Relação da dieta de gestantes com o peso ao nascer de recém-nascidos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Beatriz Borges Bérgamo Esteves
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/7982
Resumo: Introdução: O peso ao nascer é indicador importante da morbimortalidade infantil, principalmente durante o primeiro ano de vida. O recém-nascido com baixo peso ao nascer é aquele nascido com peso inferior a 2.500 g. A dieta materna tem sido relacionada às variações do peso ao nascer. Objetivo: Investigar a relação da dieta de gestantes com o peso ao nascer dos recém-nascidos. Métodos: Estudo transversal, descritivo e analítico com 99 gestantes de 16 a 44 anos, atendidas no Hospital Maternidade Herculano Pinheiro, Rio de Janeiro. Coletaram-se dados através de prontuário, caderneta da gestante e questionário de informações gerais. Aplicou-se o Formulário de Marcadores do Consumo Alimentar, do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, para avaliar o consumo semanal materno de dez grupos alimentares: Salada crua, Legumes e verduras cozidos, Frutas, Feijão, Leite ou iogurte, considerados marcadores do consumo saudável; Frituras, Embutidos, Biscoitos salgados, Doces e Refrigerantes, considerados marcadores do consumo não saudável. Os grupos foram classificados de acordo com a NOVA Classificação dos Alimentos em alimentos in natura ou minimamente processados e alimentos ultraprocessados. Aplicou-se o teste Kruskal-Wallis para avaliar relação entre o consumo alimentar materno com peso ao nascer do recém-nascido. Para fins de significância estatística, considerou-se p-valor<0,05 nas análises. Resultados: A maioria das gestantes era solteira (79,8%), multípara (62,6%), possuía baixo nível de escolaridade (71,5%) e realizou parto normal (76,8%). A maioria (57,3%) dos recém-nascidos nasceu com peso normal, 13,5% apresentaram baixo peso ao nascer. Não houve relação entre peso ao nascer do recém-nascido com idade materna, número de gestações e ganho de peso materno. Avaliando o consumo na última semana dos alimentos in natura ou minimamente processados, 85,6% das gestantes consumiram frequentemente Feijão e 60,6% das gestantes utilizaram Leite ou iogurte. Entre os alimentos ultraprocessados, a maioria das gestantes consumiu frequentemente Doces (73,7%), Refrigerantes (71,7%), Embutidos (65,7%), Biscoitos salgados (63,6%) e Frituras (55,6%). Observou-se relação significativa entre o consumo de Embutidos (p=0,02) e Doces (p=0,04) por gestantes que apresentaram recém-nascidos com baixo peso ao nascer. O consumo de Embutidos mostrou chance mais elevada do recém-nascido apresentar baixo peso ao nascer, conforme aumenta a ingestão deste alimento (OR 1,46; IC95% 1,02-2,10). Conclusões: As gestantes consumiam frequentemente tanto alimentos in natura ou minimamente processados quanto alimentos ultraprocessados. O consumo frequente de alimentos ultraprocessados, como os Embutidos, aumenta a chance do recém-nascido apresentar baixo peso ao nascer
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Aplicou-se o Formulário de Marcadores do Consumo Alimentar, do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, para avaliar o consumo semanal materno de dez grupos alimentares: Salada crua, Legumes e verduras cozidos, Frutas, Feijão, Leite ou iogurte, considerados marcadores do consumo saudável; Frituras, Embutidos, Biscoitos salgados, Doces e Refrigerantes, considerados marcadores do consumo não saudável. Os grupos foram classificados de acordo com a NOVA Classificação dos Alimentos em alimentos in natura ou minimamente processados e alimentos ultraprocessados. Aplicou-se o teste Kruskal-Wallis para avaliar relação entre o consumo alimentar materno com peso ao nascer do recém-nascido. Para fins de significância estatística, considerou-se p-valor<0,05 nas análises. Resultados: A maioria das gestantes era solteira (79,8%), multípara (62,6%), possuía baixo nível de escolaridade (71,5%) e realizou parto normal (76,8%). A maioria (57,3%) dos recém-nascidos nasceu com peso normal, 13,5% apresentaram baixo peso ao nascer. Não houve relação entre peso ao nascer do recém-nascido com idade materna, número de gestações e ganho de peso materno. Avaliando o consumo na última semana dos alimentos in natura ou minimamente processados, 85,6% das gestantes consumiram frequentemente Feijão e 60,6% das gestantes utilizaram Leite ou iogurte. Entre os alimentos ultraprocessados, a maioria das gestantes consumiu frequentemente Doces (73,7%), Refrigerantes (71,7%), Embutidos (65,7%), Biscoitos salgados (63,6%) e Frituras (55,6%). Observou-se relação significativa entre o consumo de Embutidos (p=0,02) e Doces (p=0,04) por gestantes que apresentaram recém-nascidos com baixo peso ao nascer. O consumo de Embutidos mostrou chance mais elevada do recém-nascido apresentar baixo peso ao nascer, conforme aumenta a ingestão deste alimento (OR 1,46; IC95% 1,02-2,10). Conclusões: As gestantes consumiam frequentemente tanto alimentos in natura ou minimamente processados quanto alimentos ultraprocessados. O consumo frequente de alimentos ultraprocessados, como os Embutidos, aumenta a chance do recém-nascido apresentar baixo peso ao nascerIntroduction: Birth weight is an important indicator of infant morbidity and mortality, especially during the first year of life. The newborn with low birth weight is the one born with a weight below 2,500 g. The maternal diet has been related to variations in birth weight. Objective: To investigate the relation of the diet of pregnant women with the birth weight of the newborns. Methods: A cross-sectional, descriptive and analytical study was carried out