Efeito da dieta da proteína no metabolismo ósseo em ratas Wistar adultas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Zoraide Nascimento da
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/3429
Resumo: Uma das dietas mais procuradas para perda de peso é a dieta Atkins, caracterizada como hiperproteica, hiperlipídica e hipoglicídica. O consumo em excesso de proteínas leva a produção de ácidos provenientes do metabolismo protéico e para manter a homeostase sanguínea são recrutados íons, principalmente o cálcio proveniente do osso, levando ao comprometimento deste tecido. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da dieta hiperproteica no tecido ósseo em ratas Wistar. O estudo teve duração de 60 dias. Animais com 90 dias de idade foram divididas em 4 grupos (n=7); Grupo controle Caseína 1 (C1) e Caseína 2 (C2), Grupo Hiperproteico 1 (HP1) e Hiperproteico 2 (HP 2). O grupo C2 e HP2 foram submetidos a 30% de restrição alimentar. O experimento teve a duração de 60 dias. O peso e a ingestão hídrica eram verificados uma vez por semana. Utilizando absorciometria por dupla emissão de raios X (DXA) foi avaliada a densidade mineral óssea (DMO g/cm2), o conteúdo mineral ósseo (CMO g), a Área (cm2), tecido gordo total e do tronco. A análise densitométrica foi realizada no início e ao final do experimento com o animal anestesiado. Após o sacrifício foram coletadas amostras de sangue e o fêmur direito. No fêmur foi realizado densitometria óssea, biometria e com as cinzas ósseas análises de cálcio, magnésio e fósforo. Do sangue coletado foi obtido o soro e analisados cálcio, magnésio, fósforo, insulina, osteocalcina e paratormônio. Os resultados são apresentados com média e erro padrão. Os animais com alimentação em livre demanda apresentaram maior ganho de massa corporal do que os animais com restrição calórica. Os grupos hiperproteicos apresentaram maior ingestão hídrica, quando comparados com o grupo C1 (P<0,05). Na ingestão alimentar, os grupos experimentais consumiram quantidades similares e menor em comparação com o controle 1 (P<0,05). As concentrações de cálcio sérico foram menores entre os grupos experimentais e C2 (P<0,05). Os valores da osteocalcina sérica foram menores nos grupos hiperproteicos (P<0,05). A insulina foi significativamente menor no grupo HP2 (P<0,05), e sem diferença significativa entre os grupos controles e HP1, sendo que o grupo C2 apresentou redução de mais de 50% em relação ao grupo C1. Houve redução da largura do ponto médio da diáfise do fêmur nos grupos experimentais quando comparados com seus respectivos grupos controle. As concentrações de cálcio ósseo foram menores nos grupos hiperproteicos (P<0,05). No geral, os resultados densitométricos ósseos total, da pelve e da coluna vertebral foram semelhantes entre os grupos com consumo em livre demanda e entre os grupos com restrição alimentar. A DMO do fêmur do grupo HP2 foi menor (P<0,05). O tecido gordo do tronco nos grupos com consumo em livre demanda foi maior e o tecido magro total desses grupos foram similares. A dieta da proteína não promoveu maior perda de peso que a dieta controle. Os grupos hiperproteicos apresentaram redução da largura do ponto médio da diáfise do fêmur, diminuição do cálcio ósseo e sérico e da osteocalcina, sendo que o grupo HP2 apresentou também diminuição na concentração sérica de insulina
id UFF-2_526dbccd543696565c5cfad61fc76a35
oai_identifier_str oai:app.uff.br:1/3429
network_acronym_str UFF-2
network_name_str Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
repository_id_str 2120
spelling Efeito da dieta da proteína no metabolismo ósseo em ratas Wistar adultasProteína na dietaDensidade ósseaHormônioDietaDietProtein in the dietBone densityHormoneUma das dietas mais procuradas para perda de peso é a dieta Atkins, caracterizada como hiperproteica, hiperlipídica e hipoglicídica. O consumo em excesso de proteínas leva a produção de ácidos provenientes do metabolismo protéico e para manter a homeostase sanguínea são recrutados íons, principalmente o cálcio proveniente do osso, levando ao comprometimento deste tecido. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da dieta hiperproteica no tecido ósseo em ratas Wistar. O estudo teve duração de 60 dias. Animais com 90 dias de idade foram divididas em 4 grupos (n=7); Grupo controle Caseína 1 (C1) e Caseína 2 (C2), Grupo Hiperproteico 1 (HP1) e Hiperproteico 2 (HP 2). O grupo C2 e HP2 foram submetidos a 30% de restrição alimentar. O experimento teve a duração de 60 dias. O peso e a ingestão hídrica eram verificados uma vez por semana. Utilizando absorciometria por dupla emissão de raios X (DXA) foi avaliada a densidade mineral óssea (DMO g/cm2), o conteúdo mineral ósseo (CMO g), a Área (cm2), tecido gordo total e do tronco. A análise densitométrica foi realizada no início e ao final do experimento com o animal anestesiado. Após o sacrifício foram coletadas amostras de sangue e o fêmur direito. No fêmur foi realizado densitometria óssea, biometria e com as cinzas ósseas análises de cálcio, magnésio e fósforo. Do sangue coletado foi obtido o soro e analisados