Condições de extração proteica e sua influência na resposta Inflamatória intestinal antígeno específica experimental

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Autor(a) principal: Soares, João Ricardo Almeida
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/34031
Resumo: INTRODUÇÃO: Durante a passagem pelo trato gastrintestinal o alimento é processado em diversas condições de pH e enzimas digestórias gerando moléculas cada vez menores de modo que possam ser absorvidas. Essa absorção, que ocorre sobretudo no sistema gastrintestinal – ambiente mais rico em linfócitos do organismo – impacta as células que o compões. Como consequência observamos reações imunomediadas diametralmente opostas, com ou sem inflamação, denominadas respectivamente de alergia alimentar e de tolerância de mucosa. Assim, conhecer fatores que influenciam a extração das proteínas alimentares, seu grau de antigenicidade e seus impactos na mucosa intestinal são importantes. HIPÓTESE CIENTÍFICA: A indução experimental da alergia alimentar ao amendoim é influenciada pelo perfil proteico do respectivo extrato. OBJETIVO: Analisar a influência das condições de extração proteica de amendoim no perfil antigênico, de sensibilização e resposta inflamatória intestinal antígeno específica experimental. MATERIAL E MÉTODOS: Extração proteica: foram utilizados três tampões com pH variando de ácido a alcalino (pH=2.6, 6.8 e 8.8) para a extração proteica de amendoim (Arachis hypogaea) gerando três extratos. Camundongos: Foram utilizados camundongos fêmeas das linhagens C57BL/6 e Balb/c com 8 semanas e cada linhagem foi dividida em 4 grupos, sendo 3 grupos sensibilizados e 1 grupo controle negativo (com n=6). Sensibilização - cada um dos grupos sensibilizados recebeu 100µg de um dos extratos de amendoim com (na primaria) ou sem (secundária) adjuvante (1mg de hidróxido de alumínio) e um grupo receberá apenas o veículo (salina) por via subcutânea. Desafio oral: todos receberam respectivamente uma dieta composta por amendoim ad libitum por no mínimo 30 dias. Os parâmetros avaliados foram: peso corporal; títulos de anticorpo IgG antiamendoim; parâmetros histomorfométricos das vilosidades intestinais (número de vilosidades, área, relações: altura / largura da vilosidade; leucócitos mononucleares intraepiteliais /enterócitos) e perfil linfocitário (CD4+, CD8+, CD19+, CD21+, CD25+ e Fosp3+) em linfonodos mesentéricos e baço (citometria). Os testes estatísticos Teste T de Student, a Análise de Variância ANOVA e pós-teste de Tukey ou Bonferroni com um N mínimo de 4 camundongos/grupo. RESULTADOS: A capacidade de extração proteica do amendoim e o perfil de bandas proteicas presentes no extrato variam conforme o pH. A intensidade das respostas IgG mediadas verificadas pelo ensaio imunoenzimático varia de acordo com o extrato utilizado na sensibilização e da linhagem de camundongo. Não há diferença significativa em relação ao perfil linfocitário e aos padrões histomorfométricos, após a dieta desafio, nos diversos grupos sensibilizados. CONCLUSÕES: O perfil proteico do extrato de amendoim é influenciado pelo pH do tampão de extração que por sua vez influencia na alergenicidade (reatividade humoral testada in vitro), no entanto o perfil linfocitário e o grau de inflamação intestinal não são influenciados pela forma de sensibilização quando o animal se alimenta da semente in natura. Como perspectiva será importante verificar a influência do consumo de extratos proteicos, a exemplo dos leites vegetais, na reatividade biológica.
