Saberes de jovens e adolescentes sobre o HPV e sua imunização
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/27782 |
Resumo: | Introdução: Os jovens representam a faixa etária mais acometida pelo Papilomavírus Humano (HPV), possuindo a maior taxa de prevalência de infecção por esse vírus, que é caracterizado como uma infecção sexualmente transmissível (IST) e considerado um problema de saúde pública devido à sua associação com o câncer de colo do útero. A iniciação da prática sexual pelos adolescentes no Brasil ocorre em média aos 15 anos de idade, com grande chance de múltiplos parceiros ao longo da vida. O Ministério da Saúde introduziu a vacina contra o HPV em 2014 para as meninas por meio do Programa Saúde na Escola (PSE); esperava-se atingir uma cobertura vacinal de 80% em todas as regiões brasileiras na primeira dose, entretanto obteve-se uma baixa cobertura vacinal (42%). Em 2017, quando começou a vacinação para os meninos, a cobertura vacinal foi bem aquém do esperado: um em cada cinco compareceu aos postos de vacinação. Com a pandemia da covid-19, essa cobertura foi reduzida não somente no Brasil, mas em todos os países que introduziram a vacina contra o HPV, e cerca de 1,6 milhões de meninas perderam a oportunidade de vacinação. Objetivo: Identificar os saberes de crianças e adolescentes cadastrados no Programa Médico de Família de Niterói, no módulo Viradouro, sobre o HPV e sua imunização. Métodos: Estudo transversal, com abordagem quantitativa e amostra aleatória. Utilizouse a base de dados PRIME do PMF Viradouro. Foram entrevistados 56 adolescentes de 14 a 17 anos e 66 crianças de 9 a 13 anos, separados em 2 grupos, sendo o grupo mais novo aquele com indivíduos de 9 a 13 anos e o grupo mais velho com indivíduos de 14 a 17 anos. Aplicou-se um questionário padronizado, utilizando-se como base as perguntas do artigo “Papilomavírus Humano (HPV) entre jovens: um sinal de alerta”, contendo questões referentes a quatro categorias. Resultados: Trinta e um adolescentes (52,5%), sendo 20 meninas e 11 meninos entre 14 e 17 anos, iniciaram sua vida sexual, com idade média da sexarca aos 13,75 anos. Destes, 64,5% não usaram preservativo no primeiro ato e continuaram não usando. No grupo mais novo, 1 menino iniciou sua vida sexual aos 12 anos, sem uso de preservativo, e continuou mantendo essa prática. Diante da arguição sobre o conhecimento acerca do HPV e sua transmissão, 100% do grupo mais novo não souberam responder o que significa HPV, enquanto no grupo mais velho o valor foi de 75%. Quanto ao conhecimento sobre a imunização contra HPV, 93% do grupo mais novo e 87% do grupo mais velho não souberam responder. Conclusão: As crianças e adolescentes da comunidade do Viradouro estão iniciando sua vida sexual precocemente. Dos 32 que iniciaram a vida sexual, mais da metade, 64,5%, foi de meninas. Vale salientar que, apesar dos vários meios de obtenção de informações, como Facebook, TV, WhatsApp, pais, amigos, escola, unidade de saúde, 79% e 44% do grupo mais novo e mais velho, respectivamente, não souberam informar/não tinham conhecimento sobre HPV. Sabe-se que a adolescência, fase de transição, de descoberta de sensações e prazeres, torna necessário que os profissionais de saúde se adequem à linguagem deles para melhor aceitação e interação. A escola e a unidade de saúde precisam se reinventar para absorver tal demanda. |
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Saberes de jovens e adolescentes sobre o HPV e sua imunizaçãoHPVPapilomavírus HumanoJovensAdolescentesImunizaçãoCultura popularPapillomavirus humanoAdolescenteImunizaçãoCultura popularHPVHuman PapillomavirusYouthAdolescentsImmunizationPopular cultureIntrodução: Os jovens representam a faixa etária mais acometida pelo Papilomavírus Humano (HPV), possuindo a maior taxa de prevalência de infecção por esse vírus, que é caracterizado como uma infecção sexualmente transmissível (IST) e considerado um problema de saúde pública devido à sua associação com o câncer de colo do útero. A iniciação da prática sexual pelos adolescentes no Brasil ocorre em média aos 15 anos de idade, com grande chance de múltiplos parceiros ao longo da vida. O Ministério da Saúde introduziu a vacina contra o HPV em 2014 para as meninas por meio do Programa Saúde na Escola (PSE); esperava-se atingir uma cobertura vacinal de 80% em todas as regiões brasileiras na primeira dose, entretanto obteve-se uma baixa cobertura vacinal (42%). Em 2017, quando começou a vacinação para os meninos, a cobertura vacinal foi bem aquém do esperado: um em cada cinco compareceu aos postos de vacinação. Com a pandemia da covid-19, essa cobertura foi reduzida não somente no Brasil, mas em todos os países que introduziram a vacina contra o HPV, e cerca de 1,6 milhões de meninas perderam a oportunidade de vacinação. Objetivo: Identificar os saberes de crianças e adolescentes cadastrados no Programa Médico de Família de Niterói, no módulo Viradouro, sobre o HPV e sua imunização. Métodos: Estudo transversal, com abordagem quantitativa e amostra aleatória. Utilizouse a base de dados PRIME do PMF Viradouro. Foram entrevistados 56 adolescentes de 14 a 17 anos e 66 crianças de 9 a 13 anos, separados em 2 grupos, sendo o grupo mais novo aquele com indivíduos de 9 a 13 anos e o grupo mais velho com indivíduos de 14 a 17 anos. Aplicou-se um questionário padronizado, utilizando-se