cálcio, magnésio, fósforo, insulina, osteocalcina e paratormônio. Os resultados são apresentados com média e erro padrão. Os animais com alimentação em livre demanda apresentaram maior ganho de massa corporal do que os animais com restrição calórica. Os grupos hiperproteicos apresentaram maior ingestão hídrica, quando comparados com o grupo C1 (P<0,05). Na ingestão alimentar, os grupos experimentais consumiram quantidades similares e menor em comparação com o controle 1 (P<0,05). As concentrações de cálcio sérico foram menores entre os grupos experimentais e C2 (P<0,05). Os valores da osteocalcina sérica foram menores nos grupos hiperproteicos (P<0,05). A insulina foi significativamente menor no grupo HP2 (P<0,05), e sem diferença significativa entre os grupos controles e HP1, sendo que o grupo C2 apresentou redução de mais de 50% em relação ao grupo C1. Houve redução da largura do ponto médio da diáfise do fêmur nos grupos experimentais quando comparados com seus respectivos grupos controle. As concentrações de cálcio ósseo foram menores nos grupos hiperproteicos (P<0,05). No geral, os resultados densitométricos ósseos total, da pelve e da coluna vertebral foram semelhantes entre os grupos com consumo em livre demanda e entre os grupos com restrição alimentar. A DMO do fêmur do grupo HP2 foi menor (P<0,05). O tecido gordo do tronco nos grupos com consumo em livre demanda foi maior e o tecido magro total desses grupos foram similares. A dieta da proteína não promoveu maior perda de peso que a dieta controle. Os grupos hiperproteicos apresentaram redução da largura do ponto médio da diáfise do fêmur, diminuição do cálcio ósseo e sérico e da osteocalcina, sendo que o grupo HP2 apresentou também diminuição na concentração sérica de insulinaOne of the most sought diet for weight loss is the Atkins’, characterized as a high protein, lipid and low glycemic diet. The excessive intake of proteins leads to the production of acids from it’s metabolism. In order to maintain homeostasis, blood ions are recruited, mainly calcium from the bone, leading to impairment of the tissue. The objective of the present study was to evaluate the effect of a high protein diet on the bone tissue in Wistar rats. 90-day-old animals were divided into 4 groups (n = 7): casein 1 group control (C1), casein 2 (C2), high protein 1 (HP1) and high protein 2 (HP 2). Groups C2 and HP2 were subjected to 30% of food restriction ( 60 days). Weight and water intake were checked once a week. Bone mineral density (BMD g/cm2), bone mineral content (BMC g), total fat tissue and area (cm2) of the thorax were determined by dual emission X-rays (DXA). Anesthetized animals were subjected to densitometric analysis at the beginning and at the end of the experiment with anesthetized animals. Then the animals were terminated, and the blood and right femur collected. Femur densitometry and biometrics were made. Calcium, magnesium and phosphorus were determined from bone ashes. Serum calcium, magnesium, phosphorus, insulin, PTH and osteocalcin were measured. Results are presented as mean and standard error. Animals fed ad libitum gained more body weight than the animals on restricted diet. High protein groups had higher (P <0.05) water intake when compared with C1. Food intake in experimental groups was similar and lower (P <0.05) when compared with C1. Serum calcium concentration were lower (P <0.05) between the high protein groups and C2. Values of serum osteocalcin were low (P <0.05) in high protein groups. Insulin was significantly low (P <0.05) in group HP2. C2 group insulin was reduced by over 50% compared to C1. Groups HP1 and control were statistically similar. High protein groups showed a width at the midpoint of the diaphysis when compared with their respective control groups. Bone calcium concentrations were low (P <0.05) in high protein groups. Overall, the results of bone, pelvis and spine densitometries were similar between groups ad libitum and with restricted diets. HP2 group femurs exhibited reduced bone mass density (BMD). Trunk fat and lean tissues in ad libitum groups were higher (P<0.05) and similar, respectively. The protein diet did not promote greater weight loss than the restricted diet. High protein groups showed a width reduction at the midpoint of the diaphysis, decreased bone and serum calcium and osteocalcin. HP2 group also showed lower serum insulinAzeredo, Vilma Blondet deRosa, GlorimarRocha, Gabrielle de SouzaBoaventura, Gilson TelesSilva, Zoraide Nascimento da2017-04-25T19:05:47Z2017-04-25T19:05:47Z2013info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/3429Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 BrazilopenAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2021-09-06T02:39:23Zoai:app.uff.br:1/3429Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T11:08:27.173897Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
dc.title.none.fl_str_mv Efeito da dieta da proteína no metabolismo ósseo em ratas Wistar adultas
title Efeito da dieta da proteína no metabolismo ósseo em ratas Wistar adultas