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HIPÓTESE CIENTÍFICA: A indução experimental da alergia alimentar ao amendoim é influenciada pelo perfil proteico do respectivo extrato. OBJETIVO: Analisar a influência das condições de extração proteica de amendoim no perfil antigênico, de sensibilização e resposta inflamatória intestinal antígeno específica experimental. MATERIAL E MÉTODOS: Extração proteica: foram utilizados três tampões com pH variando de ácido a alcalino (pH=2.6, 6.8 e 8.8) para a extração proteica de amendoim (Arachis hypogaea) gerando três extratos. Camundongos: Foram utilizados camundongos fêmeas das linhagens C57BL/6 e Balb/c com 8 semanas e cada linhagem foi dividida em 4 grupos, sendo 3 grupos sensibilizados e 1 grupo controle negativo (com n=6). Sensibilização - cada um dos grupos sensibilizados recebeu 100µg de um dos extratos de amendoim com (na primaria) ou sem (secundária) adjuvante (1mg de hidróxido de alumínio) e um grupo receberá apenas o veículo (salina) por via subcutânea. Desafio oral: todos receberam respectivamente uma dieta composta por amendoim ad libitum por no mínimo 30 dias. Os parâmetros avaliados foram: peso corporal; títulos de anticorpo IgG antiamendoim; parâmetros histomorfométricos das vilosidades intestinais (número de vilosidades, área, relações: altura / largura da vilosidade; leucócitos mononucleares intraepiteliais /enterócitos) e perfil linfocitário (CD4+, CD8+, CD19+, CD21+, CD25+ e Fosp3+) em linfonodos mesentéricos e baço (citometria). Os testes estatísticos Teste T de Student, a Análise de Variância ANOVA e pós-teste de Tukey ou Bonferroni com um N mínimo de 4 camundongos/grupo. RESULTADOS: A capacidade de extração proteica do amendoim e o perfil de bandas proteicas presentes no extrato variam conforme o pH. A intensidade das respostas IgG mediadas verificadas pelo ensaio imunoenzimático varia de acordo com o extrato utilizado na sensibilização e da linhagem de camundongo. Não há diferença significativa em relação ao perfil linfocitário e aos padrões histomorfométricos, após a dieta desafio, nos diversos grupos sensibilizados. CONCLUSÕES: O perfil proteico do extrato de amendoim é influenciado pelo pH do tampão de extração que por sua vez influencia na alergenicidade (reatividade humoral testada in vitro), no entanto o perfil linfocitário e o grau de inflamação intestinal não são influenciados pela forma de sensibilização quando o animal se alimenta da semente in natura. Como perspectiva será importante verificar a influência do consumo de extratos proteicos, a exemplo dos leites vegetais, na reatividade biológica.INTRODUCTION: During the passage through the gastrointestinal tract food is processed under various pH conditions and digestive enzymes, generating smaller and smaller molecules so that they can be absorbed. Its absorption occurs in the richest environment in lymphocytes of the body impacting these cells. Therefore, we observe diametrically opposite immune mediated reactions, with or without inflammation, called food allergy and mucosal tolerance respectively. Thus, knowing the factors that influence the extraction of food proteins and the degree of antigenicity is important. SCIENTIFIC HYPOTHESIS: the experimental induction of food allergy to peanuts is influenced by the protein profile of the respective extract. OBJECTIVE: Analyze the influence of protein extraction conditions from peanuts on their antigenic profile and in sensitization and intestinal inflammatory response. MATERIALS AND METHODS: Protein extraction: three buffers with pH ranging from acid to alkaline (pH=2.6, 6.8 and 8.8) were used for protein extraction from peanut (Arachis hypogaea) generating three extracts. Sensitization - each group received 100µg of one of the peanut extracts with (primary) or without (secondary) adjuvant (1mg of aluminum hydroxide) and one group will receive only the vehicle (saline) subcutaneously. Animals: 8-week-old female mice of the C57BL/6 and Balb/c strains were used and each strain was divided into 4 groups (with n=6). Oral challenge - all groups received a diet consisting of peanuts ad libitum for at least 30 days. The evaluated parameters: body weight; anti-peanut IgG antibody titers; histomorphometric parameters of intestinal villi (number of villi, area, relationships: villus height / width; intraepithelial mononuclear leukocytes / enterocytes) and lymphocyte profile (CD4+, CD8+, CD19+, CD21+, CD25+ and FOXP3+) in mesenteric lymph nodes and spleen (cytometry). Statistical analysis: Student's T test, one way Analysis of Variance ANOVA with Tukey or Bonferroni post-test considering a minimum N of 5 animals/group. Results: Buffers with a pH between 2.6 and 8.8 showed a variation in the peanut protein extraction capacity and in the protein band profile. The intensity of the IgG-mediated responses verified by the immunoenzymatic assay varies according to the extract used in the sensitization. There is no significant difference regarding the lymphocyte profile and histomorphometric patterns between the sensitized experimental groups. Conclusions: The use of buffers with different pH influences the allergenicity and yield and profile of peanut extracts. The use of extracts with different protein profiles influences in vitro reactivity. The lymphocyte profile and the degree of intestinal inflammation in the sensitized groups are not influenced by the extracts used in the sensitization.145 f.Teixeira, Gerlinde Agate Platais BrasilSilva, Airton Pereira eVericimo, Mauricio AfonsoPedruzzi, Monique de Moraes BittetiPaiva, Luciana Souza deChamon, Raiane CardosoFreitas, William Rodrigues deSoares, João Ricardo Almeida2024-08-09T16:38:39Z2024-08-09T16:38:39Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfSOARES, João Ricardo Almeida. Condições de extração proteica e sua influência na resposta Inflamatória intestinal antígeno específica experimental. 2023. 145 f. Tese (Doutorado em Patologia) - Programa de Pós-Graduação em Patologia, Faculdade de Medicina, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2023.https://app.uff.br/riuff/handle/1/34031CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2024-08-09T16:38:44Zoai:app.uff.br:1/34031Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T10:49:21.635792Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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