with 99 pregnant women aged 16 to 44 years old, attended in the Hospital Maternidade Herculano Pinheiro, Rio de Janeiro. Data were collected through medical records, pregnant woman's book and general information questionnaire. The Food Consumption Markers Form, recommended by the Brazilian Food and Nutrition Monitoring System, was used to evaluate the maternal weekly consumption of ten food groups: Raw Salad, Cooked Vegetables, Fruits, Beans, Milk or Yogurt, considered markers of healthy consumption; Fried foods, Sausages, Salted biscuits, Sweets and Soft Drinks, considered markers of unhealthy consumption. The groups were classified according to the New Food Classification in in natura or minimally processed foods and ultraprocessed foods. The Kruskal-Wallis test was applied to evaluate the relationship between maternal food intake and birth weight of the newborn. For the purposes of statistical significance, p-value <0.05 was considered in the analyzes. Results: The majority of the pregnant women were single (79.8%), multiparous (62.6%), had low educational level (71.5%) and had a normal birth (76.8%). The majority (57.3%) of the newborns were born with normal weight, 13.5% presented low birth weight. There was no relationship between birth weight of the newborn with maternal age, number of pregnancies and maternal weight gain. Evaluating consumption in the last week of in natura or minimally processed foods, 85.6% of the pregnant women frequently consumed Beans and 60.6% of the pregnant women used Milk or yogurt. Among ultraprocessed foods, most pregnant women consumed Sweets (73.7%), Soft Drinks (71.7%), Sausages (65.7%), Salted biscuits (63.6%) and Fried foods (55.6%). There was a significant relationship between the consumption of Sausages (p=0.02) and Sweets (p=0.04) by pregnant women that had newborns with low birth weight. The consumption of Sausages showed a higher chance of the newborn presenting low birth weight, as the food intake increases (OR 1.46, 95%IC 1.02-2.10). Conclusions: Pregnant women frequently consumed both in natura or minimally processed foods as well as ultraprocessed foods. Frequent consumption of ultraprocessed foods, such as Sausages, increases the chance of the newborn having low birth weightAzeredo, Vilma Blondet deFerreira, Daniele MendonçaHuguenin, Grazielle Vilas-BoasRibas, Simone AugustaSilva, Alexandra Anastacio MonteiroRodrigues, Beatriz Borges Bérgamo Esteves2018-12-06T09:28:33Z2018-12-06T09:28:33Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/7982openAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-09-15T20:32:53Zoai:app.uff.br:1/7982Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202021-09-15T20:32:53Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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description Introdução: O peso ao nascer é indicador importante da morbimortalidade infantil, principalmente durante o primeiro ano de vida. O recém-nascido com baixo peso ao nascer é aquele nascido com peso inferior a 2.500 g. A dieta materna tem sido relacionada às variações do peso ao nascer. Objetivo: Investigar a relação da dieta de gestantes com o peso ao nascer dos recém-nascidos. Métodos: Estudo transversal, descritivo e analítico com 99 gestantes de 16 a 44 anos, atendidas no Hospital Maternidade Herculano Pinheiro, Rio de Janeiro. Coletaram-se dados através de prontuário, caderneta da gestante e questionário de informações gerais. Aplicou-se o Formulário de Marcadores do Consumo Alimentar, do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, para avaliar o consumo semanal materno de dez grupos alimentares: Salada crua, Legumes e verduras cozidos, Frutas, Feijão, Leite ou iogurte, considerados marcadores do consumo saudável; Frituras, Embutidos, Biscoitos salgados, Doces e Refrigerantes, considerados marcadores do consumo não saudável. Os grupos foram classificados de acordo com a NOVA Classificação dos Alimentos em alimentos in natura ou minimamente processados e alimentos ultraprocessados. Aplicou-se o teste Kruskal-Wallis para avaliar relação entre o consumo alimentar materno com peso ao nascer do recém-nascido. Para fins de significância estatística, considerou-se p-valor<0,05 nas análises. Resultados: A maioria das gestantes era solteira (79,8%), multípara (62,6%), possuía baixo nível de escolaridade (71,5%) e realizou parto normal (76,8%). A maioria (57,3%) dos recém-nascidos nasceu com peso normal, 13,5% apresentaram baixo peso ao nascer. Não houve relação entre peso ao nascer do recém-nascido com idade materna, número de gestações e ganho de peso materno. Avaliando o consumo na última semana dos alimentos in natura ou minimamente processados, 85,6% das gestantes consumiram frequentemente Feijão e 60,6% das gestantes utilizaram Leite ou iogurte. Entre os alimentos ultraprocessados, a maioria das gestantes consumiu frequentemente Doces (73,7%), Refrigerantes (71,7%), Embutidos (65,7%), Biscoitos salgados (63,6%) e Frituras (55,6%). Observou-se relação significativa entre o consumo de Embutidos (p=0,02) e Doces (p=0,04) por gestantes que apresentaram recém-nascidos com baixo peso ao nascer. O consumo de Embutidos mostrou chance mais elevada do recém-nascido apresentar baixo peso ao nascer, conforme aumenta a ingestão deste alimento (OR 1,46; IC95% 1,02-2,10). Conclusões: As gestantes consumiam frequentemente tanto alimentos in natura ou minimamente processados quanto alimentos ultraprocessados. O consumo frequente de alimentos ultraprocessados, como os Embutidos, aumenta a chance do recém-nascido apresentar baixo peso ao nascer
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