A cobertura de mortes trágicas e/ou violentas por O Globo: uma abordagem semiótica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gama, Raiane Nogueira
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/3070
Resumo: Este trabalho tem por objetivo investigar como O Globo constrói em suas capas o noticiário de mortes trágicas e/ou violentas, fatos de grande comoção pública, sensacionais por si só. Partimos de uma pesquisa, desenvolvida anteriormente, sobre a cobertura do massacre de Realengo, em que identificamos a proximidade do veículo ao polo mais apelativo de um continuum traçado com capas de 12 jornais, das mais distantes às mais próximas do jornalismo dito sensacionalista, em uma gradação qualitativa de efeitos de sentido. Com base no resultado obtido, nos ancoramos na metodologia proposta pela semiótica francesa e seu desdobramento tensivo para verificarmos se reaparecem traços sensacionalistas na cobertura feita por O Globo de outros episódios referentes ao tema. O corpus é formado por 12 capas do primeiro caderno e de cadernos especiais publicados nos dias seguintes ao massacre do Colorado, à catástrofe que atingiu a Região Serrana do Rio de Janeiro em 2011, novamente ao massacre de Realengo e à morte do líder líbio Muamar Kadafi. Observamos que, em algumas edições, o veículo se rende preferencialmente ao estilo enunciativo dito sensacionalista. Nesses casos, ele abandona o perfil inicial de enunciador, do jornal moderado, para se projetar como “uma voz discursiva que grita” (DISCINI, 2013, p. 129). Com isso, a pesquisa explicita uma certa permeabilidade entre os estilos moderado e sensacionalista, em que as fronteiras nítidas entre esses dois estilos enunciativos se desfazem na dimensão pragmática e complexa da práxis jornalística.
id UFF-2_e7d174cb9766ad2dda2ba11d869e5d7d
oai_identifier_str oai:app.uff.br:1/3070
network_acronym_str UFF-2
network_name_str Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
repository_id_str 2120
spelling A cobertura de mortes trágicas e/ou violentas por O Globo: uma abordagem semióticaSemiótica francesaJornalismoMorteSensacionalismoSemióticaJornalismoSensacionalismo na literaturaO Globo (Jornal)French semioticsJournalismDeathSensationalismEste trabalho tem por objetivo investigar como O Globo constrói em suas capas o noticiário de mortes trágicas e/ou violentas, fatos de grande comoção pública, sensacionais por si só. Partimos de uma pesquisa, desenvolvida anteriormente, sobre a cobertura do massacre de Realengo, em que identificamos a proximidade do veículo ao polo mais apelativo de um continuum traçado com capas de 12 jornais, das mais distantes às mais próximas do jornalismo dito sensacionalista, em uma gradação qualitativa de efeitos de sentido. Com base no resultado obtido, nos ancoramos na metodologia proposta pela semiótica francesa e seu desdobramento tensivo para verificarmos se reaparecem traços sensacionalistas na cobertura feita por O Globo de outros episódios referentes ao tema. O corpus é formado por 12 capas do primeiro caderno e de cadernos especiais publicados nos dias seguintes ao massacre do Colorado, à catástrofe que atingiu a Região Serrana do Rio de Janeiro em 2011, novamente ao massacre de Realengo e à morte do líder líbio Muamar Kadafi. Observamos que, em algumas edições, o veículo se rende preferencialmente ao estilo enunciativo dito sensacionalista. Nesses casos, ele abandona o perfil inicial de enunciador, do jornal moderado, para se projetar como “uma voz discursiva que grita” (DISCINI, 2013, p. 129). Com isso, a pesquisa explicita uma certa permeabilidade entre os estilos moderado e sensacionalista, em que as fronteiras nítidas entre esses dois estilos enunciativos se desfazem na dimensão pragmática e complexa da práxis jornalística.This study aims to investigate how O Globo reports tragic and/or violent deaths, public outcry facts, sensational by themselves, on its front pages. It is based on a previous research about the Realengo Massacre press coverage in which we observed the proximity of this newspaper to the most sensationalist pole of a continuum traced with 12 newspapers front pages, ranging from a so called moderated to a sensationalist journalism, in a qualitative range of meaning effects. Based on this result, we counted on the methodology proposed by French semiotics and its tensive development to check if the sensationalist marks reappear in O Globo coverage of other facts involving tragic and/or violent deaths. The corpus consists of 12 front pages of first section and special sections published in the following days of Colorado Massacre, the disaster that hit the mountainous region of Rio de Janeiro in 2011, again the Realengo Massacre