Determinantes de saúde e associação com transtornos menais comuns entre homens de cidade do interior do Estado de São Paulo - SP

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Felipe dos Santos
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/23241
http://dx.doi.org/10.22409/PPGSC.2020.m.13060231737
Resumo: Introdução: os determinantes sociais de saúde são condições em que as pessoas nascem, vivem, trabalham e morrem. O público masculino possui vulnerabilidades importantes que podem afetar seu processo saúde-doença. Nesse contexto, os transtornos mentais comuns (TMC) são grupo de distúrbios com sintomatologia difusa, precipitante de doenças mentais mais severas e com importante prevalência, pouco detectados e estudados. Objetivo: investigar aspectos relacionados a determinantes sociais de saúde e sua possível relação com TMC. Método: pesquisa epidemiológica observacional, seccional. A amostra composta de 370 homens, residentes em município do interior do estado de São Paulo. Foi utilizado questionário estruturado com perguntas abertas e fechadas, contendo versão reduzida do Self Reporting Questionnaire (SRQ-20), Escala de Apoio Social (MOS-SSS) desenvolvida para o Medical Outcomes Study (MOS-SSS). Para análise dos dados, foi utilizado o software Statistical Package for the Social Sciences® 21. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Medicina do Hospital Universitário da Universidade Federal Fluminense. Resultados: a prevalência global de suspeição para os TMC encontrada foi de 20%. Com a realização de análise bivariada, foi encontrada associação estatística para: desemprego (p=0,003); poucas refeições ao dia (p=0,000); consumir de industrializados (p=0,033); tabagismo (p=0,000); drogadição (p=0,000); uso de práticas integrativas e complementares em saúde (p=0,001); ter realizado alguma vez aferição de glicemia (p=0,011); ter poucos amigos (p=0,012); percepção de sono ruim (p=0,000); índice cintura quadril até 0,90 (p=0,042); ter baixo e moderada percepção de apoio social (p=0,000); dificuldades de ir aos serviços de saúde (p=0,049). Após aplicação de modelo de regressão logística múltipla binária, mantiveram associação para o desfecho: drogadição (RP= 2,91, IC95%=1,517-5,611); tabagismo (RP= 2,24, IC95%=1,244-4,067); realização de práticas integrativas (RP=2,311, IC95%=1,201-4,448); percepção de sono ruim (RP= 3,31, IC95%=1,866-5,882). Conclusão: a prevalência para o desfecho estudado foi inferior a de estudos realizados com amostras masculinas. Foram observadas vulnerabilidades como a baixa escolaridade, desemprego e renda baixa. Também foi observada pouca busca por hábitos de prevenção em saúde e autocuidado, sedentarismo, hábitos alimentares irregulares e busca pelos serviços de saúde para urgências. O discurso das políticas de saúde voltado ao público masculino deve ser efetivado no campo prático, com ênfase à promoção da saúde mental e reconhecimento dos transtornos mentais comuns como importante problema de saúde, no campo da saúde coletiva.
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A amostra composta de 370 homens, residentes em município do interior do estado de São Paulo. Foi utilizado questionário estruturado com perguntas abertas e fechadas, contendo versão reduzida do Self Reporting Questionnaire (SRQ-20), Escala de Apoio Social (MOS-SSS) desenvolvida para o Medical Outcomes Study (MOS-SSS). Para análise dos dados, foi utilizado o software Statistical Package for the Social Sciences® 21. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Medicina do Hospital Universitário da Universidade Federal Fluminense. Resultados: a prevalência global de suspeição para os TMC encontrada foi de 20%. Com a realização de análise bivariada, foi encontrada associação estatística para: desemprego (p=0,003); poucas refeições ao dia (p=0,000); consumir de industrializados (p=0,033); tabagismo (p=0,000); drogadição (p=0,000); uso de práticas integrativas e complementares em saúde (p=0,001); ter realizado alguma vez aferição de glicemia (p=0,011); ter poucos amigos (p=0,012); percepção de sono ruim (p=0,000); índice cintura quadril até 0,90 (p=0,042); ter baixo e moderada percepção de apoio social (p=0,000); dificuldades de ir aos serviços de saúde (p=0,049). Após aplicação de modelo de regressão logística múltipla binária, mantiveram associação para o desfecho: drogadição (RP= 2,91, IC95%=1,517-5,611); tabagismo (RP= 2,24, IC95%=1,244-4,067); realização de práticas integrativas (RP=2,311, IC95%=1,201-4,448); percepção de sono