Associação entre a insegurança alimentar e aleitamento materno à alta de recém-nascidos de gestações de risco em um hospital universitário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cormack, Julliana Antunes
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Nascimento, Pamela Cristina Brito do
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/24733
Resumo: A insegurança alimentar (IA) assim como fatores sociais e clínicos que incidem na vida de uma mulher no período pré-gestacional e pré-natal podem definir os desfechos neonatais, incluindo a efetividade do aleitamento materno exclusivo (AME), que tem impactos na saúde do recém-nascido. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o AME nas primeiras horas de vida do recém-nascido (RN) atua como fator protetor e promotor da continuidade do AME após a alta hospitalar. O objetivo foi avaliar a presença do AME à alta hospitalar de RN de gestações de risco associada à IA e a fatores sociodemográficos e de saúde do binômio gestante-neonato. Este estudo tem caráter longitudinal e foi realizado com 138 mulheres e seus RN em Hospital Universitário (HU) da região metropolitana do Rio de Janeiro entre abril de 2017 e janeiro de 2020. Coletaram-se dados sociodemográficos e gestacionais em entrevista na primeira consulta pré-natal, bem como dados de saúde e alimentação dos RN, pós-parto, a partir dos prontuários. Aplicaram-se, em estudo de associação, regressões logísticas com distribuição em modelos hierárquicos, considerando nível de significância de 20% em cada nível e de 5% no modelo final. Análises estatísticas foram realizadas no programa Stata versão 13. Estiveram expostas a IA 57,8% das mulheres entrevistadas, dessas 18,8% com IA grave. Entre os neonatos, 80,4% nasceram a termo e 55,8% não receberam aleitamento materno (AM) ao nascimento. Em análises finais apenas a ausência do AM no puerpério imediato (OR=8,03; IC-95%: 2,1-20,5) e a presença de infecções congênitas no RN (OR=0,16; IC-95%: 0,04-0,7), demonstraram associação significativa com o AME na alta hospitalar. A exposição precoce ao leite materno no nascimento é, portanto, fator essencial para evolução favorável da alimentação de recém-nascidos.
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