spellingShingle Efeito da dieta da proteína no metabolismo ósseo em ratas Wistar adultas
Silva, Zoraide Nascimento da
Proteína na dieta
Densidade óssea
Hormônio
Dieta
Diet
Protein in the diet
Bone density
Hormone
title_short Efeito da dieta da proteína no metabolismo ósseo em ratas Wistar adultas
title_full Efeito da dieta da proteína no metabolismo ósseo em ratas Wistar adultas
title_fullStr Efeito da dieta da proteína no metabolismo ósseo em ratas Wistar adultas
title_full_unstemmed Efeito da dieta da proteína no metabolismo ósseo em ratas Wistar adultas
title_sort Efeito da dieta da proteína no metabolismo ósseo em ratas Wistar adultas
author Silva, Zoraide Nascimento da
author_facet Silva, Zoraide Nascimento da
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Azeredo, Vilma Blondet de
Rosa, Glorimar
Rocha, Gabrielle de Souza
Boaventura, Gilson Teles
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva, Zoraide Nascimento da
dc.subject.por.fl_str_mv Proteína na dieta
Densidade óssea
Hormônio
Dieta
Diet
Protein in the diet
Bone density
Hormone
topic Proteína na dieta
Densidade óssea
Hormônio
Dieta
Diet
Protein in the diet
Bone density
Hormone
description Uma das dietas mais procuradas para perda de peso é a dieta Atkins, caracterizada como hiperproteica, hiperlipídica e hipoglicídica. O consumo em excesso de proteínas leva a produção de ácidos provenientes do metabolismo protéico e para manter a homeostase sanguínea são recrutados íons, principalmente o cálcio proveniente do osso, levando ao comprometimento deste tecido. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da dieta hiperproteica no tecido ósseo em ratas Wistar. O estudo teve duração de 60 dias. Animais com 90 dias de idade foram divididas em 4 grupos (n=7); Grupo controle Caseína 1 (C1) e Caseína 2 (C2), Grupo Hiperproteico 1 (HP1) e Hiperproteico 2 (HP 2). O grupo C2 e HP2 foram submetidos a 30% de restrição alimentar. O experimento teve a duração de 60 dias. O peso e a ingestão hídrica eram verificados uma vez por semana. Utilizando absorciometria por dupla emissão de raios X (DXA) foi avaliada a densidade mineral óssea (DMO g/cm2), o conteúdo mineral ósseo (CMO g), a Área (cm2), tecido gordo total e do tronco. A análise densitométrica foi realizada no início e ao final do experimento com o animal anestesiado. Após o sacrifício foram coletadas amostras de sangue e o fêmur direito. No fêmur foi realizado densitometria óssea, biometria e com as cinzas ósseas análises de cálcio, magnésio e fósforo. Do sangue coletado foi obtido o soro e analisados cálcio, magnésio, fósforo, insulina, osteocalcina e paratormônio. Os resultados são apresentados com média e erro padrão. Os animais com alimentação em livre demanda apresentaram maior ganho de massa corporal do que os animais com restrição calórica. Os grupos hiperproteicos apresentaram maior ingestão hídrica, quando comparados com o grupo C1 (P<0,05). Na ingestão alimentar, os grupos experimentais consumiram quantidades similares e menor em comparação com o controle 1 (P<0,05). As concentrações de cálcio sérico foram menores entre os grupos experimentais e C2 (P<0,05). Os valores da osteocalcina sérica foram menores nos grupos hiperproteicos (P<0,05). A insulina foi significativamente menor no grupo HP2 (P<0,05), e sem diferença significativa entre os grupos controles e HP1, sendo que o grupo C2 apresentou redução de mais de 50% em relação ao grupo C1. Houve redução da largura do ponto médio da diáfise do fêmur nos grupos experimentais quando comparados com seus respectivos grupos controle. As concentrações de cálcio ósseo foram menores nos grupos hiperproteicos (P<0,05). No geral, os resultados densitométricos ósseos total, da pelve e da coluna vertebral foram semelhantes entre os grupos com consumo em livre demanda e entre os grupos com restrição alimentar. A DMO do fêmur do grupo HP2 foi menor (P<0,05). O tecido gordo do tronco nos grupos com consumo em livre demanda foi maior e o tecido magro total desses grupos foram similares. A dieta da proteína não promoveu maior perda de peso que a dieta controle. Os grupos hiperproteicos apresentaram redução da largura do ponto médio da diáfise do fêmur, diminuição do cálcio ósseo e sérico e da osteocalcina, sendo que o grupo HP2 apresentou também diminuição na concentração sérica de insulina
publishDate 2013
dc.date.none.fl_str_mv 2013
2017-04-25T19:05:47Z
2017-04-25T19:05:47Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://app.uff.br/riuff/handle/1/3429
url https://app.uff.br/riuff/handle/1/3429
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
openAccess
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
CC-BY-SA
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
openAccess
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
CC-BY-SA
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron:UFF
instname_str Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron_str UFF
institution UFF
reponame_str Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
collection Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)
repository.mail.fl_str_mv riuff@id.uff.br
_version_ 1811823670872506368