como base as perguntas do artigo “Papilomavírus Humano (HPV) entre jovens: um sinal de alerta”, contendo questões referentes a quatro categorias. Resultados: Trinta e um adolescentes (52,5%), sendo 20 meninas e 11 meninos entre 14 e 17 anos, iniciaram sua vida sexual, com idade média da sexarca aos 13,75 anos. Destes, 64,5% não usaram preservativo no primeiro ato e continuaram não usando. No grupo mais novo, 1 menino iniciou sua vida sexual aos 12 anos, sem uso de preservativo, e continuou mantendo essa prática. Diante da arguição sobre o conhecimento acerca do HPV e sua transmissão, 100% do grupo mais novo não souberam responder o que significa HPV, enquanto no grupo mais velho o valor foi de 75%. Quanto ao conhecimento sobre a imunização contra HPV, 93% do grupo mais novo e 87% do grupo mais velho não souberam responder. Conclusão: As crianças e adolescentes da comunidade do Viradouro estão iniciando sua vida sexual precocemente. Dos 32 que iniciaram a vida sexual, mais da metade, 64,5%, foi de meninas. Vale salientar que, apesar dos vários meios de obtenção de informações, como Facebook, TV, WhatsApp, pais, amigos, escola, unidade de saúde, 79% e 44% do grupo mais novo e mais velho, respectivamente, não souberam informar/não tinham conhecimento sobre HPV. Sabe-se que a adolescência, fase de transição, de descoberta de sensações e prazeres, torna necessário que os profissionais de saúde se adequem à linguagem deles para melhor aceitação e interação. A escola e a unidade de saúde precisam se reinventar para absorver tal demanda.Introduction: Young people represent the age group most affected by Human Papilloma Virus (HPV), having the highest prevalence rate of infection by this virus, which is characterized as a sexually transmitted infection (STI) and is considered a public health problem due to its association with cervical cancer. The initiation of sexual practice by adolescents in Brazil occurs on average at 15 years of age, with a high chance of multiple partners throughout life. The Ministry of Health introduced the HPV vaccine in 2014 for girls through the Health at School Program (PSE); it was expected to reach an immunization coverage of 80% in all Brazilian regions in the first dose, however a low immunization coverage was obtained (42%). In 2017, when vaccination for boys began, vaccination coverage was well below expectations: one in five attended vaccination posts. With the covid-19 pandemic, this coverage was reduced not only in Brazil, but in all countries that introduced the vaccine against HPV, and about 1.6 million girls lost the opportunity for vaccination. Objective: To identify the knowledge of children and adolescents enrolled in the Niterói Family Doctor Program, in the Viradouro module, about HPV and its immunization. Methods: Cross-sectional study, with a quantitative approach and random sample. The PRIME database of the PMF Viradouro was used. Fifty-six adolescents aged 14 to 17 years and 66 children aged 9 to 13 years were interviewed, separated into 2 groups, the younger group being the one with individuals aged 9 to 13 years and the older group with individuals aged 14 to 17 years. A standardized questionnaire was applied, using as a basis the questions from the article “Human Papillomavirus (HPV) among young people: a warning sign”, containing questions referring to four categories. Results: Thirty-one adolescents (52.5%), 20 girls and 11 boys between 14 and 17 years old, started their sexual life with an average age of sexarch at 13.75 years old. Of these, 64.5% did not use a condom in the first intercourse and continued not using it. In the younger group, 1 boy started his sexual life at 12 years old, without using a condom, and continued this practice. Faced with the question about their knowledge about HPV and its transmission, 100% of the younger group could not answer what HPV means, while in the older group the value was 75%. As for their knowledge about immunization against HPV, 93% of the younger group and 87% of the older group could not answer the question. Conclusion: Children and adolescents in the Viradouro community are beginning their sexual lives at an early age. Of the 32 who started their sexual life, more than half, 64.5%, were girls. It is worth mentioning that, despite the various means of obtaining information, such as Facebook, TV, WhatsApp, parents, friends, school, health unit, 79% and 44% of the younger and older groups, respectively, did not know/had no knowledge about HPV. It is known that adolescence, a transition phase, of discovering sensations and pleasures, makes it necessary for health professionals to adapt to their language for better acceptance and interaction. The school and the health unit need to reinvent themselves to absorb such demand.46 f.Silva, André Ricardo Araújo dahttp://lattes.cnpq.br/7124639099068660Nascimento, Maria Isabel dohttp://lattes.cnpq.br/4960040418478016Hanzelmann, Renata da Silvahttp://lattes.cnpq.br/3509673451280153Berezin, Eitan Naamanhttp://lattes.cnpq.br/6922551354591164http://lattes.cnpq.br/2906052181262271Cunha, Mírian da Silva2023-02-02T14:08:52Z2023-02-02T14:08:52Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfCUNHA, Mírian da Silva. Saberes de jovens e adolescentes sobre o HPV e sua imunização. 2022. 46 f. 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