ruim (RP= 3,31, IC95%=1,866-5,882). Conclusão: a prevalência para o desfecho estudado foi inferior a de estudos realizados com amostras masculinas. Foram observadas vulnerabilidades como a baixa escolaridade, desemprego e renda baixa. Também foi observada pouca busca por hábitos de prevenção em saúde e autocuidado, sedentarismo, hábitos alimentares irregulares e busca pelos serviços de saúde para urgências. O discurso das políticas de saúde voltado ao público masculino deve ser efetivado no campo prático, com ênfase à promoção da saúde mental e reconhecimento dos transtornos mentais comuns como importante problema de saúde, no campo da saúde coletiva.Introduction: Social determinants of health are conditions in which people are born, live, work and die. The male audience has important vulnerabilities that can affect their health-disease process. In this context, common mental disorders (CMD) are a group of disorders with diffuse symptomatology, precipitant of more severe mental illnesses and with important prevalence, little detected and studied. Objective: to investigate aspects related to social determinants of health and its possible relation with CMD. Method: observational, sectional epidemiological research. The sample consisted of 370 men, living in a municipality in the interior of the state of São Paulo. A structured questionnaire was used with open and closed questions, containing a reduced version of the Self Reporting Questionnaire (SRQ-20), Social Outreach Scale (MOSSSS) developed for the Medical Outcomes Study (MOS-SSS). Statistical Package for the Social Sciences® 21 was used to analyze the data. The study was approved by the Ethics and Research Committee of the Faculty of Medicine of the Federal Fluminense University Hospital. Results: The overall prevalence of suspected CMD was 20%. With a bivariate analysis, a statistical association was found for: unemployment (p = 0.003); few meals a day (p = 0.000); consumed from industrialized countries (p = 0.033); smoking (p = 0.000); drug addiction (p = 0.000); use of integrative and complementary health practices (p = 0.001); have ever performed blood glucose measurements (p = 0.011); having few friends (p = 0.012); perception of poor sleep (p = 0.000); hip waist index up to 0.90 (p = 0.042); low and moderate perception of social support (p = 0.000); difficulties in going to health services (p = 0.049). After application of binary multiple logistic regression model, they maintained association for the outcome: drug addiction (PR = 2.91, 95% CI = 1,517-5,611); smoking (PR = 2.24, 95% CI = 1.244-4.067); realization of integrative practices (PR = 2,311, 95% CI = 1,201-4,448); perception of poor sleep (PR = 3.31, 95% CI = 1,866-5,882). Conclusion: the prevalence for the endpoint studied was lower than that of male studies. Vulnerabilities such as low schooling, unemployment and low income were observed. There was also little research on health and self-care prevention habits, sedentary lifestyle, irregular eating habits and health services for emergencies. The discourse of health policies aimed at the male public should be carried out in the practical field, with emphasis on the promotion of mental health and recognition of common mental disorders as an important health problem in the field of collective health105f.NiteróiSilva, Jorge Luiz Lima daSilva, Jorge Luiz Lima da SilvaSilva Júnior, Aluísio Gomes daTeixeira, Liliane ReisFerreira, Aldo PachecoRezende, Mônica dehttp://lattes.cnpq.br/5662194489797687http://lattes.cnpq.br/8243099229156246http://lattes.cnpq.br/8243099229156246http://lattes.cnpq.br/9187474194134055http://lattes.cnpq.br/5127688686676224http://lattes.cnpq.br/0942554454570321http://lattes.cnpq.br/4329936553803877Costa, Felipe dos Santos2021-09-16T19:22:19Z2021-09-16T19:22:19Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfCOSTA, Felipe dos Santos. Determinantes de saúde e associação com transtornos mentais comuns entre homens de cidade do interior de São Paulo – SP. 2019. 102 f. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Saúde Coletiva) - Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2019.https://app.uff.br/riuff/handle/1/23241Aluno de Mestradohttp://dx.doi.org/10.22409/PPGSC.2020.m.13060231737Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-09-16T19:22:19Zoai:app.uff.br:1/23241Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202021-09-16T19:22:19Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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