet |
Gama, Raiane Nogueira |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Mancini, Renata Ciampone Silva, Silmara Cristina Dela da Gomes, Regina de Souza Sousa, Silvia Maria de Cerdera, Fábio |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Gama, Raiane Nogueira |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Semiótica francesa Jornalismo Morte Sensacionalismo O Globo Semiótica Jornalismo Sensacionalismo na literatura O Globo (Jornal : RJ) French semiotics Journalism Death Sensationalism O Globo |
topic |
Semiótica francesa Jornalismo Morte Sensacionalismo O Globo Semiótica Jornalismo Sensacionalismo na literatura O Globo (Jornal : RJ) French semiotics Journalism Death Sensationalism O Globo |
description |
Este trabalho tem por objetivo investigar como O Globo constrói em suas capas o noticiário de mortes trágicas e/ou violentas, fatos de grande comoção pública, sensacionais por si só. Partimos de uma pesquisa, desenvolvida anteriormente, sobre a cobertura do massacre de Realengo, em que identificamos a proximidade do veículo ao polo mais apelativo de um continuum traçado com capas de 12 jornais, das mais distantes às mais próximas do jornalismo dito sensacionalista, em uma gradação qualitativa de efeitos de sentido. Com base no resultado obtido, nos ancoramos na metodologia proposta pela semiótica francesa e seu desdobramento tensivo para verificarmos se reaparecem traços sensacionalistas na cobertura feita por O Globo de outros episódios referentes ao tema. O corpus é formado por 12 capas do primeiro caderno e de cadernos especiais publicados nos dias seguintes ao massacre do Colorado, à catástrofe que atingiu a Região Serrana do Rio de Janeiro em 2011, novamente ao massacre de Realengo e à morte do líder líbio Muamar Kadafi. Observamos que, em algumas edições, o veículo se rende preferencialmente ao estilo enunciativo dito sensacionalista. Nesses casos, ele abandona o perfil inicial de enunciador, do jornal moderado, para se projetar como “uma voz discursiva que grita” (DISCINI, 2013, p.129). Com isso, a pesquisa explicita uma certa permeabilidade entre os estilos moderado e sensacionalista, em que as fronteiras nítidas entre esses dois estilos enunciativos se desfazem na dimensão pragmática e complexa da práxis jornalística. |
publishDate |
2015 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2015 2019-05-16T14:21:24Z 2019-05-16T14:21:24Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/9484 |
url |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/9484 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ CC-BY-SA info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ CC-BY-SA |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) instname:Universidade Federal Fluminense (UFF) instacron:UFF |
instname_str |
Universidade Federal Fluminense (UFF) |
instacron_str |
UFF |
institution |
UFF |
reponame_str |
Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
collection |
Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF) |
repository.mail.fl_str_mv |
riuff@id.uff.br |
_version_ |
1819053700312727552 |