Associação entre as medidas de perímetro localizadas na região abdominal e o tecido adiposo visceral em idosas

• Autor(a) principal: Santos, Thalyta dos Anjos
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/24728
• topic: Idosas. Composição corporal. Massa gorda. Tecido adiposo visceral. Antropometria. Perímetros.; Envelhecimento; Composição corporal; Antropometria; Ganho de peso; Gordura abdominal; Tecido Adiposo Abdominal; Elderly. Body Composition. Fat Mass. Visceral Adipose Tissue. Anthropometry. Perimeters

O processo de envelhecimento é caracterizado pela ocorrência de modificações na composição corporal, como a diminuição da massa livre de gordura (MLG) e aumento e redistribuição da massa gorda (MG), podendo ocorrer um maior acúmulo de tecido adiposo visceral (TAV). O acúmulo deste é considerado preditor de mortalidade associado à obesidade. O presente estudo teve por objetivo investigar a associação entre as medidas de perímetros localizados na região abdominal e o tecido adiposo visceral e o tecido adiposo subcutâneo total em idosas. Para realização do mesmo foi utilizado um banco de dados de dois projetos anteriores, nos quais foram realizadas medidas antropométricas, incluindo massa corporal total, estatura e perímetros localizados na região abdominal e avaliação da composição corporal por meio da absorciometria de raio-x de dupla energia (DXA), onde foi possível determinar a quantidade de MG, de TAV na região androide e tecido adiposo subcutâneo total (TASt). Análises de correlação de Pearson e regressão linear foram realizadas para avaliar as associações entre as medidas de perímetro e o TAV e TASt. Foram avaliados dados de 148 mulheres com idade média de 70 ± 6 anos, IMC médio de 28,52 ± 5,40 kg/m2 e percentual de MG médio de 40,21 ± 6,27 %. Foi observada uma prevalência de obesidade de 35,8 % de acordo com o IMC e de 52,7 % (%MG ≥ 40%) de acordo com o percentual de massa gorda. De acordo com o perímetro de cintura (PC), 56,1 % das idosas apresentaram risco para complicações metabólicas e cardiovasculares. Todas as medidas de perímetros apresentaram associações positivas e significativas (p<0,05) com o TAV, TASt e MG androide, mas as forças de associação foram modificadas em função da idade, estado nutricional e percentual de gordura das participantes. As análises de regressão, considerando o TAV e o TASt como variáveis dependentes e as medidas de perímetro localizadas na região abdominal como variáveis independentes mostraram que a medida de perímetro realizada na região mais estreita do tronco foi a única que se manteve no modelo de predição da variação de TAV (r2 ajustado>0,675) e a medida de perímetro abdominal (PA) foi única que se manteve no modelo de predição da variação de TASt (r2 ajustado>0,852). Em conjunto os resultados do presente estudo mostraram que a força das associações entre as medidas de perímetros e os parâmetros de gordura avaliados pelo DXA sofreu influência da idade, estado nutricional e percentual de MG. Além disso, dentre as medidas investigadas, a medida de perímetro realizada na região mais estreita do tronco foi melhor preditora de TAV e o perímetro abdominal (PA) preditor de TASt nas idosas.