Feeding practices of low birth weight Brazilian infants and associated factors
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng por |
Título da fonte: | Revista de Saúde Pública |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/166046 |
Resumo: | OBJETIVO: Caracterizar a alimentação complementar e analisar a influência de fatores individuais e contextuais sobre práticas alimentares de lactentes que nasceram com baixo peso. MÉTODOS: Este estudo transversal incluiu 2.370 lactentes nascidos com baixo peso e com idade entre 6 e 12 meses incluídos na Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno em Municípios Brasileiros (2008), que abrangeu as 26 capitais, o Distrito Federal e mais 37 municípios. As práticas alimentares foram avaliadas usando dois indicadores: i) diversidade alimentar, caracterizada pelo consumo dos cinco grupos alimentares: carnes, feijão, legumes e verduras, frutas e leite; ii) consumo de alimentos ultraprocessados, caracterizado pela ingestão de pelo menos um dos seguintes alimentos no dia anterior à pesquisa: refrigerante, ou suco industrializado, ou bolacha, biscoito e salgadinho. As covariáveis de interesse corresponderam às características socioeconômicas, dos lactentes, das mães e dos serviços de saúde. O fator contextual foi a “prevalência municipal de desnutrição infantil”. O efeito individualizado dos fatores de estudo sobre os desfechos foi avaliado mediante regressão de Poisson com estrutura multinível. RESULTADOS: Aproximadamente 59% dos lactentes consumiram alimentos ultraprocessados, enquanto 29% apresentaram diversidade alimentar. Mães que residiam em municípios com prevalência de desnutrição infantil inferior a 10%, com maior nível de escolaridade e que trabalhavam fora de casa foram mais propensas a oferecer diversidade alimentar. O consumo de alimentos ultraprocessados foi maior entre lactentes residentes em municípios com prevalência de desnutrição infantil inferior a 10%, cujas mães eram mais jovens e multíparas. CONCLUSÕES: A baixa prevalência de alimentação diversa aliada à alta prevalência do consumo de alimentos ultraprocessados caracteriza a baixa qualidade da alimentação dos lactentes brasileiros com baixo peso ao nascer. Fatores individuais e contextuais impactam a qualidade da alimentação dessa população, sugerindo a necessidade de adoção de estratégias eficazes para aumentar o consumo de alimentos in natura e minimamente processados e diminuir o consumo de alimentos ultraprocessados por esta população vulnerável. |
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As práticas alimentares foram avaliadas usando dois indicadores: i) diversidade alimentar, caracterizada pelo consumo dos cinco grupos alimentares: carnes, feijão, legumes e verduras, frutas e leite; ii) consumo de alimentos ultraprocessados, caracterizado pela ingestão de pelo menos um dos seguintes alimentos no dia anterior à pesquisa: refrigerante, ou suco industrializado, ou bolacha, biscoito e salgadinho. As covariáveis de interesse corresponderam às características socioeconômicas, dos lactentes, das mães e dos serviços de saúde. O fator contextual foi a “prevalência municipal de desnutrição infantil”. O efeito individualizado dos fatores de estudo sobre os desfechos foi avaliado mediante regressão de Poisson com estrutura multinível. RESULTADOS: Aproximadamente 59% dos lactentes consumiram alimentos ultraprocessados, enquanto 29% apresentaram diversidade alimentar. Mães que residiam em municípios com prevalência de desnutrição infantil inferior a 10%, com maior nível de escolaridade e que trabalhavam fora de casa foram mais propensas a oferecer diversidade alimentar. O consumo de alimentos ultraprocessados foi maior entre lactentes residentes em municípios com prevalência de desnutrição infantil inferior a 10%, cujas mães eram mais jovens e multíparas. CONCLUSÕES: A baixa prevalência de alimentação diversa aliada à alta prevalência do consumo de alimentos ultraprocessados caracteriza a baixa qualidade da alimentação dos lactentes brasileiros com baixo peso ao nascer. Fatores individuais e contextuais impactam a qualidade da alimentação dessa população, sugerindo a necessidade de adoção de estratégias eficazes para aumentar o consumo de alimentos in natura e minimamente processados e diminuir o consumo de alimentos ultraprocessados por esta população vulnerável.OBJECTIVE: To characterize complementary feeding and to analyze the influence of individual and contextual factors on dietary practices of low birth weight infants. METHODS: This cross-sectional study included 2,370 low birth weight infants aged 6 to 12 months included in the Breastfeeding Prevalence Survey in Brazilian Municipalities (2008), which covered the 26 state capitals, the Federal District and 37 municipalities. Dietary practices were assessed using two indicators: I) dietary diversity, characterized by the consumption of five food groups: meat, beans, vegetables, fruit and milk; II) consumption of ultra-processed foods, characterized by the ingestion of at least one of the following foods on the day prior to the survey: soda, or processed juice, or cookie, cracker and crisps. The covariates of interest were the socioeconomic characteristics of infants, mothers and health services. The contextual factor was the “municipal prevalence of child undernutrition.” The individualized effect of the study factors on outcomes was assessed by multilevel Poisson regression. RESULTS: Approximately 59% of infants consumed ultra-processed foods, while 29% had diverse feeding. Mothers living in municipalities with child undernutrition prevalence below 10%, with higher education and working outside the home were more likely to offer dietary diversity. Consumption of ultra-processed foods was higher among infants living in municipalities with child undernutrition prevalence below 10%, whose mothers were younger and multiparous. CONCLUSIONS: The low prevalence of diverse feeding combined with the high prevalence of ultra-processed food consumption characterizes the low quality of feeding of low birth weight Brazilian infants. Individual and contextual factors impact the feeding quality of this population, suggesting the need for effective strategies to increase the consumption of fresh and minimally processed foods and decrease the consumption of ultra-processed foods by this vulnerable population.Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2020-01-27info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfapplication/xmlhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/16604610.11606/s1518-8787.2020054001028Revista de Saúde Pública; Vol. 54 (2020); 14Revista de Saúde Pública; Vol. 54 (2020); 14Revista de Saúde Pública; v. 54 (2020); 141518-87870034-8910reponame:Revista de Saúde Públicainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPengporhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/166046/158917https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/166046/158918https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/166046/158919Copyright (c) 2020 Revista de Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessOrtelan, NaiáNeri, Daniela AlmeidaBenicio, Maria Helena D’Aquino2020-02-03T02:11:43Zoai:revistas.usp.br:article/166046Revistahttps://www.revistas.usp.br/rsp/indexONGhttps://www.revistas.usp.br/rsp/oairevsp@org.usp.br||revsp1@usp.br1518-87870034-8910opendoar:2020-02-03T02:11:43Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)false |
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