and the death of the Libyan leader Moammar Gadhafi. We observed that in some editions, this newspaper assumes preferably the sensationalist enunciative style. In these cases, O Globo abandons its initial profile of a moderate journal to project itself as “a discursive voice that shouts” (DISCINI, 2013, p. 129). Hence, the research sheds light to the porosity between the moderate and the sensationalist press styles showing that there are no clear boundaries between both in the pragmatic and complex dimension of the journalism praxis.90 f.Mancini, Renata CiamponeGama, Raiane Nogueira2017-03-20T14:34:11Z2017-03-20T14:34:11Z2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/3070CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2022-01-13T15:16:09Zoai:app.uff.br:1/3070Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202022-01-13T15:16:09Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
dc.title.none.fl_str_mv A cobertura de mortes trágicas e/ou violentas por O Globo: uma abordagem semiótica
title A cobertura de mortes trágicas e/ou violentas por O Globo: uma abordagem semiótica
spellingShingle A cobertura de mortes trágicas e/ou violentas por O Globo: uma abordagem semiótica
Gama, Raiane Nogueira
Semiótica francesa
Jornalismo
Morte
Sensacionalismo
Semiótica
Jornalismo
Sensacionalismo na literatura
O Globo (Jornal)
French semiotics
Journalism
Death
Sensationalism
title_short A cobertura de mortes trágicas e/ou violentas por O Globo: uma abordagem semiótica
title_full A cobertura de mortes trágicas e/ou violentas por O Globo: uma abordagem semiótica
title_fullStr A cobertura de mortes trágicas e/ou violentas por O Globo: uma abordagem semiótica
title_full_unstemmed A cobertura de mortes trágicas e/ou violentas por O Globo: uma abordagem semiótica
title_sort A cobertura de mortes trágicas e/ou violentas por O Globo: uma abordagem semiótica
author Gama, Raiane Nogueira
author_facet Gama, Raiane Nogueira
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Mancini, Renata Ciampone
dc.contributor.author.fl_str_mv Gama, Raiane Nogueira
dc.subject.por.fl_str_mv Semiótica francesa
Jornalismo
Morte
Sensacionalismo
Semiótica
Jornalismo
Sensacionalismo na literatura
O Globo (Jornal)
French semiotics
Journalism
Death
Sensationalism
topic Semiótica francesa
Jornalismo
Morte
Sensacionalismo
Semiótica
Jornalismo
Sensacionalismo na literatura
O Globo (Jornal)
French semiotics
Journalism
Death
Sensationalism
description Este trabalho tem por objetivo investigar como O Globo constrói em suas capas o noticiário de mortes trágicas e/ou violentas, fatos de grande comoção pública, sensacionais por si só. Partimos de uma pesquisa, desenvolvida anteriormente, sobre a cobertura do massacre de Realengo, em que identificamos a proximidade do veículo ao polo mais apelativo de um continuum traçado com capas de 12 jornais, das mais distantes às mais próximas do jornalismo dito sensacionalista, em uma gradação qualitativa de efeitos de sentido. Com base no resultado obtido, nos ancoramos na metodologia proposta pela semiótica francesa e seu desdobramento tensivo para verificarmos se reaparecem traços sensacionalistas na cobertura feita por O Globo de outros episódios referentes ao tema. O corpus é formado por 12 capas do primeiro caderno e de cadernos especiais publicados nos dias seguintes ao massacre do Colorado, à catástrofe que atingiu a Região Serrana do Rio de Janeiro em 2011, novamente ao massacre de Realengo e à morte do líder líbio Muamar Kadafi. Observamos que, em algumas edições, o veículo se rende preferencialmente ao estilo enunciativo dito sensacionalista. Nesses casos, ele abandona o perfil inicial de enunciador, do jornal moderado, para se projetar como “uma voz discursiva que grita” (DISCINI, 2013, p. 129). Com isso, a pesquisa explicita uma certa permeabilidade entre os estilos moderado e sensacionalista, em que as fronteiras nítidas entre esses dois estilos enunciativos se desfazem na dimensão pragmática e complexa da práxis jornalística.
publishDate 2015
dc.date.none.fl_str_mv 2015
2017-03-20T14:34:11Z
2017-03-20T14:34:11Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://app.uff.br/riuff/handle/1/3070
url https://app.uff.br/riuff/handle/1/3070
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv CC-BY-SA
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv CC-BY-SA
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron:UFF
instname_str Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron_str UFF
institution UFF
reponame_str Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
collection Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)
repository.mail.fl_str_mv riuff@id.uff.br
_version_ 1802135281385603072