Estudo de colonização nasal por Staphylococcus aureus e Staphylococcus aureus resistente a meticilina em crianças com varicela atendidas em quatro hospitais públicos do município do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Albuquerque, Maria Isabel Brandão Pires e
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11060
Resumo: A varicela é uma doença comum da infância altamente infecciosa. A maioria dos casos ocorre na primavera. As complicações mais frequentes decorrem de infecções bacterianas secundárias. A incidência de infecções bacterianas graves de pele, comumente causadas por Staphylococcus aureus (S. aureus) vem aumentando, sendo a maior causa de internação dessas crianças. A varicela é endêmica no Brasil, que até o final de 2012 ainda não disponibilizava a vacina no sistema público de saúde. O isolamento de cepas de Staphylococcus aureus de origem comunitária resistente a meticilina (CA-MRSA) em pacientes pediátricos com infecção de pele e tecido subcutâneo na última década vem aumentando. Evidências demonstram que indivíduos colonizados por S. aureus possuem maior chance de desenvolver infecção por este agente. O objetivo do presente estudo foi avaliar a prevalência de colonização nasal por S. aureus e Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA) em pacientes pediátricos com varicela atendidos em quatro hospitais públicos do município do Rio de Janeiro, entre agosto e dezembro de 2012, utilizando métodos microbiológicos e moleculares para caracterizar as amostras, e identificar os possíveis fatores de associação à colonização nasal por este patógeno. Trata-se de estudo de corte transversal, com pacientes selecionados através de amostra por conveniência. A coleta nasal foi realizada por rotação de suabe estéril no vestíbulo anterior, sendo as amostras de S. aureus submetidas ao teste de sensibilidade a oxacilina e cefoxitina por disco-difusão. Nas amostras de S. aureus foram pesquisados os genes lukS-PV e lukF-PV por reação em cadeia da polimerase (PCR). Nas amostras de MRSA foram pesquisados os genes mecA por PCR e a tipagem do cassete cromossômico estafilocócico (SCCmec) por PCR multiplex. Nos 55 pacientes participantes a mediana de idade foi de 3 anos de vida (intervalo interquartil=IIQ: 1,6-5) e 61,8% (34/55) pertenciam ao sexo masculino. Os percentuais de colonização nasal por S. aureus e MRSA foram, respectivamente, 34,5% (19/55) e 7,3% (4/55). Todas as amostras de MRSA apresentavam o gene mecA e SCCmec tipo IV (característico do CA-MRSA) e nenhuma de S. aureus apresentou os genes lukS-PV e lukF-PV. Dezenove de 55 pacientes (34,5%) apresentavam sinais de infecção secundária; destes, 11/19 (57,9%) eram colonizados por S. aureus sendo 9/19 (45%) por Staphylococcus aureus sensível a meticilina (MSSA) e 2/19 (10,5%) por MRSA. Os pacientes internados com infecção secundária e colonizados por MRSA apresentaram maiores escore PRISM medianos em relação aos não colonizados (4,3% e 0,7% respectivamente). A análise bivariada demonstrou associação entre colonização por S. aureus e: sexo masculino [p=0,046, OR:3,78 (IC95%:1,05-13,60)], complicações decorrentes do VZV ou de infecção bacteriana secundária [p=0,022, OR:3,80 (IC95%:1,18-11,92)], complicações infecciosas bacterianas [p=0,012, OR:4,33 (IC95%:1,34-14,00)], pacientes apresentando infecção de pele [p=0,008, OR:4,90 (IC95%:1,50-16,40)], uso de antimicrobianos em geral [p=0,022, OR:3,75 (IC95%:1,18-11,92)] e betalactâmicos durante o quadro de varicela [p=0,006, OR:5,06 (IC95%:1,54-16,69)], internação [p=0,041, OR:3,38 (IC95%:1,04-10,98)] e familiar que trabalha na área da saúde [p=0,043, OR:3,06 (IC95%:2,07-4,52)]. O CA-MRSA encontra-se presente em quantidade significativa em ambiente comunitário no município do Rio de Janeiro, estando associado a quadros de maior gravidade em pacientes pediátricos com varicela
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O isolamento de cepas de Staphylococcus aureus de origem comunitária resistente a meticilina (CA-MRSA) em pacientes pediátricos com infecção de pele e tecido subcutâneo na última década vem aumentando. Evidências demonstram que indivíduos colonizados por S. aureus possuem maior chance de desenvolver infecção por este agente. O objetivo do presente estudo foi avaliar a prevalência de colonização nasal por S. aureus e Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA) em pacientes pediátricos com varicela atendidos em quatro hospitais públicos do município do Rio de Janeiro, entre agosto e dezembro de 2012, utilizando métodos microbiológicos e moleculares para caracterizar as amostras, e identificar os possíveis fatores de associação à colonização nasal por este patógeno. Trata-se de estudo de corte transversal, com pacientes selecionados através de amostra por conveniência. 