Saúde óssea e ingestão de nutrientes entre adultos e idosos assistidos pelo Programa Médico de Família do município de Niterói-Rio de Janeiro, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Daher, Raquel Cremonez da Silva
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/4874
Resumo: Introdução: A saúde óssea pode ser afetada por um conjunto de alterações metabólicas que predispõem ao maior surgimento de osteopenia e osteoporose e por consequência o maior risco de fraturas. A ingestão de nutrientes, como proteína, cálcio, fósforo, ácido fólico, vitaminas D e do complexo B pode exercer papel fundamental na manutenção da saúde óssea, participando da prevenção e tratamento de agravos relacionados ao prejuízo ósseo. Objetivo: Avaliar associação entre a ingestão de nutrientes e densidade mineral óssea entre adultos e idosos assistidos pelo Programa Médico de Família (PMF) do Município de Niterói – Rio de Janeiro, Brasil. Métodos: Estudo observacional transversal com indivíduos atendidos pelo PMF de Niterói. Um total 414 (63%) mulheres) participaram da investigação. A saúde óssea foi avaliada pela DMO total do corpo, estimada por meio da técnica padrão-ouro DXA e classificada segundo a recomendação da Organização Mundial da Saúde. O consumo alimentar e a ingestão de nutrientes foram estimados pelo Questionário de Frequência Alimentar (QFA) semiquantitativo validado para adultos do Rio de Janeiro. Foram testadas possíveis variáveis de confusão: idade, raça, renda, escolaridade, obesidade, menopausa, tabagismo, uso de bebida alcoólica, atividade física, índice de massa magra, índice de massa gorda e circunferência de cintura. Foi proposto um modelo teórico hierarquizado, no qual o nível mais proximal foi caracterizado pela ingestão de nutrientes. Verificou-se a associação de cada variável presente em cada bloco com a DMO total do corpo e segundo componentes corporais por meio de regressão linear simples e regressão linear múltipla stepwise. Analisou-se a associação da ingestão de nutrientes independente de potenciais fatores de confusão presentes nos demais blocos hierárquicos. Estimaram-se modelos específicos segundo o sexo. Resultados: As prevalências de osteopenia e osteoporose em mulheres na pós-menopausa foi de 47% e 8%, e nos homens acima de 50 anos de idade foi de 34% e 7%, respectivamente. Das mulheres não menopausadas e dos homens com 50 anos ou mais de idade, 23% e 35%, respectivamente, apresentaram baixa massa óssea para idade. No modelo final, a DMO total do corpo foi associada com a raça, circunferência de cintura, índice de massa magra, idade e menopausa (p<0,01) entre as mulheres, não sendo verificada associação da DMO com nenhum nutriente investigado. Entre homens, a DMO total do corpo foi associada com a raça, tabagismo, atividade física, índice de massa magra, idade, ácido fólico (p<0,01) e vitamina B6 (p=0,04). Resultados similares de associação foram observados quando se considerou a DMO da coluna lombar e do fêmur. Conclusão: Somente entre os homens, a ingestão de vitamina B6 e ácido fólico apresentou um papel importante na saúde óssea, enquanto que entre as mulheres não foi verificado um papel da ingestão de nutrientes com a DMO, sendo possivelmente as mudanças hormonais causadas pela menopausa os principais aspectos de alterações na DMO no sexo feminino
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Métodos: Estudo observacional transversal com indivíduos atendidos pelo PMF de Niterói. Um total 414 (63%) mulheres) participaram da investigação. A saúde óssea foi avaliada pela DMO total do corpo, estimada por meio da técnica padrão-ouro DXA e classificada segundo a recomendação da Organização Mundial da Saúde. O consumo alimentar e a ingestão de nutrientes foram estimados pelo Questionário de Frequência Alimentar (QFA) semiquantitativo validado para adultos do Rio de Janeiro. Foram testadas possíveis variáveis de confusão: idade, raça, renda, escolaridade, obesidade, menopausa, tabagismo, uso de bebida alcoólica, atividade física, índice de massa magra, índice de massa gorda e circunferência de cintura. Foi proposto um modelo teórico hierarquizado, no qual o nível mais proximal foi caracterizado pela ingestão de nutrientes. Verificou-se a associação de cada variável presente em cada bloco com a DMO total do corpo e segundo componentes corporais por meio de regressão linear simples e regressão linear múltipla stepwise. Analisou-se a associação da ingestão de nutrientes independente de