Avaliação da eficácia e segurança do tratamento da síndrome genitourinária da menopausa por radiofrequência fracionada microablativa e estriol tópico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Torre, Priscila de Almeida
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/30118
Resumo: Contém ilustrações, tabelas e gráficos
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As terapias baseadas em energia, como os light amplification by stimulated emission of radiation (lasers) e a radiofrequência (RF), são alternativas, especialmente para mulheres com contraindicação ao uso hormonal. Entretanto, os tratamentos com energias ainda carecem de embasamento científico, podendo tornar-se opção para esses casos. Objetivo: Analisar a eficácia e a segurança da terapêutica da aplicação da radiofrequência fracionada microablativa (FRAXX) na mucosa vaginal e comparar com o uso de estriol tópico de mulheres com SGM. Material e Método: Ensaio clínico piloto, duplo-cego, randomizado, com placebo controlado. Foram avaliadas 30 mulheres com diagnóstico de SGM. Aplicaram-se os questionários de função sexual (Female Sexual Function Index – FSFI) e incontinência urinária (International Consultation on Incontinence Questionnaire Short Form – ICIQ-SF), além da avaliação do Índice de Saúde Vaginal (Vaginal Health Index – VHIS) e segurança do método, por meio da escala visual analógica (EVA). As avaliações ocorreram antes e um mês após o término do protocolo de tratamento, constituído por três sessões de FRAXX com intervalo de um mês entre as sessões. As participantes foram divididas em dois grupos, um com aplicação de estriol tópico por 21 dias de ataque e posteriormente três vezes por semana até completar três meses, juntamente com um pulso mensal placebo do FRAXX; e o outro grupo, com um pulso mensal de RF por três meses, junto com placebo de creme vaginal. Resultados: A idade média das participantes foi de 56,33 ± 7,10 (mínima 42 e máxima 69 anos), média da idade de início da menopausa de 44,70 ± 5,74 e tempo de menopausa com uma mediana de 10,00 anos e Q1; Q3 (4,00;16,00). Na avaliação de saúde vaginal através do VHIS, observou-se melhora global do pós-tratamento em ambos os grupos e em todas as variáveis, com destaque para a elasticidade, que teve melhora significativa entre as proporções, com uma elasticidade boa visível no grupo Estrogênio (antes do tratamento foi de 2.47 e após o tratamento passou para 3.80, com p-valor < 0.001), e integridade epitelial, com epitélio fino e não friável para o grupo FRAXX (antes do tratamento foi de 3.00 e após tratamento de 4.87, com p-valor < 0.001) e uma proporção normal no grupo Estrogênio. Durante a análise do questionário FSFI, obteve-se melhora na pontuação em todos os domínios do questionário de saúde sexual. Houve uma melhora global de uma mediana de 17,4 e 7,10 de escores para os grupos Estrogênio e FRAXX, respectivamente, para uma mediana de escore pós-tratamento de 29,6 e 24,3. Não houve diferença global pré e pós entre os grupos (mediana (Q1; Q3)) com 8,50 (0,50; 12,10)) para grupo Estrogênio e 13,6 (0,60; 18,7) com p-valor de 0,221. As queixas urinárias melhoraram de uma forma globalizada em ambos os grupos, com redução de escore mais significativa em todas as pacientes do grupo FRAXX, alcançando um escore ICIQ-SF pós (mediana (Q1; Q3)) 3,00 (0,00; 5,00) para o grupo Estrogênio e 0,00 (0,00; 0,00) para o grupo FRAXX, com p-valor de 0,071. Não foram constatados riscos ou efeitos colaterais significativos estatisticamente em nenhum dos grupos. Discussão: Ambos os grupos apresentaram melhora semelhante nos itens analisados para o tratamento da SGM. Os escores de qualidade sexual e incontinência urinária também foram semelhantes. Houve poucos eventos adversos nos dois grupos, e incluíram pequena dor vaginal e corrimento vaginal. Não foi relatado evento adverso grave. Conclusão: O uso do FRAXX demonstrou eficácia e segurança, com melhora em todos os itens subjetivos analisados e, comparado com o estriol tópico, não houve significância estatística entre os dois tratamentosIntroduction: The genitourinary syndrome of menopause (GMS) is a set of signs and symptoms resulting from alterations related to hypoestrogenism, due to ovarian failure, in the climacteric. It affects 24% to 84% of women in this phase, causing a major impact on quality of life and sexual function. Topical hormone treatment with estrogens is the first line treatment for moderate to