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Dezenove de 55 pacientes (34,5%) apresentavam sinais de infecção secundária; destes, 11/19 (57,9%) eram colonizados por S. aureus sendo 9/19 (45%) por Staphylococcus aureus sensível a meticilina (MSSA) e 2/19 (10,5%) por MRSA. Os pacientes internados com infecção secundária e colonizados por MRSA apresentaram maiores escore PRISM medianos em relação aos não colonizados (4,3% e 0,7% respectivamente). A análise bivariada demonstrou associação entre colonização por S. aureus e: sexo masculino [p=0,046, OR:3,78 (IC95%:1,05-13,60)], complicações decorrentes do VZV ou de infecção bacteriana secundária [p=0,022, OR:3,80 (IC95%:1,18-11,92)], complicações infecciosas bacterianas [p=0,012, OR:4,33 (IC95%:1,34-14,00)], pacientes apresentando infecção de pele [p=0,008, OR:4,90 (IC95%:1,50-16,40)], uso de antimicrobianos em geral [p=0,022, OR:3,75 (IC95%:1,18-11,92)] e betalactâmicos durante o quadro de varicela [p=0,006, OR:5,06 (IC95%:1,54-16,69)], internação [p=0,041, OR:3,38 (IC95%:1,04-10,98)] e familiar que trabalha na área da saúde [p=0,043, OR:3,06 (IC95%:2,07-4,52)]. O CA-MRSA encontra-se presente em quantidade significativa em ambiente comunitário no município do Rio de Janeiro, estando associado a quadros de maior gravidade em pacientes pediátricos com varicelaEste trabalho foi realizado com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESVaricella is a common childhood disease highly infectious. Most cases occur during spring. The most common complications are due to secondary bacterial infections. The incidence of serious bacterial infections of the skin, usually caused by Staphylococcus aureus (S. aureus), has increased, becoming the leading cause of hospitalization in these children. Varicella is endemic in Brazil, and until the end of 2012, the vaccine was not available in the Public Health System. Isolation of strains of Community-associated methicillin-resistant Staphylococcus aureus (CA-MRSA) in pediatric patients with infection of skin and subcutaneous tissue has been increasing. Evidence has shown that individuals colonized with S. aureus have a higher chance of developing infection. The aim of this study was to evaluate the prevalence of nasal colonization by S. aureus and methicillin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA) in pediatric patients with varicella assisted in four public hospitals in the city of Rio de Janeiro, between August and December 2012, using microbiological and molecular methods to characterize the samples, and to identify factors associated with nasal colonization with this pathogen. This is a cross-sectional study with patients selected through convenience sample. The collection was performed by sterile swab rotation in the anterior nasal vestibule and the samples of S. aureus to test for sensitivity to oxacillin and cefoxitin by disk diffusion method. All strains of S. aureus were surveyed genes lukS-PV and PV-lukF by polymerase chain reaction (PCR). In the samples of MRSA were performed resistance genes (mecA) by PCR and typing of staphylococcal cassette chromosome (SCCmec) by multiplex PCR. The median age of the 55 participants was 3 years old (IQR: 1.6-5.0), and 61.8% (34/55) were male. The percentage of nasal colonization by S. aureus and MRSA were, respectively, 34.5% (19/55) and 7.3% (4/55). None of the samples had genes lukS-PV and PV- lukF. All MRSA samples had the gene mecA and SCCmec type IV (characteristic of CA-MRSA). Nineteen patients (34.5%) had clinical signs of secondary infection; 57.9% (11/19) were colonized with S. aureus; 45% (9/19) with methicillin-sensitive Staphylococcus aureus (MSSA) and 10.5% (2/19) with MRSA. Hospitalized patients with secondary infection and colonized with MRSA had higher median PRISM score than the others (respectively 4.3% and 0.7%). Bivariate analysis showed an association between colonization by S. aureus and male gender [p=0.046, OR: 3.78 (95%CI:1.05-13.60)], complications of VZV or secondary bacterial infection [p=0.022, OR: 3.80 (95%CI:1.18–11.92)], bacterial infectious complications [p=0.012, OR: 4.33 (95%CI:1.34 – 14.00)], patients with skin infection [p=0.008, OR: 4.90 (95%CI:1,50 - 16 , 40 )], use of antibiotics [p = 0.022, OR: 3.75 (95%CI:1.18 -11.92)] beta-lactams use [p = 0.006, OR: 5.06 (95%CI:1.54–16.69)], hospitalization [p = 0.041 , OR: 3.38 (95%CI:1.04 – 10.98 )] and family who works in health care facility [p = 0.043, OR: 3.06 (95%CI:2.07–4.52)]. CA-MRSA is present in significant amounts in the city of Rio de Janeiro and is associated with more severe cases in pediatric patients with varicella99fNiteróiCardoso, Claudete Aparecida AraújoCoca Velarde, Luis GuillermoHerdy, Gesmar Volga HaddadDiniz, Lilian Martins OliveiraAlves, Fábio Aguiarhttp://lattes.cnpq.br/7395716420477585http://lattes.cnpq.br/2674509595570040http://lattes.cnpq.br/7912841775695894http://lattes.cnpq.br/3333782223605106http://lattes.cnpq.br/0177649973167740Albuquerque, Maria Isabel Brandão Pires e2019-08-30T14:55:44Z2019-08-30T14:55:44Z2013info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfALBUQUERQUE, Maria Isabel Brandão Pires e. Estudo de colonização nasal por Staphylococcus aureus e Staphylococcus aureus resistente a meticilina em crianças com varicela atendidas em quatro hospitais públicos do município do Rio de Janeiro. 2013. 99 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas) - Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2013.https://app.uff.br/riuff/handle/1/11060Aluno de Mestradohttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2023-04-25T17:16:17Zoai:app.uff.br:1/11060Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202023-04-25T17:16:17Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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