potenciais fatores de confusão presentes nos demais blocos hierárquicos. Estimaram-se modelos específicos segundo o sexo. Resultados: As prevalências de osteopenia e osteoporose em mulheres na pós-menopausa foi de 47% e 8%, e nos homens acima de 50 anos de idade foi de 34% e 7%, respectivamente. Das mulheres não menopausadas e dos homens com 50 anos ou mais de idade, 23% e 35%, respectivamente, apresentaram baixa massa óssea para idade. No modelo final, a DMO total do corpo foi associada com a raça, circunferência de cintura, índice de massa magra, idade e menopausa (p<0,01) entre as mulheres, não sendo verificada associação da DMO com nenhum nutriente investigado. Entre homens, a DMO total do corpo foi associada com a raça, tabagismo, atividade física, índice de massa magra, idade, ácido fólico (p<0,01) e vitamina B6 (p=0,04). Resultados similares de associação foram observados quando se considerou a DMO da coluna lombar e do fêmur. Conclusão: Somente entre os homens, a ingestão de vitamina B6 e ácido fólico apresentou um papel importante na saúde óssea, enquanto que entre as mulheres não foi verificado um papel da ingestão de nutrientes com a DMO, sendo possivelmente as mudanças hormonais causadas pela menopausa os principais aspectos de alterações na DMO no sexo femininoIntroduction: Bone health can be affected by a series of metabolic changes that predispose to greater appearance of osteopenia and osteoporosis and therefore the increased risk of fractures. The nutrients intake such as protein, calcium, phosphorus, folic acid, vitamins D and B complex may play a key role in bone health maintenance, participating in the prevention and treatment of diseases related to bone loss. Objective: To evaluate the association between nutrient intake and bone mineral density in adults and elderly assisted by Family Health Program (PMF) in the city of Niterói - Rio de Janeiro, Brazil. Methods: Cross-sectional observational study of patients seen by Niterói PMF. A total 414 (63% women) participated in the investigation. Bone health was assessed by total BMD of the body, estimated by the gold standard DXA and classified according to the recommendation of the World Health Organization technique. Food consumption and nutrient intake were estimated by the Food Frequency Questionnaire (FFQ) semiquantitative validated for adults in Rio de Janeiro. Were tested potential confounders: age, race, income, education, obesity, menopause, smoking, alcohol use, physical activity, lean body mass index, fat mass index and waist circumference. A hierarchical theoretical model, where the most proximal level was characterized by nutrient intake was proposed. It was the combination of each of the variables in each block to the total body BMD and second body components using simple linear regression and multiple linear stepwise regression. We analyzed the association of independent nutrient intake of potential confounding factors present in other hierarchical blocks. Were estimated specific models according to sex. Results: The prevalence of osteopenia and osteoporosis in women after menopause was 47% and 8%, and in men above 50 years of age was 34% and 7%, respectively. Women not menopausal and men aged 50 or older, 23% and 35%, respectively, had low bone mass for age. In the final model, total body BMD was associated with race, waist circumference, fat-free mass index, age and menopause (p <0.01) among women, not being verified association of BMD with no nutrient investigated. Among men, the total mix body BMD was associated with race, smoking, physical activity, lean body mass index, age, folic acid (p <0.01) and vitamin B6 (p = 0.04). Similar results were observed association when considering BMD of the lumbar spine and femur. Conclusion: Only among men, intake of vitamin B6 and folic acid had an important role in bone health, while among women has not been a role of nutrient intake with BMD, and possibly hormonal changes caused by menopause the main aspects of changes in BMD in womenNiteróiYokoo, Edna MassaeAraujo, Marina CamposDaher, Raquel Cremonez da Silva2017-10-11T22:38:40Z2017-10-11T22:38:40Z2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/4874Aluno de mestradoCC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2022-04-29T23:24:43Zoai:app.uff.br:1/4874Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T10:54:43.812892Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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