severe signs and symptoms or when there are no adequate responses with the use of lubricants and moisturizers. Energy-based therapies, such as light amplification by stimulated emission of radiation (lasers) and radiofrequency (RF), are alternatives, especially for women with contraindications to hormone use. However, energy treatments still lack scientific basis, and may become an option for these cases. Objective: To analyze the efficacy and safety of the therapeutic application of microablative fractional radiofrequency (FRAXX) in the vaginal mucosa and compare it with the use of topical estriol in women with GMS. Material and Method: Pilot, double-blind, randomized, placebo-controlled clinical trial. Thirty women diagnosed with SGM were evaluated. Questionnaires on sexual function (Female Sexual Function Index – FSFI) and urinary incontinence (International Consultation on Incontinence Questionnaire Short Form – ICIQ-SF) were applied, in addition to the evaluation of the Vaginal Health Index (VHIS) and safety of the method, through the visual analogue scale (VAS). The evaluations took place before and one month after the end of the treatment protocol, consisting of three FRAXX sessions with an interval of one month between sessions. The participants were divided into two groups, one with application of topical estriol for 21 days of attack and then three times a week until completing three months, together with a monthly placebo pulse of FRAXX; and the other group, with a monthly pulse of RF for three months, along with a placebo vaginal cream. Results: The mean age of participants was 56.33 ± 7.10 (minimum 42 and maximum 69 years), mean age at onset of menopause was 44.70 ± 5.74 and time since menopause with a median of 10.00 years and Q1; Q3 (4.00;16.00). In the evaluation of vaginal health through the VHIS, there was a global improvement after treatment in both groups and in all variables, with emphasis on elasticity, in which there was a significant improvement between the proportions, with visible good elasticity in the Estrogen group (before treatment it was 2.47 and after treatment it was 3.80, with p value < 0.001), and on epithelial integrity with thin, non-friable epithelium for the FRAXX group (before treatment it was 3.00 and after treatment of 4.87, with p value < 0.001) and a normal ratio in the Estrogen group. During the analysis of the FSFI questionnaire, improvement in scores was obtained in all domains of the sexual health questionnaire. There was an overall improvement of a median of 17.4 and 7.10 scores for groups Estrogen and FRAXX, respectively, for a median score after treatment of 29.6 and 24.3. There was no overall pré and post difference between the groups (median (Q1; Q3)) with 8.50 (0.50; 12.10)) for group Estrogen and 13.6 (0.60; 18.7) with a p value of 0.221. Urinary complaints reduced globally in both groups, with a more significant score reduction in all patients in the FRAXX group, reaching an ICIQ-SF score pos (median (Q1; Q3)) 3.00 (0.00; 5.00) for group E and 0.00 (0.00; 0.00) for group FRAXX with p value of 0.071. No risks or side effects were found statistically significant in both groups. Discussion: Both groups showed similar improvement in the analyzed items for the treatment of MGS. Sexual quality and urinary incontinence scores were also similar. There were few adverse events in either group, and they included minor vaginal pain and vaginal discharge. No serious adverse event was reported. Conclusion: The use of FRAXX demonstrated efficacy and safety, with improvement in all subjective items analyzed and, compared with topical estriol, there was no statistical significance between the two treatments92 f.Fialho, Susana Cristina Aidé Vivianihttp://lattes.cnpq.br/3599851303319012Guimarães, Isabel Cristina Chulvis do Valhttp://lattes.cnpq.br/1963104885387212Braga Neto, Antonio Rodrigueshttp://lattes.cnpq.br/7557971069321691Faria, Carlos Augustohttp://lattes.cnpq.br/6615897014385920Melo, Yara Lucia Mendes Furtado dehttp://lattes.cnpq.br/8793530296401148http://lattes.cnpq.br/9194970916211801Torre, Priscila de Almeida2023-08-28T16:42:45Z2023-08-28T16:42:45Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfTORRE, Priscila de Almeida. Avaliação da eficácia e segurança do tratamento da síndrome genitourinária da menopausa por radiofrequência fracionada microablativa e estriol tópico. 2023. 92 f. 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